
“N�s depositamos o caf� l� e ele sumiu com o nosso caf�. Come�aram a voltar os cheques do povo. No final, quando eu fui l� para vender o caf�, ele n�o comprava mais, falava que n�o tinha condi��o de pagar. Depois veio um advogado de Varginha, para levantar os bens dele, mas nada foi repassado para gente. Onde est� esse caf� nosso? Fala que tem s� esse barrac�o. Deve ter umas 4 mil sacas no total que foram deixadas l�. Eu tinha colocado caf�, um tempo atr�s. Numa �poca, voltou um cheque, na correria vai confiando. No �ltimo pagou certo”, explica Silvano de Paula Ferreira, produtor rural.
Silvano conta que tem 58 sacas de caf� para receber. “Eu tinha deixado um restinho do ano passado e esse ano, levei um lote de 51 sacas de 13 quilos. O resto coloquei em outros armaz�ns. Sempre coloquei caf� l�, a sorte � que dessa vez eu reparti meu caf�. Porque j� tomei preju�zo em uma situa��o anterior”, diz.
Ernesto � produtor de caf� h� mais de 30 anos. Ele espera o pagamento pelas 30 sacas de caf� deixadas no armaz�m. “N�o sei o que vai fazer, porque a gente precisa do dinheiro. Vendi o caf� para pagar um terreno e estou sem dinheiro no banco. Eles est�o tentando negociar, mas n�o conseguem pagar”, ressalta.

Silvano foi escolhido para representar os produtores rurais e facilitar a comunica��o com a empresa. “Marcamos uma reuni�o para esta quarta-feira (1/12), e eu fiquei de representante dos produtores para repassar as informa��es. Mas � dif�cil contato com ele”, diz.
O Estado de Minas tentou falar com o Clovis pelos telefones deixados no bilhete, no contato do armaz�m e pelo n�mero pessoal do empres�rio, mas at� o momento n�o tivemos retorno.