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Estado de Minas BOM VELHINHO

Ho, ho, ho, o Papai Noel voltou ao trabalho presencial

Ap�s um Natal em que o bom velhinho se recolheu e se limitou a videochamadas, ele agora, vacinado, est� de novo em shoppings e eventos


05/12/2021 04:00 - atualizado 05/12/2021 07:12

Marcos Henrique Gomes, Papai Noel e presidente da Associação dos Papais Noéis (Aspanoeis), se prepara para o Natal 2021
Presidente da Associa��o dos Papais No�is, Marcos Henrique Gomes conta que a procura come�ou em setembro e que j� falta lugar na agenda do Natal (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

O Natal se aproxima, e j� � poss�vel ver o tren� do Papai Noel procurando vaga em estacionamento de shopping. E este ano � especial, j� que marca a volta ao trabalho presencial do senhor de barbas brancas, representado por muita gente que em dezembro de 2020 estava bem recolhida e fugindo de aglomera��es. Agora, com a garantia de ter tomado pelo menos as duas doses da vacina contra a COVID-19, o bom velhinho j� se sente seguro em tirar foto exibindo de novo o sorriso.

 

Mas uma saudade ainda vai ficar: o abra�o das crian�as. � que, para proteger o bom velhinho e os pequenos, o distanciamento ainda � regra. Afinal, a pandemia n�o acabou. Mas n�o custa sonhar… Depois de atender a tantos pedidos, � Noel quem escreve a cartinha com seu desejo para 2022: que a vida volte ao normal.

 

No ano passado, quando ainda n�o havia chegado vacina ao Brasil e Belo Horizonte vivia tempos de restri��o de mobilidade urbana, quem tinha o of�cio de interpretar o personagem teve que se reinventar. Para o trabalho n�o parar, No�is participaram de eventos em fam�lia e, tecnol�gicos, n�o dispensaram um “ho, ho, ho” por videochamada.

 

J� este ano, o show est� garantido no lugar que se tornou tradicional: o shopping. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a presen�a de Papai Noel nesses espa�os est� permitida, “desde que sejam mantidas as medidas de higieniza��o, distanciamento de 1 metro entre as pessoas e uso de m�scara”.

 

Para organizar toda essa comunidade de bondosos personagens egressos de um imagin�rio reino no polo norte, existe uma rede em Minas Gerais. � a Associa��o dos Papais No�is (Aspanoeis), presidida por ningu�m mais, ningu�m menos que um bom velhinho. “A expectativa � de que este Natal seja melhor que o �ltimo ano”, planeja Marcos Henrique Gomes, de 74 anos e h� 11 ocupando o trono vermelho.

 

Na Aspanoeis, 12 associados – com idades entre 55 e 76 anos – j� se colocaram � disposi��o para trabalhar. “Temos Papai Noel at� em Monte Verde (Sul de Minas). Os mineiros este ano entraram em contato mais cedo. Teve fam�lia que fechou com a gente em setembro”, comemora Marcos.

 

O p�blico est� t�o empolgado com a data em que muitos v�o comemorar imunizados que vai ficando dif�cil conseguir espa�o na agenda para o 24 de dezembro. “Eu mesmo n�o tenho vaga mais”, revela o representante dos senhores de vermelho.

 

“Tem muitos (No�is) que n�o est�o trabalhando em shoppings e est�o partindo para empresas que contratam para eventos de confraterniza��o ou para andar pela empresa, mexendo com os funcion�rios, levando os desejos de feliz Natal, coisas desse tipo. Al�m disso, fam�lias tamb�m est�o interessadas em ter Papai Noel nos eventos familiares”, enumera.


CARINHO DE LONGE

 

Depois de um ano sofrido, voltar ao trono natalino � sin�nimo de alegria para quem gosta do que faz. Apaixonado por se paramentar com as botas e com a roupa vermelha, Jos� Eust�quio Starling Solla, de 74, disse � reportagem do Estado de Minas, no ano passado, que “shopping sem Papai Noel � como feira sem pastel. Uma tristeza”. Este ano, desde o �ltimo dia 7, Noel Starling – como � conhecido – voltou com o sorriso para cumprir a miss�o de ouvir as crian�as que visitam o Shopping Cidade, no Centro de BH. “Ano passado, s� fiz alguns eventos de entrega de presentes. Mas antes isso do que nada, n�? Mas agora, vacinado, posso voltar a ver os pequenos”, comenta.

 

Nos novos moldes, o Noel Starling senta em uma cadeira e o convidado mirim em outra. Como nem tudo est� liberado, o encontro se limita a uma conversa r�pida, mas o bom velhinho ainda lamenta ter que lidar com a dist�ncia e perder a conversa ao p� do ouvido. “Sempre fui acostumado a abra�ar, beijar, fazer a festa. Este ano, a crian�a vem correndo para abra�ar, mas n�o pode: ela tem que ficar sentada a dist�ncia. A gente tem que explicar para a mam�e com jeitinho. Mas a crian�a fica sentida. At� eu fico”, desabafa, com expectativa de um 2022 melhor e com sa�de. “�ramos felizes e n�o sab�amos. Ano que vem, eu espero que seja sem m�scara, abra�ando as crian�as e tendo aquela troca de energia e sensibilidade.”

 

NA TORCIDA POR FUTURO MELHOR

 

A rotina natalina n�o � f�cil para quem tem que ouvir pedidos e entregar presentes. Carlos Vicari Filho, de 71, interpreta a gratificante atividade de ser Papai Noel, mas recusou trabalhar em centro comercial este ano. “Eu n�o quis ficar em shopping. J� fiz por mais de 15 anos. Esse servi�o de Papai Noel, que o pessoal acha que � moleza, se estivesse dentro da roupa ia ver ‘o que � bom pra tosse’”, brinca, dando risadas.

 

Depois de tr�s anos trabalhando em shopping da Regi�o Centro-Sul de BH, agora ele decidiu fazer apenas apari��es e se dedicar ao trabalho social. “Vou trabalhar com uma pessoa que tem uma carreta em Contagem. Estou satisfeito, apesar de logicamente eu ter remunera��o, estou fazendo um servi�o social. � um projeto que vai fazer fotos gratuitas para as crian�as.”

 

Em meio � pandemia do ano passado, ele se virou fazendo videochamadas. “Acho um absurdo cobrar R$ 200 por videochamada. Eu dei o meu pre�o abaixo disso. Teve m�e que deu um pouco mais, outras pouco menos, outros nada, mas tudo bem. O que importa � ver a crian�a feliz”, lembra. No Natal que se aproxima, vai ter foto com a crian�a um pouco distante de Noel. “Fico sentado na poltrona e a crian�a sentada do lado, sem contato f�sico nenhum”, explica.

 

 O pensamento fica na expectativa de um futuro melhor. Atleticano assumido, o Papai Noel realizou neste fim de ano o sonho de ver o time ser campe�o e espera outras alegrias no pr�ximo ano. O bondoso personagem deixa um recado para a garotada: “Acreditem em um futuro melhor. Se Deus permitir, vamos sair dessa pandemia o mais breve poss�vel.”  

 


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