
Um homem de 36 anos foi preso em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de BH, por importuna��o sexual e laboral contra v�timas de todas as idades e ambos os sexos. O autor dos supostos crimes trabalhava como entregador de comida por aplicativo e foi denunciado por uma das v�timas que em um s� dia registrou 277 chamadas recusadas por ela.
Segundo a Pol�cia Civil, as investiga��es tiveram in�cio no dia 4 de dezembro, sob o comando da delegada Fernanda Fi�za, quando a v�tima procurou a 1ª Delegacia, no Barreiro.
De acordo com a delegada, trata-se de um "predador sexual" que operava por meio de chamadas de v�deo a n�meros aleat�rios do WhatsApp. Quando a v�tima atendia, apareciam as imagens dos �rg�os sexuais e o homem se masturbando. O caso foi registrado tamb�m com crian�as. Uma v�tima de oito anos denunciou o caso aos pais, que j� prestaram depoimento � delegada.
O homem se identificava com o nome falso de Pedro e usava um n�mero de telefone habilitado em nome de uma pessoa j� morta. Segundo a delegada, "ele acreditava no anonimato supostamente garantido pela rede social".
A pol�cia estima que em torno de 50 pessoas de todas as idades tenham sido v�timas e o homem era persistente, j� que h� registro de at� 300 liga��es em um �nico dia. "N�o havia hor�rio do dia ou da noite para as chamadas", explicou a delegada.
O homem foi preso em flagrante depois da colabora��o da v�tima que mora no Barreiro. Ela explicou que ouvia xingamentos, palavras ofensivas, passou a rejeitar as chamadas e tentou questionar o autor para tentar uma informa��o que pudesse identific�-lo. "Ele n�o parava de ligar. Enquanto eu n�o atendesse e ele terminasse seu ato sexual, ele n�o parava. Eu j� estava transtornada. Pensei em bloquear, mas imaginei que haveria mais v�timas, e que o correto seria acionar a pol�cia e tentar conseguir dados que o identificassem."
Do dia 4 de dezembro at� quarta-feira (22), o telefone da v�tima registrou 277 chamadas recusadas, fora as mensagens. "Estou aliviada com a pris�o, uma vez que ele n�o tinha hor�rio, o que atrapalhou minhas rela��es de trabalho, afetivas com meu namorado e minha aten��o com minhas duas filhas de 12 e 17 anos."
O delegado R�mulo Dias chamou aten��o para que os pais fiquem atentos aos acessos de seus filhos em redes sociais, para que n�o se tonem v�timas desse tipo de crime.