
De acordo com a prefeitura, amostras de materiais colhidas em pacientes com sintomas gripais negativos para COVID-19 foram encaminhadas � Funda��o Ezequiel Dias (Funed) para investiga��o de poss�vel circula��o do v�rus H3N2 no munic�pio. A Vigil�ncia Epidemiol�gica recebeu o resultado com a confirma��o do primeiro caso positivo na cidade.
“Mesmo com letalidade menor que o novo coronav�rus, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crian�as, idosos, gestantes e indiv�duos com comorbidades)”, pontua o comunicado do Executivo.
Neste ano, em Minas, foram identificadas 147 amostras cl�nicas com a detec��o do v�rus Influenza A/H3N2 pela Funed. Os n�meros foram contabilizados at� esta quinta-feira (23/12) pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG).
Conforme a pasta estadual, as amostras foram detectadas em pacientes de 48 cidades mineiras e nenhum �bito foi registrado. N�o h� ocorr�ncias de outros subtipos da doen�a em 2021 no estado.
Aumento nos casos de gripe em Belo Horizonte
Conforme mostrou o Estado de Minas, o aumento nos casos de gripe tem exigido atendimento m�dico para grande parte da popula��o de Belo Horizonte.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Sa�de, em 2021, at� o �ltimo domingo (19/12), foram realizados cerca de 384 mil atendimentos em raz�o de problemas respirat�rios na capital. A situa��o � de alerta, aponta a secretaria.
H3N2, um dos subtipos da Influenza
A primeira identifica��o da nova cepa do v�rus Influenza – a H3N2 – no pa�s foi realizada pelo Laborat�rio de V�rus Respirat�rios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
Conforme a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualmente s�o conhecidos tr�s tipos de v�rus Influenza: A, B e C. Os dois primeiros s�o mais prop�cios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o �ltimo costuma provocar alguns casos mais leves.
“O tipo A da Influenza � classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). J� o tipo B � dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferen�as gen�ticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabe�a, no corpo e nas articula��es, calafrios e fadigas”, explica a funda��o.
A cepa Darwin (rec�m-descoberta na Austr�lia) faz parte do tipo A (H3N2). Nos �ltimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um per�odo at�pico no Brasil – que, assim como os pa�ses do hemisf�rio sul, possui uma circula��o maior do v�rus Influenza no inverno, entre julho e setembro.
Sintomas do v�rus H3N2
Alguns sintomas do H3N2 podem ser confundidos, inicialmente, com uma gripe comum, por�m, pacientes relatam que tiveram rea��es piores quando contra�ram a COVID-19, como espirros, tosse, coriza, calafrio, cansa�o excessivo, n�useas e v�mitos, diarreia (mais frequente em crian�as) e moleza.
O per�odo de incuba��o do v�rus � de tr�s a cinco dias, quando come�a a manifesta��o dos sintomas. Durante o per�odo de incuba��o ou em casos de infec��es assintom�ticas, o paciente tamb�m pode transmitir a doen�a.
O per�odo de transmiss�o do v�rus em crian�as � de at� 14 dias, enquanto nos adultos � de at� sete dias.
H� diferen�as entre os v�rus H1N1, H2N3 e H3N2?
N�o h� grandes diferen�as entre os v�rus H1N1, H2N3 e H3N2 no que diz respeito �s doen�as que cada um causa, na maneira de se prevenir e no tratamento, explica a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG).
A distin��o entre os tr�s subtipos de Influenza est� nas prote�nas espec�ficas que cada um tem em sua superf�cie. A H1N1, no entanto, � a que pode levar o paciente � morte devido ao agravamento dos sintomas. Portanto, ela pode ser considerada como um tipo mais agressivo se n�o tratada adequadamente.