

T�nia Alves de Toro, de 63 anos, produtora e organizadora de eventos, passou pelo mart�rio de encarar as filas ao acompanhar o filho Felipe Augusto Alves de Toro, de 30 anos, com sintomas como tosse, pigarro e peito cheio. "Primeiro, fomos ao pronto atentimento da Unimed, no Santa Efig�nia, no s�bado �s 22h23 e estava entupido, sem lugar para sentrar, com ar-condicionado no talo, muita gente tossindo. Fiquei espantada, quase ca� para tr�s. Saimos de l� �s 3h20 da madrugada com o pedido do m�dico de um teste RT-PCR".
Neste domingo (16/1) pela manh�, ela foi com o filho para a unidade do laborat�rio Hermes Pardini da Rua Aimor�s, no Bairro Funcion�rios, a �nica que funciona aos domingos: "Para meu espanto, encontramos fila de novo. Muita gente. S� sa�mos de l� �s 14h10. Felizmente, conseguimos fazer o teste, ali�s, os dois, tanto o RT-PCR quanto o teste r�pido. Dentro de quatro dias sai o resultado."
Ele deu sorte: muita gente acabou voltando para a casa sem se testar. "Esperei meu filho do lado de fora e por volta das 14h as pessoas chegavam e, no carro, j� avisavam que n�o tinha mais teste, as pessoas eram dispensadas", destaca T�nia.

A empres�ria Fl�via Azevedo, de 44 anos, passando muito mal, com muita dor no corpo, tamb�m foi outra que passou pelo pronto atendimento da Unimed antes de encarar a fila para fazer o teste RT-PCR: "Preciso saber se tenho COVID-19 ou influenza. E n�o foi nada tranquilo fazer o teste, precisei enfrentar uma fila que dobrava o quarteir�o. Esperei por duas horas, mas acabei conseguindo fazer e terei o resultado dentro de quatro dias".

Trabalhador da constru��o civil, Carlos Ant�nio Alves Lopes, de 55 anos, encarou a saga da fila na Drogaria Ara�jo: "Ainda bem que almocei antes, cheguei por volta das 12h45 e fiquei na fila aproximadamente quatro horas, no sol, muito quente, com algumas pessoas pedindo at� cadeira para sentar porque n�o se sentiam bem."
Carlos procurou o teste r�pido por seguran�a, j� que garantiu que segue todos os protocolos e sente bem, mas estava preocupado e quis uma confirma��o via teste: "E teve de ser o teste r�pido, que custa R$ 120. O outro, PCR, � R$ 300, a� fica puxado."
Carlos contou que o resultado do teste r�pido n�o sai na hora: "Ele � entregue de uma a quatro horas. Como n�o ia esperar mais, passei o endere�o de e-mail da minha filha para enviarem".
Por meio de nota, o laborat�rio Hermes Pardini afirmou que enfrenta um "aumento vertiginoso" na demanda h� tr�s semanas. Al�m disso, tem alto n�mero de funcion�rios afastados por sintomas respirat�rios e, por isso, tem filas e eventuais atrasos podem ocorrer. Confira a nota:
"H� tr�s semanas houve um aumento vertiginoso na demanda de testes para diagn�stico da Covid-19 e de outras doen�as respirat�rias em todo o pa�s.
Outro lado
Por meio de nota, o laborat�rio Hermes Pardini afirmou que enfrenta um "aumento vertiginoso" na demanda h� tr�s semanas. Al�m disso, tem alto n�mero de funcion�rios afastados por sintomas respirat�rios e, por isso, tem filas e eventuais atrasos podem ocorrer. Confira a nota:
"H� tr�s semanas houve um aumento vertiginoso na demanda de testes para diagn�stico da Covid-19 e de outras doen�as respirat�rias em todo o pa�s.
Desde ent�o, o Hermes Pardini criou uma for�a-tarefa e tem feito o poss�vel para atender todos os clientes. Ampliamos os estoques de insumos, contratamos profissionais, refor�amos nossos canais de atendimento, entre outras medidas.
Em um cen�rio em que a maioria dos laborat�rios interromperam o atendimento, o Pardini segue firme. S�o processados cerca de 20 mil testes RT-PCR por dia, nossa capacidade m�xima, mesmo diante de todos os desafios que tamb�m afetam nossa equipe, como o alto n�mero de colaboradores afastados por sintomas respirat�rios.
Apesar de todos os esfor�os, eventuais atrasos ainda podem acontecer, assim como a amplia��o no prazo de entrega dos resultados. Pedimos compreens�o aos clientes neste momento cr�tico da pandemia, mas refor�amos que permanecemos fazendo o poss�vel."
Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a drogaria Araujo n�o havia se posicionado sobre as filas at� a publica��o desta reportagem.
Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a drogaria Araujo n�o havia se posicionado sobre as filas at� a publica��o desta reportagem.

A corrida pelo teste r�pido ou RT-PCR ocorre enquanto os brasileiros aguardam aval Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para autoriza��o do uso do autoteste, conforme pediu o Minist�rio da Sa�de (MS) na �ltima quinta-feira (13). Neste caso, o p�blico-alvo � qualquer indiv�duo, sintom�tico ou assintom�tico, independentemente de seu estado vacinal ou idade, que tenha interesse em realizar a autotestagem.