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Estado de Minas LUTA POR MORADIA

Desalojados pelas chuvas iniciam acampamento de protesto em Ouro Preto

Um acampamento com cerca de 40 fam�lias desalojadas ap�s fortes chuvas iniciaram um acampamento; prefeitura promete lan�ar plano emergencial amanh� (31/1)


30/01/2022 08:04 - atualizado 31/01/2022 07:52

Moradores desalojados e integrantes do MTST montam ocupação em Ouro Preto
O protesto foi coordenado pelo Movimento do Trabalhadores Sem Teto (foto: Arquivo pessoal)
Cerca de 40 fam�lias desalojadas em decorr�ncia das fortes chuvas do final de 2021 e in�cio de janeiro de 2022 iniciaram um acampamento em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais. O objetivo � reivindicar agilidade nas pol�ticas habitacionais de reassentamento das fam�lias. A prefeitura, por sua vez, garante que vai lan�ar amanh� (31/1) um plano emergencial.
 
O protesto teve in�cio no s�bado (29/1) e foi coordenado pelo Movimento do Trabalhadores Sem Teto em Minas (MTST/MG), em parceria com a Associa��o Comunit�ria dos Moradores do Bairro Taquaral.

De acordo com a coordenadora de comunica��o do MTST/MG, Juliana Borges, a quest�o habitacional em Ouro Preto se agravou ap�s as chuvas intensas. Para ela, a falta de uma pol�tica p�blica para o setor, juntamente com a especula��o imobili�ria ,fez com que centenas de fam�lias se instalassem em �reas de risco, como � o caso do Bairro Taquaral.
 
A prefeitura assegura que j� est� em estudo um novo local para executar um projeto de habita��o e ser�o contempladas as pessoas que j� est�o em aluguel social e as atingidas pelas chuvas de janeiro.
 
O Taquaral fica localizado na Serra de Ouro Preto e, desde 2013, apresenta riscos de desabamentos. O problema ficou mais evidente quando, no dia 14 de janeiro, a Defesa Civil de Ouro Preto esteve no bairro e retirou 80 fam�lias; na mesma semana outras 25 fam�lias j� haviam deixado o local.
 
De acordo com o presidente da Comiss�o dos Direitos Humanos da C�mara dos Vereadores de Ouro Preto, Wanderley Kuruzu (PT), neste �ltimo per�odo chuvoso, cerca de 300 pessoas est�o desabrigadas ou desalojadas na cidade hist�rica. 
 

Local escolhido

 
De acordo com o MSTS/MG, as fam�lias que denunciam essa situa��o est�o acampadas em uma �rea chamada de “terra da Novelis”, que fica na regi�o sudoeste de Ouro Preto. O local � considerado como terras firmes, sem riscos de acidentes geol�gicos.
 
A �rea fica ao lado de um terreno da empresa Novelis, que pertence ao Grupo Aditya Biria – um conglomerado multinacional com sede em Mumbai/India. A empresa � l�der mundial na produ��o de laminados com unidades produtivas em Pindamonhagaba e Santo Andr�/SP.

A Novelis encerrou as atividades no munic�pio em 2014, mas a empresa Hindalco continua explorando o que resta do min�rio.
 

�reas seguras na cidade

 
De acordo com o presidente da Comiss�o dos Direitos Humanos da C�mara dos Vereadores, v�rios estudos t�cnicos j� indicaram essa regi�o como sendo apropriada para expans�o urbana da Cidade.
 
“O primeiro estudo feito sobre isso, de que tenho not�cia, foi o Plano de Conserva��o, Desenvolvimento e Valoriza��o de Ouro Preto e Mariana. Feito pela Funda��o Jo�o Pinheiro em 1974”, diz o vereador.
 
Wanderley Kuruzu conta que depois da cria��o da Carta Geol�gica de Ouro Preto, no in�cio de 1980, tamb�m foram indicadas as �reas seguras para habita��o na cidade, uma delas � a terra da Novelis. Por outro lado, em 2021 a Defesa Civil apontou 313 setores de alto risco na cidade e os principais est�o na Serra de Ouro Preto.
 
“Na sequ�ncia, em 1996, Ouro Preto 'ganhou' o seu primeiro Plano Diretor, mas n�o foram elaboradas as leis complementares”, afirma o legislador.
 
A prefeitura de Ouro Preto criou em 4 de janeiro de 2022 a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habita��o, que ser� respons�vel - em conjunto com outras pastas - pela solu��o da quest�o habitacional na cidade hist�rica.
 
Ainda segundo o Kuruzu, a Comiss�o de Direitos Humanos j� se colocou � disposi��o para intermediar poss�veis negocia��es e acompanhar para que essas fam�lias tenham os direitos respeitados, dentre eles, o direito a manifesta��es.
 
Segundo a prefeitura, pelo fato da �rea ocupada pelos atingidos pelas chuvas ser uma propriedade privada da Novelis, � caracterizado como uma invas�o - e as medidas legais s�o de responsabilidade da empresa. Segundo a gest�o, o que pode ser feito nesse caso � uma tentativa de media��o entre a empresa e as fam�lias. 
 
Ainda segundo a prefeitura, o plano emergencial que ser� lan�cado nesta segunda-feira (31/1) vai atender as fam�lias que ficaram desabrigadas e desalojadas em decorr�ncia das chuvas. 
 
 


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