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Estado de Minas PANDEMIA

Queda em doa��es de sangue deixa estoques de BH em alerta

Casos de gripe e COVID-19 t�m influ�ncia na redu��o de doadores; tipos O+, O- e A- est�o em n�veis cr�ticos


01/02/2022 12:56 - atualizado 01/02/2022 17:11

Sala de doação de sangue do Hemominas
Alguns tipos sangu�neos j� apresentam uma queda de 40% no estoque, como � o caso dos Rh negativos. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A baixa nos estoques de sangue destinados a doa��o j� � realidade em diversos lugares. Sendo comum que os estoques fiquem mais baixos em temporadas de f�rias, como o m�s de janeiro, em Belo Horizonte, o cen�rio cr�tico tamb�m se aproxima. Alguns tipos sangu�neos j� apresentam uma queda de 40% no estoque, como � o caso dos Rh negativos.

De acordo com o Thiago Sindeaux, um dos respons�veis pelo cadastramento de doadores da Funda��o Hemominas, todos os tipos sangu�neos s�o importantes para o atendimento �s necessidades transfusionais. No entanto, em raz�o da queda de candidatos � doa��o, os estoques dos grupos O negativo, O positivo e A negativo est�o em n�veis mais cr�ticos.
 
Uma das principais causas para a queda nos estoques de sangue � o aumento dos casos de gripe e de COVID-19. Na �ltima semana, o Minist�rio da Sa�de e a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) decidiram revisar as regras dos crit�rios t�cnicos para doa��o de sangue devido ao risco de infec��o de COVID-19 e, com isso, muitos candidatos precisam esperar um longo per�odo para poderem realizar a doa��o. Com a alta nos casos de COVID-19. devido a nova variante �micron, o impacto nos estoques deve ser ainda maior.

"Neste in�cio do ano de 2022, al�m do aumento dos casos de COVID-19 que impactam no comparecimento de candidatos, verifica-se um aumento de casos de gripe tamb�m t�m contribu�do sobremaneira para este panorama. Assim, al�m do baixo comparecimento devido ao per�odo de f�rias, temos essa parcela da popula��o que fica impedida de doar sangue, temporariamente", afirmou Thiago.

Apesar dos estoques em n�veis cr�ticos, a Funda��o Hemominas esclareceu que os atendimentos �s demandas hospitalares conveniadas de Belo Horizonte e das demais cidades do estado t�m sido mantido pelo fato de a Hemominas trabalhar em rede, com mais de 20 unidades distribu�das em todo o estado. 

A funda��o ressalta que,se esse cen�rio se prolongar, poder� contribuir para que o estoque continue em n�veis abaixo do esperado, sendo, portanto, importante que a popula��o agende uma doa��o e colabore com os cidad�os que precisam da contribui��o.

Para agendar uma doa��o o candidato deve acessar o site do Hemominas ou agendar pelo aplicativo MG app Cidad�o. A doa��o poder� ser feita em qualquer uma das Unidades Hemominas do estado.
 

“Sempre tem algu�m precisando”


O montador de m�veis Aldemar Teixeira da Silva, de 58 anos, doa sangue h� 18 anos. 

“Vou de dois em dois meses. Geralmente, as pessoas pedem. J� doei v�rias vezes para ajudar pessoas conhecidas por causa de acidentes, cirurgias. Decidi n�o esperar algu�m que conhe�o adoecer para doar sangue. Acho que tem mais gente que n�o conhe�o e que precisa de sangue tamb�m. Sempre tem algu�m precisando.”

A primeira doa��o de Silva foi para ajudar a repor bolsas usadas por um colega que precisou passar por uma cirurgia. “A partir da�, comecei a gostar, estou at� hoje e vou doar enquanto puder.”  Ele conta que tamb�m j� fez doa��es para familiares, por causa de acidentes e cirurgias.  
 
O doador Aldemar Teixeira da Silva, deitado na cadeira para retirada do sangue
Aldemar Teixeira da Silva, de 58 anos, doa sangue h� 18 anos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
  

“Temos que fazer a nossa parte. Meu pai e minha m�e me ensinaram muito a pensar no pr�ximo. Ent�o, a gente que � saud�vel deveria doar sempre. Quem sabe um dia n�o vamos precisar tamb�m? N�o custa nada ajudar, n�o s� com sangue. Sempre tem algu�m passando por um momento dif�cil. Se estiver dentro das nossas condi��es, devemos ajudar. N�s viemos a esse mundo para ajudar”, diz o montador de m�veis. 

O montador de m�veis interrompeu as doa��es no per�odo mais grave da COVID-19. “Depois que eu comecei a vacinar, perguntei se podia e resolvi voltar.” Al�m dele, a filha tamb�m faz doa��es regulares de sangue para o Hemominas h� 10 anos. “Ela s� n�o foi hoje porque estava na faculdade. Mas, amanh� vai estar mais tranquila e disse que vai doar.”

J� a professora Ana L�cia Guerra, de 45 anos, come�ou a doar sangue com mais frequ�ncia durante a pandemia, por incentivo da filha mais nova. “Minha filha queria doar ano passado e meu marido foi lev�-la. L� ela ficou sabendo que os estoques estavam baixos por causa da pandemia. Ent�o, decidimos que sempre que poss�vel vamos doar, fazer a nossa parte.”   

Antes, ela conta que s� ia ao Hemominas se algu�m da fam�lia ou um conhecido precisasse. “Agora estamos pensando em ajudar as pessoas em geral. Estamos fazendo nosso papel de colaborar com quem est� precisando.” 
 
O doadora Ana Lúcia Guerra, deitada na cadeira para retirada do sangue
A professora Ana L�cia Guerra, de 45 anos, come�ou a doar sangue com mais frequ�ncia durante a pandemia, por incentivo da filha mais nova (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 

O interesse da filha mais nova acabou incentivando a fam�lia toda. “Meu marido tinha um pouco de receio de agulha. Mas, como foi lev�-la na primeira vez, ele acabou se sentindo encorajado para doar, aos 50 anos.”

A professora disse que nem o aumento dos casos de COVID-19 assustou a fam�lia para ir fazer a doa��o.  

“Eu acredito que esse medo e essa inseguran�a est�o trazendo dificuldades ainda maiores para quem est� precisando. Podemos ser contaminados em qualquer lugar. A pandemia, para mim, foi um sinal de alerta para o quanto, �s vezes, deixamos de fazer algo que � t�o simples que � doar sangue.”  
 
*Estagi�rios sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


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