
Um homem de 32 anos, chefe de torcida organizada em Minas Gerais, foi indiciado pela Pol�cia Civil, ap�s conclus�o de investiga��o sobre extors�o de mulheres via internet. O suspeito estava detido preventivamente desde o dia 26 de janeiro.
De acordo com as investiga��es, iniciadas em julho de 2021, o suspeito procurava mulheres por meio de rede social, preferencialmente m�es solteiras e desempregadas, e se apresentava com diferentes perfis falsos. Em seguida, propunha o pagamento de R$ 150 por fotos e v�deos �ntimos a serem produzidos pelas v�timas. Com o tempo, ele passava a extorqui-las para o envio de mais m�dias, cada vez mais constrangedoras �s mulheres, sob a amea�a de divulgar para os familiares o material j� armazenado.
Conforme informou o delegado respons�vel pelo inqu�rito policial, Eduardo Hilbert Martins, titular da 1ª Delegacia de Pol�cia Leste, em um dos casos o investigado chegou a cumprir a amea�a e encaminhou conte�do pornogr�fico para parentes da mulher. "Por essa raz�o, ele tamb�m est� sendo indiciado pelo crime de divulga��o n�o autorizada de conte�do �ntimo", explicou.
Durante coletiva na manh� desta quinta-feira (3/2), Martins contou que, no interrogat�rio, o suspeito confessou espontaneamente que fez v�timas em diferentes localidades. "Por isso acreditamos que a divulga��o dos perfis falsos que ele utilizava nos auxiliar�o a identificar muitas outras v�timas, tanto em Minas como em outros estados", afirmou.
O suspeito � diretor regional de uma torcida organizada de futebol com base na capital. Assim, j� em posse do mandado de pris�o, a PCMG cumpriu a ordem judicial no interior da sede do grupo, quando o investigado se preparava para sair em comboio para acompanhar um jogo.
As equipes policiais cumpriram mandado de busca e apreens�o na resid�ncia do homem, apreendendo uma arma de fogo calibre 38, celulares e diversas m�dias, que passam por an�lise pericial.
O chefe do 1º Departamento de Pol�cia Civil em Belo Horizonte, delegado Arlen Bahia, ressaltou que n�o se pode "permitir que mais v�timas sejam feitas ref�ns de a��es criminosas como essa".