Morreu nesta ter�a-feira (15/3), em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, de causas naturais, o cronista, romancista, ensa�sta, historiador e jornalista Eduardo Almeida Reis. Ocupante da 24ª cadeira da Academia Mineira de Letras, ele tinha 84 anos e vendeu mais de 215 mil exemplares com obras como “De Colombo a Kubitschek, Hist�rias do Brasil”, “O papagaio cibern�tico”, “Mulher, elei��o e eucalipto” e muitas outras.
�vido por contar hist�rias, Eduardo Almeida Reis foi cronista di�rio dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, ambos pertencentes ao Grupo Di�rios Associados, e atuou na reda��o de O Globo tamb�m.
“Nas palavras dos renomados escritores, que tamb�m j� faleceram, Mill�r Fernandes e Jo�o Ubaldo Ribeiro, o legado do meu pai foi ter sido um dos maiores cronistas e humoristas que o Brasil j� teve”, avalia a jornalista e filha do escritor, Ana Cristina Reis, de 54 anos.
Apesar da perda, o sentimento para Ana � de agradecimento � vida por ter tido a oportunidade de conviver com algu�m especial. Para al�m de uma frase clich�, Eduardo levava, de fato, para suas filhas n�o s� os conhecimentos obtidos nos livros, mas a sabedoria sobre tudo e mais um pouco que os anos lhes trouxeram.
Nesse sentido, a filha destaca a “forte liga��o intelectual” com o pai. “Ele me apresentou a E�a de Queiroz e Machado de Assis e disse que ser jornalista e escritora podia n�o dar muito dinheiro, mas era o maior prazer do mundo”, lembra Ana, que integra a cria��o de uma editora de arte, gastronomia e cultura com alguns s�cios. Anteriormente, ela trabalhou por 30 anos no jornal O Globo, de rep�rter a editora-chefe da revista Ela.
“Eu e minhas duas irm�s teremos lembran�as lindas e uma saudade eterna de um pai que foi genial, generoso e, �s vezes, genioso e teimoso. Com ele, aprendi a ser sempre correta nas rela��es profissionais e pessoais. E tamb�m me fez ser exigente com namorados. Demorei para me casar, mas encontrei um marido sensacional, Luiz Paulo Horta, imortal da Academia Brasileira de Letras, de quem sou vi�va”, finaliza.
Para o presidente da Academia Mineira de Letras, Rog�rio Faria Tavares, Eduardo Almeida Reis foi um intelectual inquieto. “Ele era espirituoso, brilhante e com um senso de humor refinado e sofisticado. Dono de um texto primoroso, ele ficou marcado como um jornalista de primeira linha. Al�m de tudo isso, era um grande amigo, divertido, espont�neo, extrovertido, autor de tiradas geniais. Far� muita falta.”
O corpo de Eduardo Almeida Reis ser� velado nesta quarta-feira (16/3), das 13h �s 15h, na Capela Ecum�nica do Cremat�rio de Matias Barbosa, em Juiz de Fora.
O corpo de Eduardo Almeida Reis ser� velado nesta quarta-feira (16/3), das 13h �s 15h, na Capela Ecum�nica do Cremat�rio de Matias Barbosa, em Juiz de Fora.
Sobre Eduardo Almeida Reis
Eduardo Almeida Reis nasceu no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1937. Filho de Jos� C�ndido Almeida dos Reis e Sara Caldeira Brant, deixa tr�s filhas.
Formado em Ci�ncias Jur�dicas e Sociais pela Universidade do Estado da Guanabara, Faculdade do Catete, exerceu a advocacia e foi funcion�rio do Banco do Brasil, do qual se demitiu, a pedido, ap�s 15 anos de casa.
Em 1966, ele ingressou na reda��o de O Globo. Sobre agropecu�ria, colaborou nas seguintes publica��es: Correio Agro-Pecu�rio, O Ruralista, Revista CCPL, Revista dos Criadores, Folha de S. Paulo e A Granja, a revista mais antiga em circula��o cont�nua do Brasil, da qual foi cronista por 30 anos.
Ele tamb�m atuou como presidente do Sindicato Rural de Tr�s Rios (RJ) na d�cada de 1970 e foi palestrante em diversos congressos de zootecnia, veterin�ria, agronomia e exposi��es agropecu�rias no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, na Bahia, no Rio Grande do Sul e em S�o Paulo.