
reduzir ao m�ximo as viagens para diminuir o gasto com combust�vel, que teve aumento de 24,9%. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) alega que gasta mensalmente R$ 64 milh�es com sal�rios de funcion�rios e combust�veis e que, diante do reajuste, n�o teria como continuar praticando o servi�o com qualidade.
A opera��o consistia em Hoje, as empresas empregam cerca de 8,5 mil funcion�rios - dos quais 5 mil motoristas - em toda a capital mineira. O faturamento mensal varia em torno de R$ 58 milh�es e R$ 62 milh�es, conforme as via��es. As empresas, ent�o, anunciaram colapso no sistema.
'Situa��o grav�ssima'
Kalil reconheceu o panorama dif�cil, mas n�o prop�s nenhuma solu��o pr�tica depois do encontro com os empres�rios do setor. “N�o h� opera��o de guerra em Belo Horizonte. Vamos continuar a negocia��o, a fazer contas, mas o importante para a popula��o � de que tivemos garantias de que n�o haver� opera��o de guerra”, afirmou o prefeito.
"A gente sabe da situa��o grav�ssima que n�s nos encontramos. Temos consci�ncia do caos que vai se transformar o transporte p�blico do Brasil se isso n�o for enfrentado com coragem e trabalho. Faremos o que tem de ser feito", complementou.
As tarifas de �nibus n�o s�o reajustadas desde 2018. Em janeiro, a PBH conseguiu o desbloqueio de R$ 4,3 milh�es retidos na Justi�a para o custeio de despesas com a folha salarial e diesel, mas o dinheiro j� foi gasto para custear despesas a folha salarial, segundo os empres�rios.
“N�o estou fazendo refer�ncia aos pneus, pe�as, lubrificantes e renova��o de frota. Estamos falando apenas do que arrecadamos com passagem, que � em torno de R$ 60 milh�es. O quantitativo de passageiros se mant�m est�vel, com 920 mil passageiros por dia. Mas, se deixamos de pagar o diesel ou m�os de obra, n�o temos como realizar o servi�o”, afirma o presidente do Setra-BH, Raul Lycurgo Leite.
“Somos prestadores de servi�o p�blico e todas nossas contas est�o abertas para a BHTrans e para a prefeitura. Qualquer demanda eles podem ter livre acesso � documenta��o e tamb�m � quest�o da bilhetagem, que � autom�tica”, complementa.
O sindicato disse ter encaminhado of�cio � C�mara Municipal e ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais para relatar a situa��o complicada do transporte da capital. Nesta quarta-feira (16/3), uma assembleia est� prevista para analisar a gravidade do problema.
Sugest�o e amea�a
A proposta do Setra-BH � que seja criado um subs�dio do poder p�blico para viabilizar receita extra, evitando que os usu�rios arquem com os custos. Os recursos poderiam vir de outras atividades, como publicidade nos �nibus e nas esta��es. Segundo Lycurgo, a pr�tica j� ocorre em Bras�lia, S�o Paulo, Vit�ria e em outras cidades.
Ele diz que, se n�o houver solu��o, ser� necess�rio que v�rios �nibus parem de rodar em hor�rios com pouco movimento de passageiros.
“Para n�o atingir a popula��o, vamos dar um prazo para pensar nosso plano. Pensamos na manuten��o das viagens nos hor�rios de pico e em redu��es em outros hor�rios com menor movimenta��o", inicia o presidente do sindicato.
"Isso seria para economizar o insumo, que n�o conseguimos arrecadar das passagens. Continuamos a discuss�o com a prefeitura em rela��o � situa��o preocupante. Temos 34 empresas, mas a qualquer momento uma ou outra pode colapsar”, finaliza Raul Lycurgo.