Ap�s o an�ncio da greve dos metrovi�rios de Belo Horizonte a partir de segunda-feira (21/3), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) acionou a Justi�a para tentar barrar a paralisa��o e garantir o hor�rio de funcionamento do servi�o na semana que vem.
“A CBTU se antecipou � tomada das medidas administrativas e judicias cab�veis na tentativa de garantir a continuidade e qualidade na presta��o dos servi�os p�blicos de transporte de passageiros sobre trilhos na cidade”, diz nota da entidade.
Com o movimento paredista, o transporte p�blico sobre trilhos funcionar� em escala reduzida, das 10h �s 17h. Os metrovi�rios chegaram ao consenso em assembleia na noite dessa quarta-feira (16/3), na Pra�a da Esta��o.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metrovi�rios e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Romeu Jos� Machado, diz que a resposta da CBTU j� � algo natural no contexto das paralisa��es.
“Isso � praxe, pois a CBTU sempre faz isso quando anunciamos alguma greve. Quando ela recorrer ao Judici�rio, vamos responder no processo judicial. N�o estamos come�ando uma greve com paralisa��o total. Estamos fazendo escala m�nima, superior a 30% de funcionamento, e respeitando a lei de greve.”
“Isso � praxe, pois a CBTU sempre faz isso quando anunciamos alguma greve. Quando ela recorrer ao Judici�rio, vamos responder no processo judicial. N�o estamos come�ando uma greve com paralisa��o total. Estamos fazendo escala m�nima, superior a 30% de funcionamento, e respeitando a lei de greve.”
Ele garantiu que n�o h� maneira de o movimento voltar atr�s: “A greve come�a segunda-feira. Nos pr�ximos dias, vamos acertar as quest�es de escala e funcionamento para as �reas e certamente o movimento come�ar� segunda-feira”.
A proposta da categoria � a anula��o das condi��es do item 3 da Resolu��o CPPI nº 206, com normas para a privatiza��o do metr�. Ele permite que a CBTU fa�a transfer�ncia dos funcion�rios para as empresas privadas que futuramente ser�o respons�veis pela administra��o do servi�o.
“Essa semana tivemos uma reuni�o com os representantes do governo federal, com interven��o do pr�prio Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG). O governo disse que n�o h� margem para negocia��o, porque a modelagem est� pronta e que os empregados ser�o transferidos para a empresa privada no futuro. Ap�s 12 meses, a empresa poder� demitir os empregados”, diz o presidente do sindicato, que alegou ter apresentado algumas alternativas para evitar a transfer�ncia dos empregados para a iniciativa privada, por�m o governo n�o aceitou.
“Entendemos que n�o � obrigat�rio e sim uma op��o do governo, por isso dizemos que h� margem para negociar. A CBTU ser� privatizada somente aqui. Ela continuar� funcionando em Macei�, Natal e em Jo�o Pessoa. Uma das alternativas � o funcion�rio optar para ir para outra unidade da CBTU. Mas nem isso o governo concorda”, questiona.
Segundo o Sindimetro, a greve � a �nica forma de fazer com que "o governo e a empresa tragam respostas �s d�vidas de como ficar� a situa��o dos trabalhadores diante da privatiza��o do metr�".