Ponte na MGC-367, em Diamantina, ser� liberada em meia pista no dia 25/3
A ponte est� interditada desde 22/1, causando s�rios preju�zos � economia e aos servi�os de sa�de dos munic�pios do alto e m�dio Jequitinhonha
A libera��o, segundo o DER/MG, ser� em meia pista, no sistema "pare e siga", restrito a ve�culos leves, ambul�ncias e vans escolares, com at� 5 toneladas de peso bruto total. Os ve�culos pesados, como �nibus e caminh�es de carga, ter�o de utilizar o desvio que passa por Bocai�va e Curvelo.
De acordo com o DER/MG, o trabalho emergencial est� sendo desenvolvido h� mais de 50 dias, “com alto crit�rio t�cnico e, dada a complexidade do servi�o, que exigiu a suspens�o do pilar para demoli��o, consumiu mais tempo de obra do que o previsto inicialmente”.
"Al�m do pilar a ser substitu�do, ser� necess�rio o refor�o da funda��o em outros dois, integrantes da estrutura da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, que possui 12 pilares e foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram a regi�o", informou o DER/MG.
Libera��o parcial n�o resolve
Interditada desde 22 de janeiro, a ponte de Mendanha, inaugurada em 1956, � de extrema import�ncia para a log�stica regional, especialmente para os 34 munic�pios que utilizam os servi�os de sa�de prestados em Diamantina.
Rosilene Santana, que mora em Ara�ua�, disse que tem de percorrer 300 quil�metros, quinzenalmente, para levar o filho de 2 anos para tratamento de fisioterapia em Diamantina. Chegando em Mendanha, ela tem de carregar o filho no colo e atravessar uma passarela de madeira de 80 metros.
"Miseric�rdia, n�o aguento mais passar nessa passarela com meu filho no colo", disse. Um carro leva m�e e filho at� a passarela, e outro carro fica do outro lado para concluir a viagem. Com a libera��o da ponte em meia pista, o drama de Rosilene acaba.
Protesto
"Mas isso n�o vai resolver o problema. E os �nibus? E os caminh�es?", protesta a jornalista e blogueira Gilmara Paix�o, de Diamantina, que se vestiu de palha�a para fazer uma live, em sua rede social, como forma de protestar, com ironia, contra a demora do DER/MG em liberar o tr�fego na ponte.
"N�s estamos com um problema que � empurrado com a barriga, por isso me caracterizei de palha�a. E tem um detalhe: a ponte n�o � o �nico problema da BR-367. Entre os munic�pios de Datas e Jacinto, s�o quase 600 quil�metros de buracos no asfalto e trechos sem pavimenta��o", disse.
Vanda Aparecida da Consola��o Rocha, comerciante em S�o Gon�alo do Rio Preto, usou a mesma express�o dita por Gilmara Paix�o para sintetizar o problema gerado pela interdi��o da ponte de Mendanha.
“Estamos com um problema que est� sendo empurrado com a barriga”, disse, lembrando que j� foram indicadas v�rias datas para liberar o tr�fego na ponte. E nenhuma foi cumprida, segunda ela.
Com isso, o problema causado � economia de S�o Gon�alo do Rio Preto e munic�pios vizinhos, segundo Vanda, � grandioso. O custo dos produtos aumentou consideravelmente, tanto para compra, tanto para a venda, por causa do trajeto dos caminh�es e �nibus.
A passarela de Mendanha � trajeto alternativo para pedestres e motos (desligadas), a caminho de Diamantina (foto: Reprodu��o/Facebook Gilmara Paix�o)
Sobre a passagem na passarela de Mendanha, permitida a pedestres ou motos que estejam com o motor desligado, ela disse que “parece coisa de refugiado fugindo da guerra, � um terror ter de passar l�, principalmente para as pessoas idosas”, disse.
Trabalho complexo
O DER/MG informou que o trabalho de recupera��o da ponte de Mendanha � complexo. Inicialmente, foram realizados estudos que definiram a linha de trabalho a ser adotada, dividida em tr�s etapas:
Diagn�stico da situa��o e defini��o dos servi�os a serem realizados; Implanta��o de um sistema de treli�as de cada lado da ponte, com o objetivo de distribuir a carga do pilar para o restante da estrutura; Demoli��o e retirada da estrutura de concreto que comp�e um dos pilares.
“As pr�ximas etapas compreendem a instala��o de sinaliza��o e de equipamentos de seguran�a vi�ria, que v�o disciplinar o tr�fego, impedindo a passagem de ve�culos pesados”, informou o DER/MG.
A partir do dia 25/3, segundo do DER/MG, caminh�es de carga e �nibus v�o continuar proibidos de passar pela ponte e dever�o utilizar como desvio as rodovias que d�o acesso a Bocai�va e Curvelo.
Enquanto n�o ocorre a libera��o parcial de tr�fego na ponte para ve�culos leves, permanece em opera��o o desvio de aproximadamente 70 quil�metros passando pelas vias municipais de Mendanha, Inha�, Pinheiros, Aroeira e Vila do Biribiri.
Nos pr�ximos cinco meses, o DER-MG informou que vai trabalhar na reconstru��o do pilar destru�do e refor�o de funda��es, al�m da conex�o � estrutura da ponte, quando ent�o ser� poss�vel retirar as treli�as e promover a libera��o total do tr�fego nas duas pistas da ponte.