Fernando Fran�a Monteiro de Barros, coordenador do Comit� de Crise do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Ssinep/MG), avalia que a escola conseguiu atuar de forma objetiva e pontual. "Nos momentos de crise, � preciso que a equipe da escola esteja preparada para atuar. Nesse caso, a equipe da escola teve um preparo de atua��o exemplar", disse.
O especialista destaca que se trata de um caso isolado que ganhou grande repercuss�o. Mas, segundo ele, o epis�dio evidencia a import�ncia da comunica��o entre aluno, escola e os pais. "� fundamental a participa��o efetiva dos pais, conversando com os seus filhos, acompanhando de verdade o dia a dia dos seus filhos, entendendo como efetivamente a gente pode oferecer como orienta��o. Essa parceria fam�lia e escola � fundamental para ampliar a seguran�a", aponta Barros.
Para ele, a pr�pria pandemia e, consequentemente, o isolamento pode ter criado um tipo de distanciamento nas rela��es.
"Nas escolas de educa��o b�sica, estamos conversando sobre esses 'gaps' que os nossos alunos come�aram a adquirir - n�o s� de conte�do, mas comportamentais. N�s j� estamos conversando, analisando, discutindo, trazendo psic�logos, para entender essa dificuldade de comportamento das nossas crian�as como efeito colateral da pr�pria pandemia", finalizou.
Em nota, o Col�gio Santa Doroteia destacou que o evento "seguiu em v�rtice oposto aos mais caros princ�pios educativos e pr�ticas pedag�gicas adotadas nesta institui��o de ensino, bem como ao incans�vel compromisso que assumimos dia a dia, para com a guarda e preserva��o da integridade de nossos alunos, colaboradores e fam�lias".
Segundo o boletim de ocorr�ncia, a Pol�cia Militar foi acionada porque o aluno do 9º ano do ensino fundamental estava carregando uma granada dentro da escola. Ao ver o objeto com o estudante, o coordenador de seguran�a do col�gio o recolheu e guardou em um lugar distante at� que os militares chegassem ao local.
"Diante dessa not�cia, a coordena��o geral prontamente requisitou a presen�a do aluno, promovendo os esclarecimentos dos fatos para possibilitar o seguimento �s medidas cab�veis. Em ato cont�nuo, os respons�veis legais do aluno foram prontamente comunicados e, diante da relev�ncia dos fatos e da presen�a do artefato b�lico, foi acionada a Pol�cia Militar, para que tomasse conhecimento e conduzisse o caso dentro dos protocolos necess�rios", disse o col�gio na nota.
A granada foi recolhida pelo Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope), da Pol�cia Militar, que constatou que o artefato n�o tinha o risco de explodir.
Nessa ter�a-feira (22/3), o col�gio chegou a informar que o menino foi encaminhado para a dire��o da escola e teria sido suspenso por tr�s dias. A escola ainda entrou em contato com o pai do estudante, que disse que n�o podia buscar o filho e autorizou que ele fosse liberado sem um maior de idade presente. Hoje, em nota, o col�gio informou, por�m, que ''o estudante foi desligado da escola''.