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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Instituto da Vale cria solu��o in�dita contra gases de efeito estufa

Cientistas do ITV encontram meios para favorecer o estoque de carbono no solo e, com isso, evitar emiss�es que comprometem o clima na Terra


22/04/2022 04:00 - atualizado 21/04/2022 22:08

Floresta de Carajás
Floresta de Caraj�s, onde pesquisadores do ITV desenvolveram meios para favorecer o estoque de carbono no solo das matas (foto: Ricardo Teles/Divulga��o)

Precedido por progn�sticos de um futuro de ambiente degradado pelo aumento das temperaturas e desacordo para a redu��o de atividades emissoras de gases de efeito estufa (gee), o Dia Internacional do Planeta Terra, neste 22 de abril, tem uma boa not�cia para as florestas vinda do Brasil. Uma pesquisa in�dita encontra meios para favorecer pr�ticas de manejo e, com isso, aumentar o estoque de carbono no solo das matas para, assim, reduzir as emiss�es dos gases nocivos que alteram o clima mundial. O estudo � desenvolvido por cientistas do Instituto Tecnol�gico Vale (ITV) e tem potencial, inclusive, para reverter recursos para o mercado de cr�ditos de carbono, um com�rcio ambiental compensat�rio no qual quem polui compra cotas de quem preserva mais.

O solo responde por cerca de 70% do carbono estocado na Terra, em forma de mat�ria org�nica, segundo dados do Painel Intergovernamental para Mudan�as do Clima (IPCC), da ONU. O percentual corresponde a quase tr�s vezes mais do que o carbono armazenado na vegeta��o e a cerca do dobro em compara��o com o elemento em suspens�o na atmosfera. Com isso, segundo o ITV, "solos bem manejados s�o uma excelente maneira de conservar carbono na forma org�nica, diminuindo a emiss�o de gases do efeito estufa e contribuindo para o mercado de cr�dito de carbono".

Diante do potencial do solo como mais uma solu��o para limitar o aquecimento global em 1,5°C at� o fim do s�culo, pesquisadores do ITV, em Bel�m, est�o desenvolvendo um estudo in�dito com marcadores moleculares capazes de quantificar genes e prote�nas que favorecem pr�ticas de manejo e aumentam o estoque de carbono no solo.

“Essas prote�nas s�o mapeadas em rotas bioqu�micas para reconstruir os processos em cada tipo de ambiente. Assim, podemos desvendar quais s�o os processos mais ativos em cada ambiente, identificar marcadores moleculares ligados � fixa��o de carbono no solo, reconhecer condi��es ambientais e indicar pr�ticas de manejo que favorecem o estoque de carbono no solo em detrimento da perda”, afirma Rafael Valadares, do ITV, que coordena o estudo.

Os pesquisadores recolheram amostras do solo e, no laborat�rio, conseguiram mapear o DNA e as prote�nas ali existentes. Segundo Valadares, j� foram feitas pesquisas em solos naturais, sistemas agroflorestais e impactados pela minera��o.

 “A ideia � construir uma biblioteca de dados, na qual teremos condi��es de compreender as rotas bioqu�micas para restaura��o florestal, indicando t�cnicas de manejo que possam favorecer a absor��o de uma quantidade maior de carbono”, explica. Atualmente, de acordo com a FAO, a ag�ncia da ONU para a agricultura e a alimenta��o, 33% dos solos do mundo e 52% dos solos agr�colas est�o degradados, principalmente por eros�o, compacta��o e contamina��o.

Base de todos os ecossistemas, o solo � um ambiente vivo. Nele, desenvolvem-se as plantas e iniciam-se as florestas. Em uma �rea degradada, conhecer e recuperar o solo � essencial para a manuten��o da biodiversidade. 

“Para que a vegeta��o possa se desenvolver de forma satisfat�ria e alcan�ar os objetivos da restaura��o, � fundamental que os solos apresentem caracter�sticas capazes de suportar o desenvolvimento das plantas, principalmente na fase inicial”, afirma.

� preciso pontuar, ainda, que a recupera��o de um ecossistema n�o ocorre de forma imediata. "� necess�rio o estabelecimento de t�cnicas sustent�veis, como a reintrodu��o de popula��es de diferentes esp�cies da macro e microfauna do solo. Com a introdu��o inicial de esp�cies herb�ceas-arbustivas pioneiras, espera-se promover a cobertura do solo, atrair a fauna e incorporar mat�ria org�nica ao solo. Neste sistema integrado e multidisciplinar, herb�voros, polinizadores e dispersores de sementes ajudam o solo e o ambiente em sua recupera��o”, destaca o especialista em solos e microbiologia da Universidade Federal de Vi�osa (UFV), Igor Assis.


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