
Deste n�mero, 368 casos est�o concentrados em 15 regi�es da cidade. S�o elas: Benfica (43), J�quei Clube (37), Vila Esperan�a (33), Vila Olavo Costa (32), Ipiranga (30), Jardim Natal (28), Santa Cruz (28), Santa Rita (23), Santo Ant�nio (21), Milho Branco (18), S�o Benedito (17), Linhares (17), Centro (15), Sagrado Cora��o de Jesus (14) e Vila Alpina (12).
"Acho que � uma pesquisa que me ajuda a posicionar e sugerir uma pol�tica p�blica diante da necessidade de eu mesmo conhecer minha pr�pria demanda. Estava intrigado para conhecer as regi�es de Juiz de Fora mais problem�ticas [em termos de viol�ncia]. Nessas �reas, h� uma incid�ncia elevada de assassinatos e tentativas de assassinatos sem nenhuma possibilidade de solu��o", explicou o promotor de justi�a H�lvio Sim�es Vidal.
De acordo com o promotor o n�mero de casos � ainda maior, cerca de 1.050. No entanto, ele n�o conseguiu analisar toda a documenta��o. E entre as regi�es que mais concentram casos n�o solucionados h� uma rela��o em comum: s�o �reas com altos �ndices de vulnerabilidade social.
"Esses n�meros tamb�m mostram que as pessoas que morreram n�o t�m express�o, s�o pessoas invis�veis. Se os n�meros que est�o aqui estivessem afetando alguma camada social, n�o estariam aqui mais. Alguma coisa teria sido feita", afirmou H�lvio.
"Esses n�meros tamb�m mostram que as pessoas que morreram n�o t�m express�o, s�o pessoas invis�veis. Se os n�meros que est�o aqui estivessem afetando alguma camada social, n�o estariam aqui mais. Alguma coisa teria sido feita", afirmou H�lvio.
E na vis�o do promotor, a viol�ncia n�o solucionada pela Pol�cia Civil pode gerar um ciclo de viol�ncia. Entre a motiva��o prov�vel dos crimes sem respostas analisados por H�lvio, em 119 casos (13,22% do total), est� a vingan�a.
"O Estado n�o � chamado para resolver este problema. Ningu�m sabe [a autoria]". Mas, para elem o pior dado � o de que em 463 casos (51,44%) n�o h� indicativo de autoria do crime.
"N�o se pode fazer nenhuma aproxima��o do suspeito. N�o teve nenhuma investiga��o. S� se sabe que houve uma morte. Da� pra frente n�o se sabe mais nada", detalhou H�lvio Sim�es Vidal.
"O Estado n�o � chamado para resolver este problema. Ningu�m sabe [a autoria]". Mas, para elem o pior dado � o de que em 463 casos (51,44%) n�o h� indicativo de autoria do crime.
"N�o se pode fazer nenhuma aproxima��o do suspeito. N�o teve nenhuma investiga��o. S� se sabe que houve uma morte. Da� pra frente n�o se sabe mais nada", detalhou H�lvio Sim�es Vidal.
Na an�lise do promotor, os outros casos sem apura��o do(s) autor(es) dos crimes s�o: atrito pessoal (173), tr�fico de drogas (123) e crime passional (22).
"Esses dados s�o p�blicos, s�o expressivos e mostram um foco de problemas que v�o se sucedendo. Espero que aqui em Juiz de Fora o poder p�blico possa se sensibilizar e implantar um sistema de monitoramento e acompanhamento nestas �reas que s�o sens�veis na nossa cidade", concluiu.
"Esses dados s�o p�blicos, s�o expressivos e mostram um foco de problemas que v�o se sucedendo. Espero que aqui em Juiz de Fora o poder p�blico possa se sensibilizar e implantar um sistema de monitoramento e acompanhamento nestas �reas que s�o sens�veis na nossa cidade", concluiu.
Pol�cia Civil diz que casos est�o diminuindo
Segundo o levantamento feito pelo Minist�rio P�blico, 44% dos crimes contra vida s�o elucidados pela Pol�cia Civil. No entanto, a corpora��o diverge destes n�meros. Explica que desde 2014 existe a Delegacia Especializada de Homic�dios. E que desde ent�o, 90% dos casos de homic�dios s�o solucionados.
"H� cinco anos, o n�mero de homic�dios vem diminuindo e o n�mero de condena��es vem aumentando, comprovando a efic�cia do trabalho de investiga��o realizado pela Delegacia Especializada,” enfatiza o delegado titular, Rodrigo Rolli.
"H� cinco anos, o n�mero de homic�dios vem diminuindo e o n�mero de condena��es vem aumentando, comprovando a efic�cia do trabalho de investiga��o realizado pela Delegacia Especializada,” enfatiza o delegado titular, Rodrigo Rolli.
Segundo a Pol�cia Civil, foi criado um n�cleo de acervo cartor�rio, respons�vel por apurar crimes mais antigos. Essa estrutura, na vis�o da corpora��o, ajuda na elucida��o dos crimes.
"Temos casos que est�o em investiga��o, mas parte j� foram conclu�dos e encaminhados ao Poder Judici�rio, por�m, com retorno para complementa��o de dilig�ncias”, explica, complementando que a investiga��o criminal, em muitos casos, revela-se extremamente complexa.
“Mas h� o monitoramento do setor de intelig�ncia policial que, ao se deparar com a possibilidade de ‘guerras ou conflitos’ interpessoais – que podem ocasionar em morte – busca evitar e p�r fim �s vingan�as privadas, que sempre dominaram a cidade”, ressalta Rolli.
"Temos casos que est�o em investiga��o, mas parte j� foram conclu�dos e encaminhados ao Poder Judici�rio, por�m, com retorno para complementa��o de dilig�ncias”, explica, complementando que a investiga��o criminal, em muitos casos, revela-se extremamente complexa.
“Mas h� o monitoramento do setor de intelig�ncia policial que, ao se deparar com a possibilidade de ‘guerras ou conflitos’ interpessoais – que podem ocasionar em morte – busca evitar e p�r fim �s vingan�as privadas, que sempre dominaram a cidade”, ressalta Rolli.
Um ponto destacado pela Pol�cia Civil � o baixo efetivo. A Delegacia conta com um delegado, um escriv�o e quatro investigadores. E essa equipe � respons�vel por investigar crimes em Juiz de Fora, Ch�cara e Coronel Pacheco.
Mesmo assim, de acordo com Rodrigo Rolli, os n�meros de crimes contra a vida diminuem na cidade. “Com a utiliza��o e implementa��o de testemunhas sigilosas e de oitivas gravadas, ou seja, com o aperfei�oamento das investiga��es, al�m do monitoramento e mapeamento feito pela delegacia, tanto de autores, quanto de locais, ocasionou na redu��o e impacto na criminalidade. � percept�vel que o n�mero de homic�dios vem diminuindo em bairros como Santo Ant�nio, Olavo Costa, S�o Benedito, entre outros, trazendo maior sensa��o de seguran�a para a sociedade”, finalizou o delegado.
Mesmo assim, de acordo com Rodrigo Rolli, os n�meros de crimes contra a vida diminuem na cidade. “Com a utiliza��o e implementa��o de testemunhas sigilosas e de oitivas gravadas, ou seja, com o aperfei�oamento das investiga��es, al�m do monitoramento e mapeamento feito pela delegacia, tanto de autores, quanto de locais, ocasionou na redu��o e impacto na criminalidade. � percept�vel que o n�mero de homic�dios vem diminuindo em bairros como Santo Ant�nio, Olavo Costa, S�o Benedito, entre outros, trazendo maior sensa��o de seguran�a para a sociedade”, finalizou o delegado.