
Conforme a investiga��o, o cirurgi�o pl�stico Lucas Mendes, indiciado por homic�dio culposo pela morte da paciente, errou ao retirar durante a lipoaspira��o uma quantidade de gordura acima do recomendado pelo Conselho Federal de Medicina. Em fun��o disso, a paciente teve uma anemia aguda que levou a �bito a paciente.
"Ap�s a realiza��o da exuma��o do corpo, a prova t�cnica apontou, atrav�s do m�dico legista, que houve uma retirada de volume de gordura em desacordo com o balizamento do Conselho Federal de Medicina. Nas palavras do m�dico legista ap�s o acesso � documenta��o m�dica da v�tima, ele afirma em seu laudo que houve a lipoaspira��o de 9.320 mililitros de gordura das �reas do abd�men, flancos, dorso, lombar, face interna da coxa, axila e t�rax, o que por si s� gera um pouco de estranheza por serem muitas �reas", disse a delegada L�gia Mantovani, da 3ª Delegacia de Pol�cia Civil, no Centro de Belo Horizonte.
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"Normalmente, isso n�o ocorre em procedimentos est�ticos desta natureza. Esse � ponto chave da per�cia pois corresponde a 10,02% do peso corp�reo da paciente. Conforme a resolu��o do Conselho Federal de Medicina para este tipo de procedimento infiltrativo h� um limite de 7%", completou.
O inqu�rito foi conclu�do, ap�s quatro meses de investiga��o. Ao todo, 18 pessoas foram ouvidas pela pol�cia. Tamb�m foram periciadas as imagens das c�meras da cl�nica onde a cirurgia pl�stica aconteceu.
"Conclui-se que houve um homic�dio culposo por parte do m�dico, em raz�o da imper�cia, e com inobserv�ncia de uma regra de t�cnica da profiss�o m�dica", ressaltou a delegada L�gia Mantovani.
O cirurgi�o pl�stico Lucas Mendes ainda n�o se manifestou sobre a conclus�o das investiga��es, mas na �poca do ocorrido ele se manifestou por meio de nota.
"Perder uma paciente dessa forma foi e est� sendo muito dif�cil para mim. Nenhum m�dico acorda de manh� para trabalhar com o objetivo de causar mal ao seu paciente. Algumas informa��es sobre o ocorrido e a paciente n�o tenho o direito de mencionar na m�dia, pois tenho que respeitar o sigilo da rela��o m�dico-paciente. Quando os familiares estiverem se sentindo um pouco melhor, se for o desejo deles, estarei a disposi��o para conversar".
Relembre o caso
Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira estava acompanhada da irm� e fez a cirurgia na manh� de uma segunda-feira (6/12). A opera��o come�ou �s 8h30 e terminou �s 13h. Em seguida, a mulher foi encaminhada para o quarto e come�ou a se queixar de dores e falta e ar.
Ela chegou a ser medicada algumas vezes. A irm� acionou o bot�o de emerg�ncia do quarto e saiu para chamar socorro, mas, quando voltou, a mulher j� estava desacordada. A equipe tentou fazer massagens para reanim�-la, e chamou o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (SAMU). Lidiane foi encaminhada ao Hospital Vera Cruz, deu entrada �s 20h25 e morreu �s 1h20, de embolia pulmonar.
Na �poca, o m�dico respons�vel pela cirurgia afirmou n�o ser funcion�rio da cl�nica e s� utilizar o espa�o. Segundo o Boletim de Ocorr�ncia, ele disse que a opera��o transcorreu bem, come�ando �s 8h30 e terminando 13h. A mulher foi levada para o quarto e ficou sob os cuidados da cl�nica, que possui m�dicos, enfermeiros e suporte b�sico, mas sem CTI.