
Reconhecidos como ambientes seguros e confort�veis, a associa��o belo-horizontina garante que o crime foi um “ponto fora da curva”. No entanto, declara que � necess�rio entender as poss�veis falhas que possam ter favorecido o cen�rio para o crime.
“A seguran�a nos shoppings � muito boa, o consumidor pode ficar tranquilo. Neste caso, as estrat�gias v�o ser revistas: se houve falha, como foi e de que maneira podem melhorar a seguran�a”, pontuou Alexandre Dolabella, diretor da Aloshopping, em entrevista ao Estado de Minas.
Nacionalmente, a Associa��o Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) declarou que atua em conjunto com autoridades competentes da seguran�a p�blica no combate � criminalidade e “garantia do bem-estar e da ordem em todos os empreendimentos
associados � entidade”.
Em nota, a Abrasce afirmou que conta com um Comit� de Seguran�a especializado na prote��o de shoppings. “Este grupo mant�m uma forte interlocu��o com secretarias de Seguran�a municipais e estaduais, contribuindo com investiga��es em andamento”, afirmou, ao enfatizar que ocorr�ncias pontuais, como o caso do assalto no BH Shopping, n�o comprometem a tranquilidade oferecida aos lojistas e clientes ao longo dos anos de opera��o.
“Crime sofisticado”
Para o especialista em Seguran�a P�blica e professor da PUC Minas, Luis Fl�vio Sapori, crimes desta natureza envolvem uma a��o articulada e planejada. “Esse tipo de crime � muito dif�cil de ser prevenido porque � uma a��o muito bem articulada e de alto grau de profissionalismo por parte dos criminosos”, comenta.
Ao analisar o crime, Luis Fl�vio pontua: “� um crime que envolve, com clareza, uma encomenda, um mercado paralelo de joias e rel�gios roubados de alto valor”.
Este n�o � o primeiro assalto a lojas de alto valor na regi�o Sudeste do pa�s em 2022. Em 15 de abril, uma joalheria de luxo dentro do Shopping Metr�pole, em S�o Bernardo do Campo, em S�o Paulo, foi alvo de bandidos. Em janeiro, criminosos invadiram um estabelecimento no Shopping Iguatemi, tamb�m em S�o Paulo.
Quanto a isso, Lu�s Fl�vio acredita na seguran�a dos shoppings, mas vai al�m. Para o especialista, apesar do ambiente ser seguro e assaltos como o do BH Shopping serem pontuais, � necess�rio "desmembrar toda a rede de criminalidade”.
“Eu acredito que as medidas b�sicas j� s�o tomadas pelos shoppings, que desenvolvem um sofisticado mecanismo de seguran�a privado. No entanto, a �nica maneira de evitar isso no futuro � desmembrando toda a rede de criminalidade envolvida nesse tipo de a��o atrav�s de um trabalho de investiga��o policial”, defende.
Ou seja, para dar fim a crimes desta natureza, � necess�rio a identifica��o tanto dos atores que cometeram o crime, como dos receptores que alimentam o mercado paralelo de compra e venda de objetos de luxo roubados.