
Embora n�o desperte alerta imediato, segundo especialistas, a nova linhagem reitera a necessidade dos cuidados b�sicos de prote��o. “Tudo indica que este caso � algo mais isolado. Esta � uma variante do v�rus tipo 2 da dengue, sendo que o que circula neste momento � o v�rus tipo 1”, explica o epidemiologista Geraldo Cunha. “As quest�es de transmissibilidade, ou letalidade ainda n�o s�o muito conhecidas no Brasil sobre a nova linhagem”, justifica.
“Mas as pol�ticas p�blicas de sempre devem ser mantidas”, continua o especialista, ao pontuar medidas como o cuidado com locais que possam servir de criadouros para o mosquito transmissor da doen�a. “A dengue � uma doen�a que pode matar se n�o forem tomados os devidos cuidados”.
Quanto ao tratamento, Cunha orienta que um servi�o as unidades de sa�de sejam procuradas. “Os servi�os de sa�de hoje j� est�o capacitados para avaliar se o caso precisa de interna��o ou n�o”, pontua.
Em Minas, 46.595 casos prov�veis da doen�a foram notificados este ano. Desse total, 20.086 casos de dengue foram confirmados. Os n�meros correspondem ao �ltimo levantamento publicado pela Secretaria de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), no dia 4/05. Nove �bitos foram confirmados pela doen�a nasa cidades de Araguari, Betim, Bom Sucesso, Conselheiro Lafaiete, Espinosa, Ita�na, S�o Roque de Minas e Urucuia. At� a publica��o do Boletim Epidemiol�gico, 30 �bitos estavam sob investiga��o pela SES-MG.
"At� o momento, em 2022, nenhum caso da variante foi identificado em Minas Gerais. Com o aparecimento desse novo gen�tipo em Aparecida de Goi�s, a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) vai intensificar a vigil�ncia gen�mica com o objetivo de identificar poss�veis altera��es na circula��o viral encontrada at� o momento. Os dados gen�micos s�o sempre reportados para a Vigil�ncia Epidemiol�gica da SES-MG e Minist�rio da Sa�de para a tomada de a��es", esclarece a SES-MG, por meio de nota.
Desde o final do ano passado, a SES-MG, em conjunto com a Funda��o Ezequiel Dias (Funed), realiza coleta de amostras para o diagn�stico molecular, na fase aguda da doen�a, conforme orienta��o do Minist�rio da Sa�de e SES-MG, segundo a nota informativa conjunta Nº 1839/2021, que disp�e sobre orienta��es a respeito da Vigil�ncia Epidemiol�gica e Laboratorial das arboviroses: dengue, chikungunya, zika e febre amarela para o per�odo de monitoramento 2022/2023.
"Dessa forma, a Funed realiza a testagem para dengue, Zika, chikungunya e febre amarela em todas as amostras que s�o conservadas para esse exame, o que permite que se conhecer quais os sorotipos circulantes de dengue em Minas Gerais", diz a SES-MG.
"At� o momento, em 2022, foram processadas pela Funda��o mais de 2500 amostras para Biologia Molecular de Arbov�rus. Esse n�mero j� � maior do que as amostras processadas em 2021 para este tipo de exame. Com a prioriza��o das amostras na fase aguda, � poss�vel sequenciar as amostras positivas e dessa forma, realizar a vigil�ncia gen�mica. Nesse sentido, por meio da vigil�ncia gen�mica das arboviroses (dengue, chikungunya e febre amarela) em car�ter cont�nuo, foram detectados apenas os gen�tipos que j� circulam h� mais tempo", completa.
Em rela��o ao v�rus da dengue 1 foi identificado o gen�tipo cosmopolita, tamb�m conhecido como gen�tipo 5 do sorotipo 1. De dengue 2 identificamos o gen�tipo asi�tico-americano, tamb�m conhecido como gen�tipo 3 do sorotipo 2.
Os dados disponibilizados apontam para uma alta significativa nos casos e colocam, segundo o Minist�rio da Sa�de, Minas Gerais como o quarto estado do Brasil com o maior registro da doen�a.
At� o dia 23 de abril, o Brasil j� havia registrado 542 mil casos de dengue. No ano passado inteiro, o pa�s somou 544 mil registros.