
Segundo o professor Fl�vio da Fonseca, do CTVacinas e docente da UFMG, “essa linhagem se dissemina com maior rapidez que as outras da �micron presentes no pa�s. Da� a nossa preocupa��o com a descoberta".
A detec��o se deu ap�s um evento internacional ocorrido no Rio de Janeiro. Tr�s pesquisadores de Belo Horizonte presentes voltaram � capital com sintomas da COVID-19 e fizeram o exame RT-PCR. As tr�s amostras continham quantidade de v�rus muito alta, o que chamou a aten��o dos pesquisadores vinculados � UFMG.
"Como se tratava de um encontro com a presen�a de estrangeiros, decidimos realizar o sequenciamento gen�tico das amostras para detectar a variante. E constatamos que a nova linhagem havia chegado por aqui", explica Fl�vio.

O pesquisador acrescenta que o acompanhamento de novas linhagens � importante para vigil�ncia que precisa ser feita pelos governos. "Toda vez que surge uma variante, ela se subdivide em linhagens que podem ter caracter�sticas diferentes. As novas linhagens podem ser mais infecciosas, mais graves, mais transmiss�veis ou mais resistentes a anticorpos vacinais ou de infec��es pr�vias. Por isso � importante monitorar a entrada de novas linhagens para verificar se aumentar�o os casos de infec��o e se essas novas linhagens v�o se difundir."
O alerta do CTVacinas chegou � Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES), que est� tomando provid�ncias. Ser� feito o rastreamento das pessoas que tiveram contato com os contaminados para descobrir se a nova linhagem vai se espalhar e definir formas de conten��o.
Vacina��o reduz muta��es e riscos
Fl�vio da Fonseca destaca que a vacina��o, com todas as doses de refor�o, � fundamental para que o surgimento de novas muta��es da COVID-19 seja minimizado. "Quanto mais o v�rus se multiplica, mais ele sofre muta��es. Quanto mais ele sofre muta��es, maior � a chance do surgimento de uma variante nova. Portanto, se a vacina ajuda a impedir que o v�rus se multiplique, ela tamb�m ajuda a impedir que novas variantes importantes apare�am."
Al�m disso, a vacina garante que os infectados pelas novas variantes tenham sintomas mais brandos e apresentem menor quantidade de v�rus no organismo, reduzindo a transmissibilidade e a mortalidade.
"Temos a expectativa e a esperan�a de que, neste ano ou no ano que vem, a situa��o de pandemia seja encerrada e que o v�rus da COVID-19 entre em uma condi��o end�mica e sazonal, semelhante � da influenza nos dias de hoje. O Sars-CoV-2 vai continuar circulando, mas conseguiremos conviver com ele", conclui Fl�vio da Fonseca.
* Estagi�rio sob supervis�o da editora Ellen Cristie.