
Os parentes de Douglas Gon�alves de Almeida, de 36 anos, natural de Ara�ua� no Vale do Jequitinhonha, encontrado morto na beira de uma estrada pr�ximo de Lisboa, ainda ter�o que esperar algum tempo para saber o resultado da investiga��o que vai apontar se ele foi v�tima de homic�dio e a real causa da morte. A pol�cia judici�ria portuguesa anunciou que precisa aguardar o resultado da necropsia do corpo para, a partir da�, iniciar as investiga��es sobre o caso, o que pode at� dois meses.
O laudo da per�cia t�cnica demora entre 30 a 60 dias para ser liberado. A informa��o foi fornecida neste domingo (22/05) ao Estado de Minas pelo professor Milton Sousa, tio de Douglas e morador de Ara�ua�.
O corpo do brasileiro, que trabalhava na constru��o civil no pa�s europeu, foi encontrado segunda-feira (16/5), em uma mata, na regi�o de Cabo da Roca, em Sintra, perto de Lisboa. De acordo com o jornal “Correio da Manh�”, de Lisboa, o corpo, que se encontrava em avan�ado de decomposi��o, tinha abra�adeiras de pl�stico amarradas ao pesco�o.
A mulher de Douglas, a baiana Neiva Silva, disse � pol�cia judici�ria portuguesa que n�o acredita que Douglas teria se matado. A fam�lia dele em Ara�ua� tamb�m n�o cr� que ele cometeu suic�dio.
“De forma alguma. Douglas era uma pessoa que se preocupava com a fam�lia e nunca tiraria a pr�pria vida. N�o acreditamos em suic�dio”, afirma o professor Milton Sousa.
Ele tamb�m argumenta que ainda n�o se pode afirmar que a morte do seu sobrinho foi provocada pelas abra�adeiras de pl�stico no pesco�o. “S� saberemos o real motivo (da morte) ap�s o (recebimento do) laudo da necropsia”, salienta.
Relembre o caso
O trabalhador da constru��o civil foi visto pela ultima vez no dia 9 de maio. “Ele me ligou para dizer que iria fazer compras e n�o voltou para a casa”, declarou Neiva Silva � imprensa portuguesa.
Segundo o jornal “Correio da Manh�”, a Neiva tamb�m disse que o companheiro dela tinha um relacionamento extraconjugal com outra mulher, que ficou gr�vida. “As irm�s dele contaram-me que ele falou com essa mulher a dizer que lhe ia levar roupas ao Hospital de S�o Francisco Xavier, em Lisboa, onde ela ia ter o filho deles. Mas n�o apareceu", relatou a brasileira.
O carro do brasileiro foi localizado, em 15 de maio, � beira de uma estrada, que liga Malveira da Serra a Cabo da Roca, a 500 metros do ponto onde o corpo dele foi encontrado no dia seguinte. O carro n�o tinha sinais de arrombamentos, sendo que, com o corpo de Douglas foram encontrados os seus pertences, como bolsa, carteira e cart�es.
Fam�lia ainda n�o sabe quando corpo ser� traslado
Os familiares de Douglas ainda n�o sabem quando o corpo dele poder� ser traslado para o Brasil, para o sepultamento em Ara�ua�. “O corpo ainda n�o foi liberado. N�o temos previs�o do envio do corpo (para o Brasil)”, disse Milton Souza.
O tio de Douglas informou ainda que a fam�lia do mineiro em Portugal organizou uma campanha, por meio de uma “vaquinha eletr�nica” na internet, com o objetivo de arrecadar recursos para custear as despesas do traslado do corpo. A meta � arrecadar R$ 26 mil e at� a noite deste domingo, foram arrecadados R$ 18.984,13.