
refor�o no atendimento pedi�trico para o �ltimo fim de semana. As UPAs Barreiro, Oeste e Norte foram destacadas para concentrar as consultas deste p�blico, mas a estrat�gia n�o surtiu efeito, com as unidades registrando longas esperas e queixas de pais.
Com casos de COVID e gripe aumentando, especialmente entre crian�as, a prefeitura anunciou um A situa��o nesta semana n�o � diferente e conta com o agravante do feriado. Na quinta-feira (16/6), nenhum dos 152 Centros de Sa�de funcionam em BH e, na sexta (17/6), as unidades operam das 7h �s 17h e com apenas metade das equipes. As 9 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) atendem normalmente, 24h por dia.
Pacientes sofrem com a sobrecarga
A rotina complicada nas unidades de sa�de de BH levou a faturista Yasmin Carolina a procurar a UPA Leste pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (15/6). O pequeno Oliver Gustavo, de 1 ano e 9 meses, est� com uma virose e a m�e espera conseguir atendimento antes do feriado para come�ar o tratamento da crian�a.
“Ontem cheguei aqui 11h50 e sa� �s 8h, sem atendimento. Falaram que tinha m�dico, mas n�o me atendiam. Cansei e fui embora. Hoje eu voltei porque ele n�o melhorou, fico na esperan�a de ao menos atenderem. A gente fica frustrada por querer atendimento para uma crian�a e n�o conseguir. Ontem n�o teve nenhuma prioridade porque estava cheio de crian�a e s� foi aumentando a quantidade de crian�as e nenhuma foi atendida", relata.
Na UPA Noroeste, vizinha ao Hospital Odilon Behrens, pacientes tamb�m se queixavam de demora no atendimento. A Agente Comunit�ria de Sa�de, Gl�ria Graziela, faz tratamento para uma cirrose hep�tica e procurou o servi�o de urg�ncia para tratar fortes dores que causadas pela doen�a
“Eu fui diagnosticada com cirrose hep�tica e estou fazendo tratamento. Vim aqui porque passei mal. H� um m�s que vim aqui pela primeira vez e hoje tive que voltar. Da outra vez fiquei aqui umas quatro horas esperando e com dor”, disse.
A t�cnica em enfermagem Marina Cruz, que acompanhava Gl�ria, relatou que a dificuldade em ser atendida na UPA Noroeste � comum e que passou pela mesma situa��o quando levou a m�e � unidade na semana passada.
“O descaso foi p�ssimo. Come�a atrav�s da portaria, porque atendem a gente com desd�m, n�o compreendem as dores dos pacientes. Minha m�e estava com c�lica renal e um quadro de pneumonia. Chegamos �s 19h e fomos sair �s 3h40 da manh�. N�o justificam em nenhum momento o motivo da demora. Minha m�e estava com muita dor, n�o tinha como voltar sem ter o atendimento”, reclamou.
Novos profissionais
Os m�dicos convocados pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quarta integrar�o as equipes de Sa�de da Fam�lia em Centros de Sa�de da capital. Todos os nomeados no Di�rio Oficial do Munic�pio t�m at� 20 dias para regularizar a documenta��o e se apresentar ao munic�pio
Al�m de j� come�arem a trabalhar durante o inverno, quando � esperada grande dispers�o de doen�as respirat�rias que sobrecarregam o sistema de sa�de, os 188 profissionais convocados pela prefeitura est�o longe de suprir a car�ncia da capital, de acordo com o diretor do Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (Sinmed), Artur Oliveira.
“Na verdade, essa chamada � apenas para os profissionais que atuam nas equipes de sa�de da fam�lia, que est� defasada, mas precisamos chamar profissionais tamb�m para as unidades de urg�ncia. N�s somos mais de 500 equipes na cidade, para se ter uma ideia. Esse n�mero de 188 parece muito e � importante que eles sejam chamados, � claro, mas a defasagem � maior que essa”, avalia o m�dico.
Oliveira reitera que � importante que mais m�dicos comecem a trabalhar na cidade, mas que � preciso que mais profissionais sejam convocados. Ele ressalta que o processo tamb�m deve ser mais c�lere do que o observado com este concurso, que aconteceu em julho do ano passado.
A demora na convoca��o ainda cria um novo problema. Os m�dicos aprovados no concurso podem estar empregados em outros locais e n�o aceitem a proposta da prefeitura, n�o ocupando efetivamente as vagas.
“� prov�vel que muitas dessas pessoas j� estejam trabalhando. � um dado que n�o tem como estimar, mas � poss�vel. Em fun��o da demora, muitos desses profissionais j� est�o em outros locais e, considerando o tipo de atratividade que temos aqui, n�o devem aceitar vir para BH”, conclui Oliveira.