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Estado de Minas BOLETIM EPIDEMIOL�GICO

BH: ritmo de novos casos de COVID acelera e comit� faz apelo por vacina��o

Novos casos da doen�a sobem muito nas �ltimas semanas e Comit� Popular de Combate � COVID refor�a a seguran�a e import�ncia das vacinas


24/06/2022 14:54 - atualizado 24/06/2022 18:00

Máscara descartada próxima a meio-fio
N�mero crescente de novos casos da COVID j� fez a prefeitura de BH voltar atr�s e exigir as m�scaras em locais fechados da capital (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O Comit� Popular de Belo Horizonte de Combate � COVID-19 lan�ou, nesta sexta-feira (24/6), a quarta edi��o do boletim de monitoramento da doen�a na capital. O documento registra uma tend�ncia de aumento no n�mero de casos na cidade e faz um apelo para que os moradores atualizem o calend�rio vacinal.

De acordo com o documento elaborado pelo comit�, a taxa de transmiss�o da COVID em BH est� em 1,5. O n�mero indica que cada 100 pessoas contaminadas t�m potencial para transmitir o v�rus para outras 150. 

Segundo o comit�, nas �ltimas duas semanas (entre 9 e 22 de junho), a capital est� com status de risco muito alto para a transmiss�o do v�rus. A taxa de novos casos registra este cen�rio. Entre 28 de abril e 11 de maio foram registradas 57 novas infec��es a cada 100 mil habitantes. Na �ltima quinzena, o n�mero foi cerca de 6 vezes maior.

Taxa de novos casos a cada 100 mil habitantes:
  • 28/4 a 11/5 = 57
  • 12/5 a 25/5 = 112
  • 26/5 a 8/6 = 305
  • 9/6 a 22/6 = 348

Por outro lado, o n�mero de �bitos em decorr�ncia da COVID segue est�vel, mantendo BH com um status de risco muito baixo de mortalidade.

Apelo para a vacina��o

Em editorial publicado no boletim, o Comit� Popular apresentou uma compara��o entre o risco de rea��es adversas causadas pelas vacinas contra a COVID e o potencial da doen�a levar � morte.

“As vacinas t�m risco? Sim, assim como qualquer outro f�rmaco. Entretanto, enquanto os efeitos adversos p�s-vacina ocorrem a uma taxa de 1 a 158 casos por milh�o de doses, e sua maioria s�o leves/moderados, com menos de 10 casos por milh�o de pessoas vacinadas, o risco de morrer por causa da COVID-19 � de, no m�nimo, 380 �bitos por milh�o em pessoas entre 12 a 39 anos, subindo para 970 �bitos por milh�o de casos em crian�as de 0 a 11 anos e mais de 20.000 mortes por milh�o de casos, em indiv�duos acima de 65 anos de idade”, informa.

O texto ainda critica a forma como o governo federal geriu a crise sanit�ria provocada pela pandemia, negligenciando o papel das vacinas no controle de casos graves de COVID. Intitulado como “O Sil�ncio T�xico”, o editorial alerta para a import�ncia de acompanhar o calend�rio de aplica��es dos imunizantes contra o coronav�rus.

N�meros do boletim do Comit� Popular apontam que, at� 21 de junho, apenas 9% da popula��o da capital j� havia recebido a 2ª dose de refor�o, ou 4ª dose, da vacina contra a COVID.

Na segunda-feira (20/6), o Minist�rio da Sa�de liberou a 4ª dose do imunizante contra a COVID para maiores de 40 anos. Em Belo Horizonte, a convoca��o chegou at� a faixa dos 50 anos de idade, que podem se proteger do coronav�rus nos pontos de vacina��o da cidade nesta sexta-feira

Todos os grupos que j� foram convocados tamb�m podem comparecer aos pontos de vacina��o.
 
 

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O Comit�

Fundado no in�cio de junho, o Comit� Popular de Belo Horizonte de Combate � COVID-19 se prop�e a divulgar dados atualizados da pandemia na capital. Sua forma��o se deu ap�s a dissolu��o do comit� de enfrentamento � doen�a na prefeitura de BH e ao novo formato de divulga��o do boletim epidemiol�gico no munic�pio, com duas edi��es semanais e menos informa��es em compara��o ao modelo utilizado nos dois primeiros anos de pandemia.

O comit� re�ne os infectologistas que formavam o extinto grupo da prefeitura da capital para o enfrentamento da doen�a: Carlos Starling, Est�v�o Urbano e Una� Tupinamb�s e grupos da �rea da sa�de como a Associa��o Brasileira de M�dicos e M�dicas pela Democracia, o Instituto Helena Greco, o Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais, o Conselho Municipal de Sa�de de Belo Horizonte, o Conselho Regional de Psicologia e o Observat�rio de Pol�ticas e Cuidados em Sa�de da UFMG.


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