
Participaram do lan�amento a Associa��o Brasileira de M�dicos e M�dicas pela Democracia, o Instituto Helena Greco, o Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais, o Conselho Municipal de Sa�de de Belo Horizonte, o Conselho Regional de Psicologia e o Observat�rio de Pol�ticas e Cuidados em Sa�de da UFMG.
A prefeitura j� havia orientado a volta do uso de m�scaras em locais fechados em comunicado divulgado na quinta-feira (2/6). A mudan�a ocorreu depois de reuni�o feita pelas equipes t�cnicas da Secretaria Municipal de Sa�de, que levaram em conta a cobertura vacinal, ainda considera longe do ideal pelos especialistas, e os indicadores de morbidade e mortalidade pela doen�a
Durante a apresenta��o do comit�, Starling recorreu a dados municipais da COVID-19 para cobrar avan�o na imuniza��o. "Cerca de 75% das pessoas que morrem de COVID-19 hoje t�m mais de 60 anos. Cerca de 20% t�m entre 36 e 50 anos. O risco de quem n�o vacina � cerca de 20 vezes maior do que quem vacina", disse.
Neste momento, s�o consideradas com esquema vacinal completo cidad�os que j� tomaram tr�s inje��es antiCOVID-19 – apenas 79% da popula��o est� completamente imunizada, enquanto apenas 56,2% das crian�as tomaram duas doses. Em 2022, a doen�a j� matou 579 pessoas, num total de 448 mil casos notificados. Desde o in�cio da pandemia, foram 7,8 mil mortes na capital mineira.
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"Em Belo Horizonte, no fim de janeiro, 80% das pessoas no CTI eram n�o vacinados. De fevereiro para c�, n�o temos esses dados. Mas, provavelmente, as pessoas que est�o mais graves s�o n�o vacinadas ou com apenas duas doses", explicou Una� Tupinamb�s.
Una� se mostrou cr�tico �s a��es do governo federal no combate � doen�a: "Vimos um governo negacionista que n�o se preocupou com a pandemia. Foi preciso que o Minist�rio P�blico e o Supremo Tribunal Federal (STF) intervir para liberar as a��es dos estados e munic�pios. H� dados mostrando que o Brasil foi o pior pa�s para se viver no per�odo da COVID. Tivemos 670 mil mortes, mas h� levantamentos que esse n�mero � muito maior. � inaceit�vel".
Os infectologistas fizeram parte do comit� da PBH at� 28 de abril, quando foram comunicados de que o grupo seria dissolvido. O fim do comit� ocorreu quando o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) renunicou ao cargo e Fuad Noman assumiu o mandato.
"N�o tivemos contato com a prefeitura desde o fim do comit�. Fomos e continuamos sendo volunt�rios para servir Belo Horizonte e a popula��o de uma forma geral, seja atrav�s da prefeitura, dos sindicatos ou da UFMG. Nosso trabalho � sin�rgico ao da PBh e n�o est� sendo antag�nico de forma nenhuma", afirmou Starling.
Expans�o da doen�a
Os infectologistas passaram a buscar dados estat�sticos da COVID-19 em BH para elaborar um painel de monitoramento, com base no pr�pprio levantamento feito pelo munic�pio. Starling disse que BH tem atualmente 82% de taxa de normalidade, considerada distante do ideal para garantir a seguran�a da popula��o. Segundo o levantamento, a cidade est� pr�xima de uma quarta onda de COVID.
"Uma taxa acima de 90% significa uma incid�ncia baixa, mortalidade baixa, letalidade baixa e vacina��o em alta. Agora, quando voc� observa que a taxa est� caindo e n�o faz nada � um risco de a doen�a progredir. Atitude preventiva � para isso", afirmou o m�dico.
Apesar disso, os m�dicos volunt�rios fizeram apelo para que a PBH volte a publicar os dados em pelo menos cinco dias da semana para facilitar o monitoramento da doen�a.
"A qualidade dos dados pior muito em todo o Brasil. Temos hoje autotestes para COVID-19. As pessoas s�o infectadas, mas n�o notificam. A incid�ncia deve estar 30% acima do que � divulgado. As pessoas n�o notificam com a mesma frequ�ncia do que faziam antes. Esse fen�meno ocorre tamb�m nos Estados Unidos e outros pa�ses do mundo".