
O inc�ndio na Santa Casa de Belo Horizonte na noite de segunda-feira foi a segunda grande ocorr�ncia do tipo em menos de 10 anos. Em 2016, as chamas atingiram um anexo do hospital e causaram um preju�zo de cerca de R$ 4 milh�es em equipamentos. Desta vez, dois pacientes morreram em decorr�ncia da evacua��o do pr�dio. Em 2012, houve ainda um princ�pio de inc�ndio, sem maiores consequ�ncias. O Corpo de Bombeiros informou que faz vistorias anuais na Santa Casa. O hospital afirma que conta com mais de 500 brigadistas e treinar� novas turmas at� o fim do ano. O projeto de preven��o e combate a inc�ndio da unidade, no entanto, ainda est� em fase de aplica��o e o andamento � dificultado pelo or�amento curto.
Em fevereiro, os bombeiros aprovaram um projeto de preven��o e combate a inc�ndios para a Santa Casa.Ele est� sendo implementado pela administra��o do hospital, mas exige uma s�rie de mudan�as estruturais que pesam no or�amento. “O projeto n�o � r�pido, s�o v�rias mudan�as de estrutura.Como sabemos, � um pr�dio de13 andares, precisamos de corrim�o em todas as escadas, ilumina��o autom�tica em todos os ambientes. Tanto do ponto de vista do custo, quanto do tempo � complicado. Estamos falando de um projeto de R$ 2,5 milh�es”, disse o diretor-jur�dico da Santa Casa, Jo�o Costa.
Ele afirma que alguns pontos do projeto j� foram instalados e evitaram que a trag�dia de segunda-feira fosse maior. Ele cita a disposi��o de extintores e a regulariza��o de um hidrante no 10º andar, que auxiliou os bombeiros na tarefa de controlar as chamas.
ESTRAT�GIA DE FUGA
O inc�ndio causou p�nico em funcion�rios, pacientes e parentes de quem estava na Santa Casa na noite de segunda-feira. Houve relatos de pessoas quebrando janelas, funcion�rios foram hospitalizados ap�s inalar fuma�a durante os resgates e mais de 900 pessoas foram evacuadas, ficando na rua durante a noite fria do inverno belo-horizontino. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), BH registrou uma temperatura em queda de 18º C para 16ºC durante o tempo em que os pacientes da Santa Casa ficaram ao ar livre.
Na avalia��o de Jo�o Costa, a estrat�gia de evacua��o do hospital foi bem-sucedida, mas teve percal�os inerentes ao contexto de um inc�ndio. “Em uma situa��o emergencial como a de ontem, por mais que a gente tenha um plano de conting�ncia, o p�nico foge um pouco do nosso controle. Mas, na medida do que tivemos condi��o de fazer acertos com os bombeiros e a Pol�cia Militar, conseguimos garantir o deslocamento, principalmente dos pacientes de CTI, que eram os quadros mais graves”.
V�rias pessoas que estavam hospitalizadas na Santa Casa precisaram ser conduzidos com urg�ncia para outras unidades de sa�de. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte e Secretaria de Estado de Sa�de, pacientes foram encaminhados para o Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro, S�o Lucas, Jo�o XXIII, Maternidade Odete Valadares e Hospital Jo�o XXIII.
De acordo com a Santa Casa, foram 26 funcion�rios hospitalizados, um no Jo�o XXIII e o resto no S�o Lucas, sendo dois no CTI. Durante a noite de ontem, 15 deles j� haviam recebido alta. Duas t�cnicas em enfermagem permaneciam em tratamento intensivo para observa��o e garantia de ventila��o adequada, mas com quadro est�vel e fora de risco. (BE)