
De acordo com informa��es das investiga��es, o foragido delegado Rafael Lopes Azevedo, chefe da Delegacia Especializada ao Furto e Roubo de Cargas (Depatri), estava de posse de um ve�culo descaracterizado da Pol�cia Civil: uma Cruiser, de cor branca e placa HFC4J28. Ele teve sua pris�o preventiva decretada pela Justi�a, por meio da 2ª Vara de T�xicos, Organiza��o Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.
Um alerta foi emitido pela rede de r�dio de todas as pol�cias envolvidas nas investiga��es, e existe a expectativa de que o suspeito seja preso nas pr�ximas horas.
Al�m do delegado, a Justi�a decretou a pris�o preventiva de mais oito pessoas investigadas no esquema de lavagem de dinheiro, corrup��o e tr�fico de drogas. Entre eles est�o mais quatro investigadores de pol�cia e um escriv�o.
Tamb�m por determina��o da Justi�a, todos os servidores investigados foram afastados de suas fun��es p�blicas. As respectivas contas banc�rias deles foram bloqueadas, e seus ve�culos, apreendidos.
O in�cio das investiga��es
A opera��o teve in�cio com a descoberta de um esquema de corrup��o no qual o alvo principal, um advogado, corrompeu uma equipe policial que havia flagrado um dos laborat�rios de processamento de drogas instalado em Ribeir�o da Neves, na Grande BH.
Segundo a investiga��o, o advogado foi acionado por um homem para intermediar a soltura de um terceiro, preso em flagrante por tr�fico de drogas com 30 quilos de entorpecentes. O pre�o pela intermedia��o seria o pagamento de R$ 600 mil em propina a policiais civis, entre eles, o delegado Rafael Lopes Azevedo.
De acordo com investiga��es, o homem, identificado apenas pelo primeiro nome, “Emerson”, foi solto ap�s uma s�rie de irregularidades na condu��o do processo por parte de Azevedo, como erros na lavratura do auto de pris�o em flagrante, o fato de o caso n�o ter sido levado ao Denarc, al�m de o material encaminhado para a per�cia divergir do que foi apreendido no local do crime.
As investiga��es revelaram o pagamento de suborno de mais de R$ 500 mil para a soltura de um comparsa e a devolu��o da carga apreendida.
Organiza��o criminosa
Tamb�m foi descoberto que a organiza��o criminosa negociou produtos qu�micos suficientes para a produ��o de duas toneladas de coca�na. O registro de movimenta��es patrimoniais e financeiras de cerca de R$ 19,3 milh�es se deu em um per�odo de dez meses.
Os mandados judiciais foram cumpridos, na ter�a-feira, em Belo Horizonte, Esmeraldas, Ribeir�o das Neves e Juiz de Fora, onde fica a base operacional da Organiza��o Criminosa.
Opera��o
No total, 78 policiais est�o envolvidos na opera��o, sendo 60 federais e 18 militares. Os presos ficar�o � disposi��o da Justi�a e responder�o pelos crimes de tr�fico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/06; corrup��o ativa, previsto no artigo 333 do C�digo Penal; e lavagem de dinheiro, previsto no art. 1º da Lei 9613/98 e, se condenados, poder�o cumprir at� 37 anos de pris�o; al�m de multa.
O esquema foi descoberto depois que o telefone de um advogado foi apreendido em meio a uma opera��o. Segundo a investiga��o, ele foi acionado por um homem para intermediar a soltura de um terceiro, preso em flagrante por tr�fico de drogas com 30 quilos de entorpecentes. O pre�o pela "intermedia��o" seria o pagamento de R$ 600 mil em propina a policiais civis, entre eles, Rafael Lopes Azevedo.
De acordo com as investiga��es, o homem, identificado apenas pelo primeiro nome, "Emerson", foi solto ap�s uma s�rie de irregularidades na condu��o do processo por parte de Azevedo, como erros na lavratura do auto de pris�o em flagrante, o fato de o caso n�o ter sido levado ao Denarc, al�m de o material encaminhado para a per�cia "divergir" do que foi apreendido no local do crime.
"Tudo isso, devo destacar, revela certa neglig�ncia na atividade de delegado de pol�cia que preside inqu�rito policial, indo ao encontro de tudo o que foi apurado pela FICCO no sentido de oferecimento de vantagem aos policiais", diz trecho da decis�o judicial.
"A ORCRIM [organiza��o criminosa] ainda contaria com o auxilio de terceiros e empresas para ocultar os proveitos da corrup��o, valendo-se das sociedades empres�rias" para beneficiar Rafael Lopes de Azevedo, conforme a FICCO.
Ainda de acordo com a Justi�a, Azevedo tamb�m prestaria uma esp�cie de "consultoria" a aliados e se escondeu na casa de outro investigado para se livrar de uma opera��o na qual era alvo de a��o cautelar.