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Estado de Minas EM C�SSIA

Modo de fazer rapadura e mela�o � reconhecido como bem imaterial em Minas

O registo no Condephaat (Conselho Municipal do Patrim�nio Imaterial de C�ssia) saiu de um decreto assinado pelo prefeito R�mulo Carvalho Pinto.


05/07/2022 19:36 - atualizado 05/07/2022 19:53

'Seo' Baduíno e dona Maria da Conceição
H� 60 anos, "Seo" Badu�no e dona Maria da Concei��o fabricam artesanalmente rapaduras e mela�o (foto: Dannilo Rodrigues)
O modo de fazer rapadura e mela�o se tornou Patrim�nio Imaterial do munic�pio de C�ssia. O registo no Condephaat (Conselho Municipal do Patrim�nio Imaterial de C�ssia) saiu de um decreto assinado pelo prefeito R�mulo Carvalho Pinto.

O modo de fazer rapadura foi reconhecido como invent�rio de Prote��o do Patrim�nio Cultural. O registro � um instrumento legal de preserva��o, reconhecimento e valoriza��o do patrim�nio imaterial do Brasil, composto por bens que contribu�ram para a forma��o da sociedade brasileira.

A cultura foi herdada pelo senhor Jo�o Baldu�no de Souza, de 87 anos, e repassada para a esposa Maria da Concei��o, 78 anos, com quem � casado h� 60 anos. O casal produz as rapaduras e o mela�o em um s�tio, na regi�o Antinha, munic�pio de C�ssia, onde vivem desde que se casaram.

Segundo o coordenador da Se��o de Cultura e Patrim�nio Hist�rico do munic�pio,  Dannilo Rodrigues, � de uma import�ncia ter o reconhecimento como forma de fazer rapadura e mela�o ser um patrim�nio reconhecido como parte da gastronomia local. “A vida de v�rias pessoas pode mudar quando a gastronomia regional � valorizada”, disse.

O modo de fazer rapadura e mela�o n�o � registrado como bem imaterial pelo Iphan (Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional), bem como n�o h� pedido de registro at� o momento. No Iepha (Instituto Estadual  do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico), tamb�m n�o h� registro.

Artesanal


“Seo” Baldu�no planta a cana, capina, colhe e m�i, e dona Maria da Concei��o o auxilia ralando cidra, torrando amendoim, mexendo o tacho e fazendo outros pequenos servi�os. O casal tem uma filha e quatro netos, sendo que uma delas, Karina de Souza Cruz, pretende dar continuidade � tradi��o.

“Eu sei fazer, mas tem um truque, um jeito todo especial de mexer que ainda tenho que aprender. O que sei, aprendi olhando eles fazerem desde pequena”, conta Karina.
Todo o processo da rapadura de “Seo” Jo�o Baldu�no � org�nico. Ele n�o usa fertilizante para plantar a cana-de-a��car, mat�ria-prima da rapadura e do mela�o, nem conservantes no produto.

A fabrica��o da rapadura � dividida em tr�s etapas: moagem, cozimento e purga ou branqueamento. Depois de colhida e limpa, a cana � mo�da no engenho motorizado, muito eficaz por ser de ferro e composto de tr�s rolos horizontais, exigindo apenas uma passagem da cana para se retirar todo o caldo.

Em m�dia, � poss�vel extrair cerca de 500 litros de garapa para cada tonelada de cana-de-a��car mo�da, que render�o de 70 a 100 quilos de rapadura ou 100 a 150 rapaduras de 650 gramas, cada.

Uma rapadura simples custa R$ 10, com mistura sai por R$ 12. O mela�o � vendido por R$ 10 o potinho de 500 gramas. Toda produ��o � vendida em feira livre e nos supermercados, padarias e mercadinhos de C�ssia.


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