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Estado de Minas 2022

Multas por embriaguez ao volante: em 6 meses, Minas supera dados de 2021

Foram 1.898 multas emitidas em rodovias que cortam o Estado em 2022, resultando em 105 pris�es; em 2021, foram 1.807 motoristas penalizados


14/07/2022 09:51 - atualizado 14/07/2022 11:17

Policial aplica multa em motorista
N�mero de autua��es por embriaguez nos primeiros seis meses de 2022 j� � superior ao registrado em todo o ano passado em Minas Gerais (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
O n�mero de autua��es por embriaguez nos primeiros seis meses de 2022 j� � superior ao registrado em todo o ano passado em Minas Gerais. De janeiro a junho, foram 1.898 multas emitidas em rodovias que cortam o Estado, resultando em 105 pris�es. J� em 2021, 1.807 motoristas foram penalizados pela soma de �lcool e volante.  


Dados da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) indicam que 230 condutores foram presos no ano passado. Dirigir sob influ�ncia de �lcool � considerado pela corpora��o uma das maiores causas de acidentes de tr�nsito com v�timas gravemente feridas. A infra��o � grav�ssima, com multa de R$ 2.934,70, al�m da suspens�o do direito de dirigir por 12 meses. 


“Uma vida perdida para a viol�ncia no tr�nsito impacta diretamente in�meras outras pessoas, al�m dos familiares, criando uma cadeia silenciosa de dor e sofrimento”, avalia o diretor cient�fico da Associa��o Mineira de Medicina do Tr�fego (Ammetra), Alysson Coimbra. 


A observa��o do especialista � sentida na pele pela auxiliar de limpeza Amanda Franciele Barroso, de 28 anos. Em 2014, ela e a filha, na �poca com 4 anos, foram v�timas de acidente de tr�nsito. Um motorista embriagado atingiu as duas na cal�ada de uma rua do Bairro Alto Vera Cruz, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. A crian�a morreu na hora. 


“16 de novembro de 2014. Era por volta das 15h quando um homem, na �poca com 51 anos, veio b�bado, drogado e inabilitado, e pegou a gente no passeio. Eu quase perdi a perna. Fui socorrida para o Jo�o XXII e passei por cirurgia”, contou ao Estado de Minas


H� oito anos, ela ainda vive com o sentimento de impunidade. O condutor ficou apenas 21 dias preso, sendo liberado ap�s pagamento de fian�a no valor de R$ 3.500. 


“Depois disso ele n�o compareceu a duas audi�ncias. Ent�o minha vida mudou, at� mesmo a minha rotina. Fiz acompanhamento, tomei antidepressivo e demorei a voltar para o mercado de trabalho”, comentou, dizendo, ainda, que apenas se sente confort�vel para falar do caso porque hoje tem um beb� de seis meses.


“S� renasci mesmo depois que Deus me deu essa crian�a. Eu n�o tinha mais vontade de nada desde o ocorrido. Acho que a Justi�a deveria fazer uma lei mais severa sobre as pessoas que cometem essas infra��es. � um crime b�rbaro e o sentimento de revolta s� aumenta”, afirmou. 


Fiscaliza��o


Em 2022, ainda nas estradas federais que cortam o Estado, 49.110 testes com etil�metro foram realizados pela PRF em Minas. No ano passado, foram apenas 11.690. Os dados, segundo Coimbra, indicam n�o s� o aumento da fiscaliza��o ap�s medidas de restri��es mais intensas causadas pela pandemia, mas tamb�m o crescimento de um comportamento criminoso: dirigir sob o efeito de �lcool e drogas.


"O tr�nsito foi o espa�o coletivo mais afetado pelos inevit�veis danos mentais e psicol�gicos da pandemia. Motoristas ansiosos, imprudentes, agressivos e violentos se envolvem mais em ocorr�ncias de tr�nsito e infringem as normas de circula��o mais frequentemente, seja pela desaten��o ou pela dire��o insegura. Isso tamb�m leva ao abuso de drogas e �lcool”, avaliou o especialista, considerando, ainda, que � preciso puni��es mais duras para os envolvidos neste tipo de crime. 


“A lei � muito suficiente em rela��o �s medidas impostas. O que pesa muito � a interpreta��o. Em uma audi�ncia s�o considerados in�meros outros fatores e desconsiderado que as pessoas j� t�m informa��o de que n�o deve beber e dirigir. Ent�o precisamos de uma padroniza��o”, concluiu. 


Motivos do aumento


Ainda segundo Coimbra, uma redu��o na fiscaliza��o em 2021 teria passado para a popula��o um "relaxamento" no rigor da lei. A situa��o, no entanto, foi circunstancial devido � pandemia. 


“Paralelamente, tivemos a suspens�o das medidas de restri��o em 2022, favorecendo novos eventos e aglomera��es, onde algumas pessoas, pensando que o lazer � maior que a seguran�a dela e das demais, bebem e depois dirigem”, finalizou. 


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