
O Minist�rio P�blico do Estado de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, fez uma coletiva de imprensa em Varginha, no Sul de Minas nesta quarta-feira (20/7) para detalhar a 3ª Fase da Opera��o ‘Conto do Vig�rio’, que combateu um esquema criminoso na pr�tica de estelionato.
De acordo com o Gaeco, a 3ª Fase da Opera��o ‘Conto do Vig�rio’ � do desdobramento das investiga��es para desarticular um esquema criminoso na pr�tica de estelionato. Durante os trabalhos, quatro den�ncias j� foram oferecidas contra seis pessoas pela pr�tica de mais de dez crimes, dentre eles estelionato, associa��o criminosa, recepta��o e fraude processual.
Os mandados foram cumpridos nessa ter�a-feira (19/7). “Nessa �ltima den�ncia, trata-se de um homem, que se passou por um assessor parlamentar, dizendo que tinha um deputado estadual que viria na regi�o para investir no ramo imobili�rio. Ele entrou em contato com uma pessoa que estava vendendo uma casa e disse que o deputado compraria esse im�vel. E isso exigia uma comiss�o. Esse im�vel, segundo o denunciado, n�o seria registrado no nome do cliente, seria registrado em nome de um laranja”, explica Pedro Paulo, delegado da Pol�cia Civil, que conta que o nome vai sendo alterado.
De acordo com o delegado, em cada altera��o, essa pessoa pedia uma comiss�o. “O im�vel, que custava R$ 400 mil, chegou a R$ 600 mil. A vitima pagava essa comiss�o antecipada, mas essa compra e venda nunca foi registrada. Esse im�vel se encontrava com impedimento de documentos. Nesse golpe, tr�s pessoas se envolveram como fiscais da prefeitura para liberar o documento de habita��o”, completa delegado.
O investigador da pol�cia teria ajudado esse denunciado no golpe. “Uma dessas pessoas, que seria um dos fiscais de obra do munic�pio, a vitima reconheceu sendo um investigador da Pol�cia Civil de Varginha. Ele teve a suspens�o de porte ou posse de arma de fogo e proibi��o de frequentar Delegacias de Pol�cia”, ressalta.
'Conto do Vig�rio'
O trabalho foi batizado como ‘Conto do Vig�rio’ pela forma dos denunciados agirem. “Apesar do somat�rio de procedimentos e processos, ao todo de dez, a forma dos comparsas atuarem variava. Fun��es diversas, como delegado de policia, como assessor parlamentar. Essas identidades que ele utilizava, ele tinha que sustentar cada uma. Ent�o, ele incorporava cada uma. Ele chegou at� a catequisar umas das vitimas”, diz.
Ainda de acordo com o Gaeco, os crimes somam R$ 1 milh�o de preju�zo. “Contra fam�lias diversas, mas fam�lias inteiras”, afirma.
Dois investigados, j� denunciados, seguem presos. As investiga��es continuam em rela��o a outros crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. “Existe, hoje, um inqu�rito em curso, a lavagem de dinheiro, com ind�cios de aquisi��o de im�veis. Tudo � apurado. Al�m disso, os denunciados tinham comparsas pro toda a regi�o”, finaliza.