'Que horas o vov� chega?', pergunta neto do motorista morto por delegado

O choque pela morte do chefe da fam�lia foi tamanho que os parentes de Anderson Melo ficaram paralisados. No protesto feito por amigos motoristas nesta quarta-feira (27/7), em Belo Horizonte, a mulher do motorista assassinado ontem n�o conseguiu comparecer. Os filhos e enteados tamb�m n�o.

 

 

Aos 44 anos, Anderson Melo foi atingido por tiros ao se envolver em uma briga de tr�nsito com um delegado. Ele foi socorrido, mas morreu em seguida. A trag�dia ocorreu na Avenida do Contorno, na altura do viaduto Oeste, na capital mineira.

Cunhada do motorista, Neusa Diniz representou a fam�lia na manifesta��o. “Ele tem um neto de 5 anos que toda hora fala: que horas o vov� vai chegar?”, contou a mulher.

 

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Segundo ela, o motorista de reboque era um homem evang�lico, trabalhador e tranquilo. “Ele cuidava de toda a fam�lia, s�o duas filhas adolescentes, dois enteados e o neto”, explicou.

A banalidade da morte do parente deixou os familiares em choque, segundo Neusa. “Ele foi morto por muita crueldade, n�o precisava disso”, protestou. “Podia ter abordado ele, por que n�o deu um tiro no pneu pra ele parar (o ve�culo)”, questionou.

Durante a manifesta��o, uma ora��o foi realizada e tamb�m foi registrado um pedido de Justi�a. “Viemos cobrar que a Justi�a seja feita da maneira correta, mas voltar, ele n�o vai jamais”, finalizou Neusa.