
Para facilitar o trabalho do Censo Demogr�fico 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) lan�ou m�o de recursos tecnol�gicos para pedir a moradores que deixem os trabalhadores acessarem as casas. O medo da a��o de criminosos � um dos motivos que levam muitas pessoas a impedirem a entrada de recenseadores e outros trabalhadores aos im�veis. No caso do IBGE, a ferramenta escolhida para conscientizar a popula��o foi um funk publicado no YouTube.
A coleta de dados para o censo come�ou na �ltima segunda-feira (1º/8). A pesquisa � a maior opera��o censit�ria do mundo, e em 2022 deve passar por 89 milh�es de endere�os.
O presidente do IBGE, Eduardo Rios-Neto, diz que a meta � alcan�ar a totalidade dos domic�lios - em 2010, houve dificuldade no acesso a muitas casas. O trabalho chega a ser um desafio. Entre os motivos est�o dois extremos, segundo ele: “Temos os domic�lios extremamente ricos, sobretudo os condom�nios fechados e afastados, onde a barreira � muito grande em raz�o da seguran�a, e o outro extremo s�o as comunidades que o IBGE chama de aglomerados subnormais, �reas com eventuais problemas de viol�ncia e que, muitas vezes, s�o proibidas de circular”, disse.
Eduardo explica que, mesmo com os problemas de cobertura, o instituto tem encontrado solu��es para realizar o levantamento dos dados. Em 2022, o IBGE firmou parcerias com associa��es de administradoras de im�veis e condom�nios, assim como sindicatos de representa��es habitacionais. Al�m disso, os dem�grafos procuram solu��es metodol�gicas como a pesquisa de p�s-enumera��o, um levantamento amostral que tem como objetivo avaliar a cobertura e qualidade do censo demogr�fico.
Campanha com m�sica
Tamb�m foi criada a campanha que resultou no Funk do Censo, com o foco em orientar a popula��o sobre o trabalho dos recenseadores e incentivar os domic�lios a receb�-los. A m�sica cantada pelo MC mineiro Neguinho Fatal foi ideia de um servidor do IBGE que, inicialmente, sugeriu um samba. O funk foi escolhido, segundo Eduardo, por estar mais pr�ximo das novas gera��es.A can��o, por meio de uma letra “chiclete”, representa a preocupa��o do IBGE com a seguran�a. “O foco tamb�m est� na import�ncia do Censo, na grandiosidade e na seguran�a da popula��o em rela��o � idoneidade do IBGE, temos um foco muito forte nisso”, frisou.
O videoclipe da can��o conta com recenseadores dan�ando e em outros momentos entrevistando os moradores. Os trabalhadores do censo poder�o ser reconhecidos atrav�s do uniforme que usam, que conta sempre um bon� e colete do IBGE, crach� de identifica��o e o dispositivo m�vel de coleta (DMC).
Tradicionalmente o primeiro entrevistado do Censo demogr�fico � o presidente da Rep�blica. Eduardo conta que testou o equipamento quando esteve com Jair Bolsonaro (PL). "Quando eu o entrevistei testei o meu crach�, o QR Code, e apareceu meu rosto l� no site do IBGE, o n�mero de servidor p�blico”.
Ao ler o QR Code, o cidad�o ser� encaminhado � �rea de identifica��o no site do instituto, e para confirmar a identidade do recenseador � s� informar o nome, matr�cula ou CPF do mesmo.
Censo � realizado dois anos ap�s determina��o da lei
O Censo 2022 ser� realizado dois anos depois do previsto. Como manda a legisla��o, a pesquisa deve ser feita a cada 10 anos. No entanto, a edi��o de 2020 foi adiada devido a pandemia de COVID-19 e a de 2021, por quest�es or�ament�rias.
Para Eduardo Rios-Neto, esse atraso n�o traz complica��es para a pesquisa. “A principal quest�o t�cnica � a estimativa populacional, mas nada que um t�cnico competente n�o consiga ajustar. Isso n�o � sangria ‘desatada’ n�o”, explica o presidente do IBGE.
IBGE procura grupos que antes eram exclu�dos
Nesta edi��o, o Censo traz pela primeira vez perguntas que incluem a popula��o autista e quilombola. No caso do autismo, a Lei 13.861/19, exige a presen�a no question�rio, o que permite a atualiza��o de dados sobre essa parcela populacional. J� as comunidades quilombolas ter�o seus dados atualizados pela primeira vez.
Eduardo Rios-Neto explica que sempre existe demanda para a inclus�o de grupos, mas nem todas puderam ser atendidas. “Algumas pela natureza da pesquisa. O Censo � domiciliar, nossa base metodol�gica � organizar a coleta da informa��o por meio da entrevista em domic�lios, o que evita problemas t�cnicos. Territ�rios ind�genas e quilombolas nos predefinidos antes do censo e organizamos o espa�o, agora alguns grupos n�o s�o compat�veis com a opera��o por n�o possu�rem espa�o fixo”, completa o presidente do IBGE.
Eduardo Rios-Neto explica que sempre existe demanda para a inclus�o de grupos, mas nem todas puderam ser atendidas. “Algumas pela natureza da pesquisa. O Censo � domiciliar, nossa base metodol�gica � organizar a coleta da informa��o por meio da entrevista em domic�lios, o que evita problemas t�cnicos. Territ�rios ind�genas e quilombolas nos predefinidos antes do censo e organizamos o espa�o, agora alguns grupos n�o s�o compat�veis com a opera��o por n�o possu�rem espa�o fixo”, completa o presidente do IBGE.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Diogo Finelli.