Inc�ndio criminoso mata animais, queima BR-040 e Serra da Moeda

Um inc�ndio criminoso ateado � vegeta��o em um bota-fora no KM571 da rodovia BR-040 avan�ou pelo Bairro �gua Boa, em Nova Lima, na Grande BH, atravessou a estrada pela copa da vegeta��o de eucaliptos e quase devastou a Serra da Moeda, em Brumadinho, mesma regi�o, obrigando cobras, lagartos, p�ssaros e roedores a fugir desesperados.

Bombeiros, brigadistas, volunt�rios e dois avi�es tanques (airtractor) de lan�amento de �gua combateram as chamas desde o s�bado (27/08), por volta das 11h, e s� conseguiram controlar o fogo no fim da manh� deste domingo (28/08). Muitas cobras, p�ssaros em ninhos e outros animais n�o conseguiram escapar e morreram carbonizados.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) a �rea queimada foi pequena, de 4 hectares, mas demandou um intenso combate pela proximidade com a rodovia, casas, condom�nios e a possibilidade de destrui��o de unidades de conserva��o pr�ximas.

O agente operacional da concession�ria que administra a estrada, a Via-040, Wellis Fernandes acompanhou o desenrolar do inc�ndio. "O pessoal do (bairro) �gua Limpa colocou fogo na beira da rodovia. As chamas ficaram altas e come�aram a ser espalhadas pelo vento e atravessaram a BR-040 e chegou (sic) na Serra da Moeda. � muito triste ver que o fogo destr�i tudo. Pior ainda vermos os animais, tentando correr do fogo de todo jeito para sobreviver e muitos n�o conseguiram. Uma tristeza", definiu.

L�der da segunda equipe de brigadistas da Associa��o Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) a combater o inc�ndio, Evaldo Gomes conta que o vento e a vegeta��o seca dificultaram o combate com chicotes, sopradores e bombas de �gua costais. A sorte tamb�m contou a favor deles.

"O Topo do Mundo e a Serra da Moeda s� n�o foram destru�dos porque uma �rea que j� tinha queimado antes interrompeu o fogo e pudemos nos concentrar em outros setores. Sen�o, seria muito feio. Isolamos o fogo e conseguimos controlar tudo", disse o brigadista.

De acordo com Evaldo, v�rios bens poderiam ser atingidos se as chamas avan�assem, sobretudo morro acima, onde a topografia acelera o poder de propaga��o das chamas sobre o mato de cerrado e campos de altitude ressecados.

"Isso daqui (os inc�ndios criminosos) mata a nossa �gua, a �gua pot�vel e os animais. Mas o maior prejudicado acaba sendo o ser humano. Ou seja, n�s prejudicamos a n�s mesmos", afirma Evaldo Gomes.

Duas viaturas com tra��o 4X4 do CBMMG percorrem toda a �rea monitorando a situa��o e avaliando o risco de um novo foco.