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Estado de Minas MORTES DE CACHORROS

Tr�s cachorros morrem por causa de petisco com subst�ncia t�xica

Outros tr�s tiveram insufici�ncia renal grave e ainda est�o em acompanhamento. Laudo da UFMG � "altamente sugestivo" de contamina��o por etilenoglicol


29/08/2022 19:55 - atualizado 29/08/2022 20:56

Cinco cachorros num carrinho de supermercado em estacionamento, com dois carros ao lado
Dois spitz alem�es de 1 e 2 anos morreram (foto: Divulga��o)
Tr�s cachorros morreram, e tr�s tiveram insufici�ncia renal grave, ap�s ingerirem um petisco da mesma marca em Belo Horizonte no �ltimo m�s.

 

O laudo de necr�psia feito pelo Hospital Veterin�rio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que o estado cl�nico que levou � morte dos animais � “altamente sugestivo” de intoxica��o por etilenoglicol, subst�ncia proibida em alimentos.

 

Os casos est�o sendo investigados pela Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG). Dois dos cachorros que morreram e os outros tr�s que seguem em acompanhamento s�o das mesmas tutoras. S�o um pinscher e quatro spitz alem�es, que comeram o mesmo petisco em 2 de agosto. Todos passaram mal, com problemas agudos nos rins, e, oito dias depois, dois spitz faleceram.

 

O laudo do Hospital Veterin�rio � inicial; n�o conclui a causa da morte dos animais, em investiga��o pela Pol�cia Civil. Outros exames al�m da necr�psia est�o em andamento.

 

O relat�rio aponta que foi encontrada grande quantidade de cristais de oxalato de c�lcio nos rins dos dois cachorros. Essa � uma subst�ncia que sugere contamina��o por compostos como o etilenoglicol (que � t�xico, e � usado como anticongelante em diversas ind�strias e produtos) ou o propilenoglicol (que � seguro, mas pode ser t�xico em grandes quantidades e consta nos ingredientes do petisco que eles consumiram).

 

Três cachorros em cesta de bicicleta em um parque
N�mero do lote do produto ainda n�o � confirmado (foto: Divulga��o)
O terceiro cachorro n�o faz parte da mesma fam�lia e tinha morrido cerca de um m�s antes. Ele n�o passou pela necr�psia do Hospital Veterin�rio, mas foi inclu�do na investiga��o da Pol�cia Civil por ter consumido o mesmo produto.

 

Sede e v�mito, antes da trag�dia 

 

As tutoras tinham levado seus cinco cachorros para se vacinarem em uma loja de produtos para animais dom�sticos em 2 de agosto. “Pouco tempo depois, estranharam que eles ficaram com muita sede. Depois, eles vomitaram e ficaram prostrados. Elas medicaram os animais em casa, mas eles foram s� piorando”, conta sua advogada, Silvia Valamiel.

 

Os animais foram levados para o Hospital S�o Geraldo na madrugada de 3 para 4 de agosto, pouco mais de 24h ap�s a ingest�o do petisco. L�, os exames apontaram que eles tinham inj�ria (les�o) renal aguda, o que n�o � comum.

 

Os veterin�rios descartaram rea��es � vacina, inclusive porque um dos cachorros tinha recebido um imunizante do mesmo lote 15 dias antes, sem rea��o.

 

Esses sintomas s�o associados � contamina��o por subst�ncias espec�ficas, como etilenoglicol, propilenoglicol, dietilenoglicol e melanina, como informou a m�dica veterin�ria nefrologista do hospital. A �nica coisa que fugia da rotina dos animais era ter comido o petisco, segundo Valamiel. 

 

As tutoras voltaram � loja a caminho do hospital, com suspeitas do alimento. Como a embalagem j� havia sido descartada, n�o conseguiram confirmar o lote. Elas n�o encontraram outro pacote do mesmo sabor, e a fabricante informa que cada sabor do mesmo produto tem um lote, mesmo que a data de fabrica��o seja a mesma. A loja e o fabricante n�o informam o mesmo lote. 

 

Duas mulheres posam para selfie com um cachorro da raça spitz alemão
Tutoras t�m outros tr�s cachorros que tamb�m ficaram em estado grave e seguir�o em acompanhamento (foto: Divulga��o)
“Elas mostraram que os cachorros estavam passando mal, falaram que eles tinham comido o petisco comprado l�, mas a gerente n�o deu aten��o. Ningu�m tirou os produtos da prateleira”, conta a advogada.

 

O servi�o de atendimento ao consumidor (SAC) da loja informou �s tutoras que o petisco � impr�prio para c�es filhotes.

 

Os outros tr�s cachorros, dois spitz alem�es e um pinscher, seguem em tratamento em casa. O �ltimo a receber alta do hospital saiu em 17 de agosto.

 

Import�ncia do alerta

 

“O dano n�o pode ser reparado”, afirma Valamiel. “Mas elas querem que sejam tomadas medidas preventivas. � muito importante evitar que outras fam�lias passem pela mesma situa��o”, completou.

 

Em 2020, mais de 40 pessoas foram intoxicadas pelo dietilenoglicol, composto similar ao etilenoglicol – que, suspeita-se, estava presente no petisco –, ap�s o consumo de lotes contaminados da cerveja Belorizontina, da Backer. Dez morreram, com quadros graves de problemas nos rins, e algumas delas chegaram a ficar meses internadas.

 

A causa da contamina��o foi um vazamento nos tanques de armazenamento da cerveja, em que o dietilenoglicol era usado como anticongelante e n�o poderia entrar em contato com o produto.

 

No petisco para animais, o propilenoglicol � usado para mant�-lo �mido e crocante, segundo a advogada.

 

A reportagem ainda n�o conseguiu contato com a Pol�cia Civil para mais atualiza��es.



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