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Estado de Minas PETISCOS CONTAMINADOS

Empresa alega que adultera��o em produto qu�mico contaminado foi externa

Advogado da Tecno Clean, empresa que vendeu o produto qu�mico contaminado, afirmou que produto ficava lacrado dentro de complexo industrial


26/09/2022 16:09 - atualizado 26/09/2022 17:06

Galão de propilenoglicol vendido pela Tecno Clean Idustrial LTDA
Lotes de propilenoglicol est�o contaminados com monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica (foto: Bassar Pet Food / Divulga��o)
Funcion�rios da empresa Tecno Clean, apontada pelo Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) como a respons�vel por vender lotes de propilenoglicol que estariam contaminados com monoetilenoglicol, prestaram depoimento nesta segunda-feira (26/9) na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, na regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. 

Em entrevista ao Estado de Minas, o advogado da fabricante, Thiago Rodrigues, afirmou que a contamina��o do qu�mico n�o aconteceu dentro das depend�ncias do cliente, tendo em vista que o produto n�o era manipulado no local. De acordo com o representante legal, a empresa est� no ramo de glicerina e, por isso, n�o h� precedentes para retirar os lacres dos produtos. 

“A Tecno Clean recebia o propilenoglicol lacrado, n�o manipulava e n�o mexia. Ele foi comprado de uma empresa chamada A & D Qu�mica, que se coloca como uma importadora. Ent�o, eles passavam esse produto para a Tecno Clean, que os recebia lacrados e respaldados por um laudo que j� foi juntado aos autos, aqui na Pol�cia Civil”, disse Rodrigues.

Fraude de laudos 

Logo no in�cio das investiga��es sobre o caso, a A & D Qu�mica afirmou que revende produtos apenas para o setor de limpeza e que seus qu�micos possuem um grau de pureza superior ao permitido na ind�stria de alimentos. Com isso, a entidade disse que a Tecno Clean havia pedido que os laudos fossem fraudados, para o  “GRAU USP”, permitido pelo Mapa. 

Questionado sobre a den�ncia da A&D Qu�mica, o advogado da empresa mineira disse que ficou sabendo do fato pela imprensa e que o tema j� foi esclarecido junto � Pol�cia Civil. "Essa den�ncia � infundada. N�s n�o sabemos de onde surgiu essa informa��o n�, alguns personagens aqui est�o com problemas muito graves, ent�o as pessoas podem come�ar a partir para um outro lado, que n�o � o lado correto”, concluiu.

Macarr�o contaminado

Na sexta-feira (23/9), a empresa paulista de macarr�o oriental Keishi, que teria usado lotes de propilenoglicol contaminado com monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica a humanos e animais, afirmou que antes de ser notificada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) j� havia vendido todos os produtos que teriam que ser recolhidos. A fabricante foi informada pelo �rg�o no dia anterior, ap�s detectar na produ��o das massas o uso de propilenoglicol, mesma subst�ncia que pode ter causado as mortes de c�es em todo territ�rio nacional.

De acordo com nota enviada � imprensa, os lotes que poderiam estar comprometidos correspondem a pouco mais de 1% do total de produtos fabricados e vendidos pela empresa no per�odo apontado pela Anvisa. 

“A Keishi j� entrou em contato com clientes visando recolher e rastrear os produtos pertencentes a este lote. Como se trata de produtos fabricados h� quase um m�s, n�o houve estoque a recolher e tamb�m n�o houve nenhum relato de danos � sa�de do consumidor”, afirmou a fabricante. 

Investiga��es

Ao Estado de Minas, o delegado titular da Delegacia de Investiga��es Sobre Infra��es Contra o Meio Ambiente da Pol�cia Civil de S�o Paulo, Vilson Genestretti, relatou que j� ouviu os representantes da Bassar e da A & D. De acordo com ele, os representantes da importadora e revendedora do propilenoglicol forneceram elementos “que v�o facilitar as investiga��es”, mas que todos os documentos e produtos ainda ser�o periciados. 

Em rela��o � den�ncia de fraude de laudos t�cnicos e r�tulos de gal�es de propilenoglicol, feita pela empresa de Aruj�, o respons�vel pelas investiga��es se limitou a dizer que as apura��es ainda est�o em curso. Conforme Genestretti, os representantes e a gerente de compras da fabricante mineira ainda ser�o ouvidos. 

“Ontem eu ouvi o administrador e a dona da A&D. Eles forneceram elementos, prestaram informa��es que foram colocadas nos autos. Eles informaram que venderam o produto para uso de higiene e limpeza, forneceram as notas fiscais de venda, e afirmaram que n�o vendem o propilenoglicol grau USP [permitido na ind�stria de alimentos]. Mas, tudo isso, n�o quer dizer que a Tecno Clean vendeu a mercadoria fornecida pela A&D. Isso, n�s saberemos ap�s ouvir a empresa e os laudos periciais”, afirmou o delegado da Pol�cia Civil de S�o Paulo.


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