
Ao sentenciar o policial militar, o juiz Daniel Leite Chaves destacou que, sendo o acusado policial militar, exige-se de sua atitude “maior cautela, pondera��o e senso de responsabilidade em uma a��o letal”.
De acordo com a den�ncia do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), na noite de 17 de maio daquele ano, o policial pilotava uma moto na Rua 23 de Maio, no bairro Esplanada, quando atingiu a v�tima – que trafegava logo � frente – com um tiro.
� �poca, ele alegou que voltava da faculdade e atirou porque foi interceptado pela motocicleta. Outro rapaz era levado pela v�tima na garupa. Segundo o PM, a dupla havia anunciado um assalto. Ainda conforme essa vers�o, a pessoa que atirou contra ele fugiu do local levando a arma.
A den�ncia do MP tamb�m aponta que o crime causou revolta na comunidade porque a v�tima era jovem, estudante e trabalhador. Ele n�o tinha registro criminal, al�m de ser conhecido de inf�ncia do policial que atirou nele.
Amigo da v�tima apresentou outra vers�o
Um amigo da v�tima, que era vizinho do policial, disse que estava na garupa da moto de carona, sendo que o jovem voltava da escola. Ele alegou que poucos metros antes de desembarcar, no port�o de sua casa, chegou a ver a moto do policial trafegando paralelamente a eles e estacionando poucos metros � frente no port�o onde o PM morava. Ap�s entrar em casa, ele ouviu o disparo.
No entanto, como a regi�o tem hist�rico de viol�ncia, ele n�o saiu na rua para ver do que se tratava. No outro dia, ele ficou sabendo que o vizinho havia matado seu amigo.
O Minist�rio P�blico mineiro destacou que o pr�prio r�u reconheceu em ju�zo que a v�tima n�o estava armada, pois pilotava a moto quando foi atingida. A testemunha que estava de carona com a v�tima e desembarcou momentos antes do homic�dio n�o foi indiciada pela suposta tentativa de assalto.