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Estado de Minas URBANISMO

Flamboai�s dominam a paisagem de BH

�rvores em flor colorem a cidade de amarelo-laranja ao vermelho vivo. Cidade abriga quase 4 mil esp�cimes da planta, trazida de Madagascar no s�culo 19


27/10/2022 04:00 - atualizado 27/10/2022 09:30

Flamboiãs na Praça Raul Soares e no Parque Municipal: além da cor das flores, chamam a atenção a amplitude da copa e a altura do tronco da árvore, que pode chegar a 15 metros
Flamboi�s na Pra�a Raul Soares e no Parque Municipal: al�m da cor das flores, chamam a aten��o a amplitude da copa e a altura do tronco da �rvore, que pode chegar a 15 metros (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

No inverno, os ip�s. Na primavera, os flamboai�s. Com o fim da temporada mais fria do ano em Belo Horizonte, novas cores tomam conta da paisagem da capital mineira e munic�pios vizinhos. Em outubro, m�s de florada da Delonix regia, cores que v�o do amarelo-laranja ao vermelho vivo encantam os belo-horizontinos que passam por pra�as, parques e canteiros da cidade.

Ao todo, estima-se que haja quase 4 mil esp�cimes de flamboai�s distribu�dos pelos espa�os p�blicos de BH. Eles est�o em locais como a Pra�a Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efig�nia, na Regi�o Centro-Sul, no Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti, no Centro, e nos canteiros centrais das avenidas Oleg�rio Maciel e Nossa Senhora do Carmo.

A �rvore, que tamb�m se destaca pela amplitude da copa e altura do tronco, chegando a ter entre 10 e 15 metros, � facilmente adapt�vel a diversos tipos de solo e est� na 21ª posi��o no quadro geral das esp�cies mais comuns na vegeta��o da capital mineira. Os flamboai�s come�aram a ser plantados ainda no in�cio da constru��o de Belo Horizonte e se distribuem, de acordo com Invent�rio das �rvores de Belo Horizonte (SIIA-BH), que j� catalogou mais de 300 mil �rvores de v�rias esp�cies, pelas regi�es Centro-Sul (637), Leste (256), Noroeste (359), Oeste (641), Pampulha (702) e Venda Nova (1).

Entretanto, por causa da estrutura de suas ra�zes, explica o diretor de Gest�o Ambiental da Secret�ria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Dany Amaral, os parques e as pra�as s�o os espa�os ideias para flamboai�s. “Suas ra�zes t�m o di�metro grande e costumam ficar expostas, o que dificulta o plantio em alguns logradouros, j� que podem quebrar o passeio ou se tornar obst�culo para a passagem das pessoas. Por isso, para o desenvolvimento pleno da �rvore, �reas de preserva��o com grande espa�o dispon�vel � o ideal”, disse.

RELEV�NCIA

 
Para Hamilton Moreira, professor da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os flamboai�s t�m n�o somente relev�ncia ambiental, mas tamb�m afetiva e elevam a qualidade de vida dos moradores da cidade. “Por ser uma �rvore, ele tem uma import�ncia significativa para o meio ambiente e a condi��o de vida em BH. Al�m disso, a esp�cie tem caracter�sticas interessantes, como a copa larga, permitindo sombreamento, e a sua beleza, que chama muita aten��o e, por estar presente na paisagem, fica na nossa mem�ria afetiva” afirma.

O flamboai� � uma esp�cie da fam�lia Leguminosae, origin�ria da Ilha de Madagascar, na �frica. A primeira semente foi plantada no Brasil em meados do s�culo 19 e o nome da �rvore, de origem francesa, significa flamejante, termo que remete � intensa colora��o vermelha das flores. Estas podem chegar a sete cent�metros, formando grandes cachos, e costumam cair no m�s de mar�o, quando come�a a frutifica��o.

Al�m do vermelho vivo, h� uma variedade nessa esp�cie de nome Delonix flavida que tem flores em tons amarelos. “Assim como outros exemplares, o flamboai� requer um pouco de cuidado na sua utiliza��o no espa�o urbano. Tamb�m � preciso pensar na funcionalidade, afinal, cada local tem uma caracter�stica. Mas, sem d�vida, ele � uma das �rvores que pode ser necess�ria na constru��o do paisagismo e melhoria das condi��es ambientais da cidade. Apesar de n�o ser natural do Brasil, se ambientou muio bem aqui”, disse o professor da UFMG.

Segundo Moreira, pensar nas �rvores como um todo � importante. Especialmente pelo fato de Belo Horizonte ser reconhecida como uma cidade de excel�ncia na arboriza��o. “De fato, essa caracter�stica permanece em boa parte da cidade, mas ainda temos locais que precisam de uma arboriza��o mais adequada. Com isso, pensar na paisagem urbana tamb�m � pensar na diversidade. No caso do flamboai�, temos uma imagem vigorosa, � uma �rvore interessante e muito bonita e, at� mesmo as ra�zes expostas, podem ter sentido no projeto paisag�stico”, analisou.



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