

Ap�s o vel�rio em Belo Horizonte e cortejo at� o Cemit�rio do Carmo, em Santa Luzia, sob escolta policial, os tr�s corpos foram velados durante 40 minutos, com a presen�a de centenas de pessoas, incluindo parentes, amigos, funcion�rios da padaria onde Adriane trabalha e moradores da cidade, que se diziam horrorizados com o b�rbaro crime que comoveu a cidade.
Imposs�vel, at� para quem n�o conhecia a fam�lia, conter as l�grimas com a cena �s 16h, com a chuva parando para o sol forte surgir: os tr�s caix�es brancos retirados do carro funer�rio, com a m�e sem for�as e aos prantos, ao lado de familiares.
Antes do sepultamento, restrito a parentes mais pr�ximos, a pedido da fam�lia, Adriane foi socorrida tal era o desespero pela perda dos tr�s filhos e do companheiro Ronaldo, de 39 anos, tamb�m morto a facadas. O corpo dele foi levando para sua terra natal, Jana�ba, no Norte de Minas, onde foi velado e sepultado.
O crime
As tr�s crian�as (duas de uni�o anterior de Adriane e um de Ronaldo) foram assassinadas a facadas pelo vizinho do andar de cima, na madrugada de domingo (30/10), no bairro Vila Olga. Os corpos foram encontrados pela m�e das crian�as, quando chegou do trabalho, �s 5h30. Ela passou mal e precisou de atendimento m�dico. O suspeito do crime, Gustavo Costa, de 25, foi preso em flagrante, por homic�dio triplamente qualificado, ap�s assumir a autoria do crime.
De acordo com a Pol�cia Civil (PC), o homem disse que matou as crian�as porque o padrasto delas, tamb�m v�tima, teria contribu�do para sua demiss�o. Al�m disso, ele afirmou que estava incomodado com o barulho que os jovens faziam. A PC segue investigando o caso.
“O assassino teve uma frieza muito grande. Imagina como foi para ela (Adriane, a m�e) chegou cansada em casa, depois de trabalhar � noite, e encontrar tr�s filhos mortos”, informou um familiar no cemit�rio. Essa pessoa disse ainda que Adriane tem outro filho, de 4 anos, que estava com a av�.
Em luto
Na entrada da padaria, o cartaz avisa: “Estamos EM luto”. Na parte da manh� desta segunda-feira (31/10), duas funcion�rias da padaria (24 horas) onde Adriane trabalhava – uma no caixa, outra perto da porta – tinham os olhos t�o sem brilho que chegaram a comover os fregueses. J� na parte da tarde, o estabelecimento localizado na Rua Alto do Tanque, no Conjunto Morada do Rio, em Santa Luzia. O motivo de tanta tristeza era o assassinato dos tr�s filhos da colega, que trabalhava no turno da noite.

Adriane e os filhos moravam a cerca de 200 metros da panificadora. S�o tr�s casas no fim de um beco, que traz uma placa com o n�mero 1949. A reportagem do Estado de Minas foi ao local e o sil�ncio � absoluto. “Estamos todos chocados, ningu�m ainda conseguiu dormir direito. Foi muita viol�ncia, nunca vi nada igual. A casa est� fechada, o senhor n�o vai achar ningu�m a�”, disse, ao rep�rter, uma mulher que estava saindo de casa, na manh� de ontem, visivelmente transtornada. Realmente, a moradia estava fechada.
Com movimento intenso, por fazer a liga��o com a rodovia MG-020 e Avenida das Ind�strias, a Rua Alto do Tanque � um corredor de tr�nsito pesado e com muitas lojas. Uma comerciante tamb�m se mostrou apavorada com a “trag�dia”, e disse que nunca viu nada assim no bairro. J� outro comerciante explicou que h� vers�es sobre o motivo do assassinato: “Uns dizem que foi por causa do barulho que as crian�as estavam fazendo, outros que foi algo relacionado a servi�o. O certo � que tudo � muito triste. Eram apenas crian�as”, lamentou o homem.