
O vel�rio do ex-ator Guilherme de P�dua reuniu centenas de fi�is e familiares em um dos sal�es da Igreja Batista da Lagoinha, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (7/11). Por volta de 13h30, o caix�o com o corpo dele saiu do templo em dire��o ao cemit�rio Parque da Colina, zona Oeste da capital, sob aplausos.
Ap�s a celebra��o, M�rcio Valad�o, em entrevista ao Estado de Minas, disse que P�dua "experimentou um momento muito triste quando estava longe do evangelho". "Quando ele praticou o crime horrendo ele era uma lagarta. N�o tinha Deus na vida, n�o tinha convertido ainda. A vida dele era aquela vida", complementou o religioso, comparando a trajet�ria do ex-ator ao de uma lagarta.
"Toda borboleta era uma lagarta, que rasteja, vive dentro do casulo. O que Jesus veio trazer foi uma nova oportunidade para o homem, perdoando os nossos pecados. Quando a pessoa se converte, ela d� uma guinada na vida, passa de lagarta para borboleta", disse. O l�der da Igreja Batista da Lagoinha comentou, ainda, que o ex-ator foi julgado, condenado e cumpriu a pena dele. "Teve um dia que ele (Guilherme) experimentou aquilo que Jesus chama de novo nascimento", completou M�rcio Valad�o.
"Guilherme, depois que ele converteu, aquele estigma que ele tinha, de ter feito aquela situa��o mais horr�vel que fez, ele cumpriu a pena, mas aquele estigma continuava e continuou at� o dia da sua morte".
Guilherme de P�dua na Lagoinha
Agora pastor, Guilherme de P�dua estava � frente de um departamento de assist�ncia a pessoas que foram presas. De acordo com M�rcio Valad�o, o minist�rio tem oito casas que abrigam os ex-presidi�rios, que tamb�m s�o encaminhados para emprego. "Se n�o d� apoio, eles voltam (para o crime)", disse.
Pessoas que eram lideradas pelo ex-ator fizeram homenagens durante o vel�rio e destacaram o acolhimento recebido pela dire��o das casas. Um dos participantes classificou Guilherme como amoroso e engajado na recupera��o de detentos. De acordo com o depoimento, P�dua auxiliava os participantes com moradia, alimenta��o e incentivo para mudan�a de vida. "Ele chegou a pagar um curso do pr�prio bolso para mim", disse um dos fi�is, que afirmou ter deixado o crime para se dedicar � confeitaria.
Familiares de Guilherme, como a esposa dele, Juliana Lacerda, tamb�m falaram sobre o ex-ator. Segundo ela, o casal tinha um casamento "aben�oado por Jesus" e que os projetos do marido nas cadeias "n�o iriam morrer".
Um dos irm�os de P�dua afirmou que, em seu �ltimo encontro com com o ex-ator, ele demonstrou ang�stia sobre "como seria sua morte".De acordo com o familiar, Guilherme temia n�o ter uma morte tranquila. Em seguida, ele foi at� o caix�o e destacou o sorriso do ex-ator. "Voc� venceu", disse.