
A SpiN-Tec foi desenvolvida por meio de uma prote�na recombinante, semelhante � da vacina da hepatite, que utiliza a combina��o de duas prote�nas do Sars-CoV-2. A previs�o, conforme a institui��o, � de que a vacina esteja dispon�vel para aplica��o em toda a popula��o a partir de 2025.
Os interessados devem realizar inscri��o no site do CT-Vacinas – o centro de pesquisas em biotecnologia da universidade. Os selecionados ser�o submetidos a avalia��es cl�nicas e laboratoriais. Antes da testagem em humanos, a vacina nacional foi testada em animais, confirmando a efic�cia e a seguran�a do imunizante, pontua a UFMG.
A primeira fase dos testes reunir� 72 volunt�rios entre 18 e 85 anos. As pessoas que realizarem a inscri��o devem estar em bom estado de sa�de, n�o ter tido COVID-19, ter recebido as duas doses iniciais da CoronaVac e uma de refor�o da Pfizer h� pelo menos nove meses.
Dentro da mesma faixa et�ria, a segunda fase das avalia��es cl�nicas contar� com 360 pessoas. Elas devem ter recebido as duas doses da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca e uma ou duas aplica��es de refor�o da Pfizer ou AstraZeneca. O fato de j� ter contra�do COVID-19 n�o impede a pessoa de se habilitar para a segunda fase dos testes.
Para as duas etapas, os volunt�rios devem residir em Belo Horizonte durante os 12 meses de estudo. J� as mulheres n�o podem estar gr�vidas ou amamentando. Por fim, ainda haver� uma terceira e �ltima etapa dos testes, que reunir� de quatro a cinco mil volunt�rios.
Coordenador dos testes cl�nicos da vacina, o professor Helton Santiago diz que se a pessoa cadastrada for eleg�vel para o estudo, ela receber� o imunizante SpiN-TEC. “O candidato comparece para a vacina��o no dia marcado, faz os procedimentos e fica em observa��o por at� uma hora. Depois, j� est� liberado para ir para casa. Faremos o monitoramento ao longo de 12 meses”, explica.
Nesse sentido, a equipe que executa os testes cl�nicos far� liga��es peri�dicas para os volunt�rios para saber como est�o se sentindo. Al�m disso, as pessoas far�o sete visitas programadas � Unidade de Pesquisa Cl�nica em Vacinas (UPqVac) – onde a dose ser� ministrada – uma semana ap�s a aplica��o e, na sequ�ncia, depois de duas semanas, 28 dias, 90 dias, 180 dias, 270 dias e 360 dias.
“A expectativa, agora, � que a vacina se confirme como segura e imunog�nica, fato observado em outras fases. Esperamos que ela induza resposta imunol�gica nos participantes, assim como induziu nos testes em animais”, explica o docente do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas, destacando a rapidez e efici�ncia no processo de produ��o do imunizante.
“Em m�dia, uma vacina demora de 20 a 30 anos para ser desenvolvida. A pandemia abreviou esse processo. O desenvolvimento da SpiN-TEC tem sido muito r�pido, j� que os estudos come�aram em novembro de 2020”, lembra Helton Santiago. “� um marco para a ci�ncia brasileira”, finaliza.
