
De acordo com a Prefeitura de BH, mesmo com o registro de crescimento dos testes positivos, a administra��o municipal ainda n�o detectou ocorr�ncias das duas novas subvariantes do Coronav�rus, que t�m provocado picos de transmiss�o em pa�ses da Europa, no Jap�o e nos Estados Unidos.
“A Prefeitura de Belo Horizonte monitora sistematicamente os indicadores relacionados � pandemia por COVID-19, com vistas � implementa��o mais oportuna das medidas cientificamente indicadas e adequadas � realidade local e ao cen�rio epidemiol�gico”, afirmou o executivo.
Na semana passada, o infectologista e ex-integrante do Comit� de Enfrentamento � COVID na cidade Carlos Starling afirmou ao Estado de Minas que, nos pr�ximos dias, o n�mero de casos e interna��es em decorr�ncia da infec��o deve aumentar. Isso se deve � “nova vers�o” do v�rus que tem “desafiado” as vacinas j� aplicadas em todo o mundo.
“A perspectiva para as pr�ximas semanas e meses n�o � muito boa. E o que � mais importante, que s�o as medidas de preven��o � contamina��o, foram relaxadas ao mesmo tempo. Muitas pessoas esqueceram que n�s ainda estamos no meio de uma pandemia”, afirma Starling.
Nova variante
No dia 19 de outubro, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) determinou que a COVID-19 continua sendo uma emerg�ncia global, o que pode ajudar no desenvolvimento de pesquisas sobre o tema. Mesmo que, na �poca, o n�mero de casos estivesse caindo, a decis�o do �rg�o foi tomada por continuar sendo um evento de sa�de p�blica que ainda afeta a popula��o mundial.
Dois dias depois, o Centro Europeu de Preven��o e Controle de Doen�as (ECDC) chamou aten��o para a possibilidade do surgimento de uma nova linhagem da variante �micron. A BQ.1 e sua subvariante BQ.1.1 poder�o dominar os casos de contamina��es no continente at� dezembro deste ano.
Segundo o �rg�o, al�m de ser uma muta��o de uma variante do SARS-COV-2, v�rus transmissor da doen�a, estudos preliminares d�o conta que a BQ. tem capacidade de fugir da resposta imune do corpo, mesmo com as vacinas.
“Melhorar a aceita��o da vacina da COVID-19 no curso prim�rio e na primeira dose de refor�o em popula��es que ainda n�o as receberam continua sendo uma prioridade. Espera-se que sejam necess�rias doses de refor�o adicionais para os grupos com maior risco de doen�a grave, como adultos com mais de 60 anos, indiv�duos imunocomprometidos, aqueles com condi��es m�dicas subjacentes e mulheres gr�vidas”, afirmou o ECDC.
“Melhorar a aceita��o da vacina da COVID-19 no curso prim�rio e na primeira dose de refor�o em popula��es que ainda n�o as receberam continua sendo uma prioridade. Espera-se que sejam necess�rias doses de refor�o adicionais para os grupos com maior risco de doen�a grave, como adultos com mais de 60 anos, indiv�duos imunocomprometidos, aqueles com condi��es m�dicas subjacentes e mulheres gr�vidas”, afirmou o ECDC.
Vacina��o
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Sa�de reiterou a import�ncia da vacina��o contra a COVID. Conforme a pasta, at� o momento, apenas 37,2% da popula��o com mais de 40 anos tomou a quarta dose do imunizante. O cen�rio fica mais complicado quando analisado a aplica��o nas crian�as de 3 a 4 anos de idade, em que apenas 23,4% receberam a primeira dose da vacina.
At� ontem, 96% da popula��o de Belo Horizonte (2.354.213 pessoas) j� haviam tomado a primeira dose da vacina. Desse total, 2.167.626 completaram o esquema vacinal com a segunda dose, e 1.826.725, com a dose de refor�o. J� 479.723 foram aos postos de sa�de para tomar a quarta dose do imunizante.
Apesar dos n�meros, Carlos Starling explica que a chegada da nova sub variante da �micron pode colocar a popula��o em risco. Isso porque, conforme o especialista, as vacinas distribu�das pelo Minist�rio da Sa�de n�o est�o atualizadas para a muta��o, mesmo o imunizante j� estando dispon�vel para compra em todo o mundo.
“Mais uma vez o Minist�rio da Sa�de deste governo est� sendo negligente. N�s estamos com a compra das vacinas j� ajustadas para a �micron atrasada”, diz.
Starling afirma que, com a chegada da BQ.1, idosos, pessoas com comorbidade e aquelas que ainda n�o tomaram o primeiro refor�o estar�o mais vulner�veis. “Hoje, morrer de COVID j� n�o � aceit�vel, porque n�s j� temos formas de abordagem contra a doen�a. Seja na preven��o, tratamento inicial ou tratamento das formas mais graves”, concluiu.
Quanto � amplia��o da cobertura vacinal da quarta dose em Minas Gerais e em BH, o Governo de Estado afirmou que segue as recomenda��es do Minist�rio da Sa�de, mas que n�o h� previs�o para expans�o do grupo a que as doses s�o destinadas. A PBH tamb�m afirmou que aguarda determina��o do Governo Federal e o envio de novas remessas de vacinas.