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Estado de Minas SA�DE

Frio e subvariante acendem novo alerta para a COVID-19

Baixas temperaturas, aglomera��es e abandono das m�scaras propiciam a propaga��o de subvariante do coronav�rus, adverte infectologista


04/11/2022 04:00 - atualizado 04/11/2022 17:56

Carlos Starling, infectologista
"O que � mais importante, as medidas de preven��o � contamina��o foram relaxadas ao mesmo tempo. Muitas pessoas esqueceram que n�s ainda estamos no meio de uma pandemia", Carlos Starling, infectologista (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 13/6/22 )

 

A onda de frio que chegou a Belo Horizonte e outras cidades mineiras acende um alerta sobre o aumento da transmiss�o de doen�as respirat�rias, em especial a COVID-19. Com janelas fechadas, moradores sem m�scara e aglomera��es, o v�rus, que at� ter�a-feira (1º/11) j� matou 8.244 pessoas na capital, encontra um ambiente prop�cio para contamina��o. Segundo o Boletim Epidemiol�gico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte, na �ltima frente fria, que atingiu a cidade em maio, o n�mero de novos casos confirmados passou de 216 por dia, para 388. Mesmo assim, o clima � o �ltimo dos nossos problemas. O surgimento de uma nova subvariante do coronav�rus pode levar a novos picos da doen�a.

 

De acordo com o infectologista Carlos Starling, que integrou o Comit� de Enfrentamento � COVID-19 em BH, j� nas pr�ximas semanas o n�mero de casos e interna��es em decorr�ncia da infec��o deve aumentar, muito por conta da “nova vers�o” do v�rus que tem “desafiado” as vacinas j� aplicadas em todo o mundo. Al�m disso, aglomera��es como Copa do Mundo, manifesta��es e festas de fim de ano, aliadas ao relaxamento de todas as medidas de prote��o, v�o ajudar na dissemina��o do coronav�rus.

 

“A perspectiva para as pr�ximas semanas e meses n�o � muito boa. E o que � mais importante, as medidas de preven��o � contamina��o foram relaxadas ao mesmo tempo. Muitas pessoas esqueceram que n�s ainda estamos no meio de uma pandemia”, afirma Starling.

 

Em S�o Paulo, por exemplo, do dia 17 de outubro at� segunda-feira (31/10), as novas interna��es em Unidades de Terapia Intensiva por COVID aumentaram 68,5%. Ainda n�o h� a certeza de que o crescimento dos dados tem rela��o com a circula��o da nova subvariante, mas os n�meros s�o preocupantes.

 

Procurada, a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) informou que registrou picos pontuais da doen�a “em diferentes macrorregi�es do estado”, com destaque para as regi�es Norte, Oeste e Sudeste. Por�m, apesar do aumento, a varia��o geral dos n�meros totais ainda � baixa. “Com rela��o �s interna��es, os dados n�o indicam um aumento relativo � recente subida de casos, assim como ocorre com o indicador de positividade”, disse a pasta.

 

J� a Prefeitura de Belo Horizonte, informou que conta com um Plano de Conting�ncias para Enfrentamento da Influenza e outras doen�as respirat�rias e que, at� o momento, nenhum dos indicadores tem apontado aumento na transmiss�o do v�rus.

 

 

OMS Em 19 de outubro, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) declarou que a COVID-19 continua sendo uma emerg�ncia global, o que pode ajudar o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema. Mesmo que, naquele momento, o n�mero de casos estivesse caindo, a decis�o do �rg�o foi tomada levando em considera��o que a doen�a continua sendo um evento de sa�de p�blica que ainda afeta a popula��o mundial.

 

Dois dias depois, o Centro Europeu de Preven��o e Controle de Doen�as (ECDC) chamou aten��o para a possibilidade do surgimento de uma nova linhagem da variante �micron. A BQ.1 e sua subvariante BQ.1.1 poder�o dominar os casos de contamina��es no continente at� dezembro deste ano.

 

Segundo o �rg�o, al�m de ser uma muta��o de uma variante do SARS-COV-2, v�rus transmissor da doen�a, estudos preliminares d�o conta de que a BQ. tem capacidade de fugir da resposta imune do corpo, mesmo com as vacinas. “Melhorar a aceita��o da vacina da COVID-19 no curso prim�rio e na primeira dose de refor�o em popula��es que ainda n�o as receberam continua sendo uma prioridade. Espera-se que sejam necess�rias doses de refor�o adicionais para os grupos com maior risco de doen�a grave, como adultos com mais de 60 anos, indiv�duos imunocomprometidos, aqueles com condi��es m�dicas subjacentes e mulheres gr�vidas”, afirmou o ECDC.

 

Imuniza��o 

 

At� ter�a-feira, 96% da popula��o de Belo Horizonte (2.353.679 pessoas) j� havia tomado a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Desse total, 2.166.807 completaram o esquema vacinal com a segunda dose, e 1.824.668 a dose de refor�o. J� 477.077 foram aos postos de sa�de para tomar a quarta dose do imunizante.

 

Apesar dos n�meros, o infectologista Carlos Starling explica que a chegada da nova subvariante da �micron pode colocar a popula��o em risco. Isso porque, conforme o especialista, as vacinas distribu�das pelo Minist�rio da Sa�de n�o est�o atualizadas para a muta��o, mesmo o imunizante j� estando dispon�vel para compra em todo o mundo. “Mais uma vez, o Minist�rio da Sa�de deste governo est� sendo negligente. N�s estamos com a compra das vacinas j� ajustadas para a �micron atrasada”, diz.

 

Starling afirma que com a chegada da BQ.1, idosos, pessoas com comorbidade e aqueles que ainda n�o tomaram o primeiro refor�o estar�o mais vulner�veis. “Hoje, morrer de COVID j� n�o � aceit�vel, porque n�s j� temos formas de abordagem contra a doen�a. Seja na preven��o, tratamento inicial, ou tratamento das formas mais graves”, concluiu.

 

 

Movimento fraco na vacina��o contra meningite

 

A vacina��o contra a meningite C para o p�blico de 16 a 30 anos come�ou ontem e o movimento nos postos de sa�de de Belo Horizonte foi baixo. A reportagem do Estado de Minas percorreu postos de sa�de na capital – entre eles o Marco Ant�nio Menezes, no Bairro Sagrada Fam�lia (foto) – e encontrou baixo movimento e moradores ainda desinformados sobre a abertura da vacina��o. O imunizante est� dispon�vel em 152 postos de sa�de de BH. A vacina��o, tradicionalmente oferecida na rede p�blica para crian�as menores de 5 anos, foi ampliada para pelo governo do estado na quarta-feira da semana passada, com o objetivo de aumentar a prote��o contra a doen�a. O calend�rio de imuniza��o em BH vai at� fevereiro de 2023, e outros grupos ser�o convocados, de forma gradativa, e sem limite de idade. Para se vacinar, � necess�ria a apresenta��o de um documento de identifica��o com foto. 


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