
Durante o mesmo per�odo, os estados que apresentaram alta expressiva foram o Mato Grosso (percentual passou de 3% para 18%), S�o Paulo (10% para 19%) e Rio de Janeiro (15% para 26%). De acordo com o pesquisador cient�fico do ITpS Anderson Brito, a hip�tese est� relacionada ao comportamento padr�o observado neste ano.
“A positividade de testes n�o muda de forma s�ncrona, n�o existe uma sincronia. Geralmente, come�a em alguns estados brasileiros e que, na maioria das vezes, est�o localizados na regi�o Sudeste, que � onde novas variantes entram no pa�s em fun��o dos voos internacionais e da densidade populacional. Por isso, vemos que, em quest�o de poucas semanas, essa mudan�a no cen�rio epidemiol�gico para essa doen�a se reflete de maneira muito r�pida em outros estados, sobretudo os vizinhos”, disse.
Apesar disso, o pesquisador afirma que, ao contr�rio das demais ondas de COVID-19, o n�mero de mortes e interna��es n�o sofrer� um aumento significativo. “Embora tenhamos enfrentado sucessivas ondas da doen�a, felizmente, o n�mero de hospitaliza��es e mortes t�m ca�do. Isso � reflexo direto do impacto positivo da vacina��o. As pessoas est�o com um n�vel de prote��o que evita que elas desenvolvam casos graves de coronav�rus”.
Por isso, para ele, a forma de evitar o crescimento no n�mero de casos e na positividade de testes � atualizar o cart�o de vacina. “Se as novas variantes que circulam na Europa e na �sia adentram o territ�rio brasileiro, e elas encontram um terreno ‘f�rtil’, a parcela da popula��o que estiver com esquema vacinal desatualizado ou que n�o se vacinaram, sofrer�o um impacto maior. Em especial os mais vulner�veis, os idosos e imunossuprimidos”, afirmou.
Outra maneira � o uso de m�scaras em locais com uma grande circula��o de pessoas. “Nas grandes cidades, onde o transporte p�blico � muito lotado, o cen�rio atual pede uma certa cautela. Com isso, estimular o uso de m�scaras, novamente, nesse contexto (muitas pessoas fechadas em um local de pouca circula��o), � necess�rio n�o s� para proteger a si, mas tamb�m sua fam�lia, sobretudo se h� alguma pessoal vulner�vel em casa”, completou Brito.
Pico da doen�a � avaliado pela positividade de testes
O ITpS consegue analisar o crescimento de casos, por meio de testes, como o RT-PCR Thermo Fisher, usados pelos laborat�rios parceiros. Al�m disso, a entidade avalia que a procura pelo exame tamb�m � um fator relevante.
“A demanda de testes tamb�m � um sinal de uma nova onda que est� come�ando. Muitas vezes, uma pessoa que est� doente em casa procura o laborat�rio para fazer o teste, quando outros membros da fam�lia passam a ter sintomas. Depois, avaliamos a propor��o de exames realizados que deram positivo. Em quest�o de tr�s semanas, as taxas de positividade baixas de 3% e 5% passaram para faixas de mais de 20%", explicou o pesquisador.
Ainda segundo o ITpS, os testes apontaram que as variantes �micron, BA.4 e BA.5 em 93,5% das amostras positivas na �ltima semana — no in�cio de outubro o percentual era de 97,9%. Casos poss�veis de outras variantes, incluindo a �micron BA.2, representam 6,5%.
“Tamb�m notamos um aumento da procura de testes e na positividade deles, durante os meses de junho e julho, causadas pelas variantes �micron BA.4 e BA.5, que conseguiram mudar o cen�rio epidemiol�gico. Mas, nada comparado ao que a �micron e Gama, no �nicio do ano passado, fez”, afirmou Brito.
De acordo com ele, com o frio e eventos, como a Copa do Mundo e festas de fim ano, as pessoas devem ficar atentas aos sintomas e evitar lugares de aglomera��o. Isso porque, n�o s� o coronav�rus, mas outras doen�as respirat�rias, s�o muitos dependentes do comportamento da sociedade.
“Em momentos de frio ou situa��es que acabam reunindo muitas pessoas em ambientes fechados, s�o prop�cios para a propaga��o do v�rus. Por isso, com os casos aumentando, � recomendado que pessoas com tosse, febre e dor de garganta e no corpo, al�m de evitar o contato com pessoas vulner�veis, fa�am o teste. Apesar de os impactos da doen�a serem menores devido � vacina��o, o v�rus ainda n�o desapareceu e novas variantes podem surgir”, comentou.