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Estado de Minas COVID-19

COVID-19: Em um ano, vacina para crian�a tem baixa ades�o em Minas

Cobertura vacinal na faixa de 5 a 11 anos � de 57,91% e imuniza��o para eles ainda est� suspensa. Minist�rio da Sa�de diz que problema � nacional


20/01/2023 04:00 - atualizado 20/01/2023 06:11

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P�mela Pires levou a filha Lu�za Pires Alves, de 5 anos, para tomar a primeira dose em agosto, e aguarda a segunda dose, que est� em falta (foto: Jair Amaral/EM/D.A Pres - 17/11/22)

Em 14 de janeiro, completou -se um ano que Minas Gerais come�ou a vacinar crian�as de 5 a 11 anos contra COVID-19. Por�m, de acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), o �ndice de crian�as nessa faixa et�ria que completaram o esquema vacinal no estado � de 57,91%. No momento, a imuniza��o desse p�blico-alvo est� suspensa por falta de doses.
 
O Minist�rio da Sa�de anunciou, na segunda-feira, a distribui��o de mais de 740 mil doses de Coronavac para todos os estados, com o objetivo de retomar a vacina��o infantil contra a doen�a. J� na quarta-feira, 70 mil doses come�aram a ser distribu�das pela SES-MG aos munic�pios mineiros para o rein�cio da campanha, mas voltadas para imuniza��o de crian�as de 3 e 4 anos, que j� come�aram o esquema vacinal. 
 
O Minist�rio da Sa�de informa que o problema da falta de imunizantes para crian�as � nacional e um dos principais desafios do governo Lula, que tomou posse em 1º de janeiro. Procurada pela reportagem do Estado de Minas, a pasta afirmou que “assinou um acordo com a farmac�utica Pfizer para a compra de mais 50 milh�es de doses da vacina COVID-19”. “Com a aquisi��o, que complementa o contrato vigente, o n�mero total de doses chegar� a 150 milh�es”, acrescentou o minist�rio.  Ainda segundo a pasta, para o p�blico de 5 a 11 anos de idade est�o previstas duas entregas: a primeira, com 11 milh�es de doses, at� o primeiro trimestre; e a segunda, com 6,57 milh�es, no segundo trimestre. 

Espera

A filha da dona de casa P�mela Pires, de 29 anos, � uma das crian�as dessa faixa et�ria que aguardam para completar o ciclo vacinal. Em novembro, m�e e filha foram at� o Centro de Sa�de Marco Ant�nio de Menezes, no Bairro Sagrada Fam�lia, Regi�o Leste, atr�s da segunda dose e j� n�o havia imunizantes. A dona de casa espera que a filha Lu�za, de 5, consiga receber a segunda dose do imunizante. Por�m, tem encontrado dificuldades para levar a menina ao centro de sa�de, pois mora no Bairro Taquaril. 
 
“De �nibus leva uns 30 minutos. N�o � t�o longe, mas tamb�m n�o � t�o perto. Na �poca da primeira dose, eu estava bem preocupada. Por isso, eu corri para lev�-la. Como ela j� estava com a primeira dose, eu fiquei mais tranquila, mas precisa tomar e j� passou o prazo.” 
 
P�mela conta que a primeira dose foi dada em um posto pr�ximo da casa delas. “Na data do retorno, aqui perto j� n�o tinha mais. A primeira dose foi dada em agosto e em setembro ela deveria tomar a segunda. A� eles me encaminharam para o posto do Sagrada Fam�lia”, explicou. 
 
A dona de casa diz acreditar na vacina e s� n�o completou o ciclo da filha pela falta de doses e comenta sobre os pais que deixam de imunizar os filhos. “Eles est�o cometendo uma imprud�ncia. Todas as vacinas que existem at� agora s�o aplicadas, por que essa, que o risco (da doen�a) � maior, eles n�o querem deixar aplicar?”, questiona. “N�o faz sentido; se t�m medo das vacinas n�o deveriam deixar aplicar nenhuma.”

Desinforma��o

A infectologista da Santa Casa Cl�udia Murta destaca que muitos pais ainda acreditam que as vacinas contra a COVID s�o experimentais. “� preciso entender que todas as vacinas dispon�veis, tanto para crian�as quanto para adultos, n�o s�o experimentais. S�o imunizantes j� extensamente estudados, que cumpriram todas as fases de pesquisa e conseguiram mostrar, em todas elas, que s�o seguras e eficazes.”
 
Ela lembra que o grande benef�cio das vacinas � evitar os quadros graves de COVID. “As vacinas n�o conseguem evitar a transmiss�o do v�rus. Mas conseguem evitar, na imensa maioria das vezes, que a pessoa, seja ela adulta ou crian�a, desenvolva as formas graves da doen�a.”
 
Segundo a m�dica, na grande maioria das vezes os quadros de COVID em crian�as s�o leves. Por�m, pode sim evoluir para quadros graves. “Infelizmente, ainda temos visto crian�as internadas com quadros graves de insufici�ncia respirat�ria por causa da COVID. Hoje em dia, ela � a doen�a imunopreven�vel, ou seja, para qual existe vacina. E � a doen�a que mais causa interna��o de crian�as no Brasil.”
 
O m�dico pediatra e infectologista Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), tamb�m afirma que a ades�o � vacina��o contra a COVID para o p�blico infantil tem enfrentado v�rios obst�culos. “Um aspecto importante � que as vacinas chegaram em um momento de mais calmaria da pandemia. N�o foi naquele come�o com muitas mortes, a onda da doen�a estava muito mais controlada em fun��o da vacina��o dos adultos.”
 
Ele refor�a a percep��o equivocada de que o risco de casos graves da doen�a � menor nas crian�as do que nos adultos. “Uma compara��o mais justa seria comparar a COVID-19 com as demais doen�as pedi�tricas. Nos �ltimos dois anos, tivemos muito mais mortes por COVID em crian�as e adolescentes do que todas as doen�as do calend�rio infantil preven�veis por vacina. Somando as mortes por sarampo, coqueluche, meningite, gripe, diarreia, febre amarela, rub�ola e caxumba n�o faz o n�mero de v�timas que sozinha a COVID faz”, alerta.

Perguntada a respeito da baixa cobertura vacinal de crian�as de 5 a 11 anos, a SES destacou que ela decorre de tr�s fatores: fake news (not�cias falsas); alguns pais ou respons�veis desconsideram a gravidade da COVID-19 em crian�as e a import�ncia da vacina��o para a preven��o; e desconhecimento sobre a seguran�a da vacina. Em nota, o �rg�o disse ainda que “realiza diversas a��es para combater estes fatores, como campanhas de conscientiza��o junto � popula��o, a��es de mobiliza��o social, orienta��es t�cnicas e capacita��es dos profissionais das salas de vacina. (Colaborou Maicon Costa)


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