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Estado de Minas REVIRAVOLTA

Dado como desaparecido ao 'sumir' em cachoeira, homem reaparece no trabalho

Considerado como 'desaparecido' ao ser levado pela correnteza, em cachoeira, no domingo (12/2), Antonio Joel do Nascimento apareceu para trabalhar nesta segunda


13/02/2023 22:30 - atualizado 13/02/2023 22:53

Antonio Joel do Nascimento ao lado de três oficias do Corpo de Bombeiros
Antonio Joel do Nascimento reapareceu depois de sumir entre as pedras de cachoeira (foto: CBMG/Divulga��o)
Ele s� se salvou por milagre de Deus, ap�s ter feito uma promessa  no momento de desespero. Antes, apreciava bebidas alco�licas. Depois que “renasceu”, em “pagamento” � gra�a recebida,  virou uma “outra pessoa”  e “n�o vai beber nunca mais”.


Assim se define o serralheiro Ant�nio Joel do Nascimento, de 29 anos, morador de Ipatinga, no Vale do A�o,  que foi  protagonista de uma  incr�vel e surpreendente  hist�ria de supera��o. Na tarde de domingo (12/2), em companhia de dois amigos,  Antonio Joel saiu para passear numa cachoeira.  Escorregou, caiu e foi puxado pela correnteza entre as pedras e n�o foi mais visto. O  Corpo de Bombeiros foi acionado, mas sem conseguir encontrar o serralheiro, encerrou as buscas no local na noite de domingo.


Antonio Joel foi dado como desaparecido. Mas, na manh� desta segunda-feira (13/2), quando os bombeiros se prepararam para retomar as buscas na Cachoeira da Pedra Lascada, a seis quil�metros da �rea urbana de Ipatinga, numa regi�o denominada “Parque das Cachoeiras”, os bombeiros tomaram conhecimento de que o “desaparecido” estava trabalhando em uma obra da constru��o de  um pr�dio na cidade.


“Na verdade, os bombeiros j� iriam sair para procurar o meu corpo entre as pedras na  cachoeira”, afirma Antonio Joel. Natural do munic�pio cearense de Quixeramobim (185 quil�metros de Fortaleza), ele se mudou junto com a fam�lia para S�o Paulo. H� sete meses, est� trabalhando em Ipatinga.

 

LEIA: V�deo: homem reage a abordagem e agride policial em Ipatinga


Ouvido pelo ESTADO DE MINAS na noite desta segunda-feira, o serralheiro contou  que, escorregou e caiu na cachoeira �s 16 horas. Foi arrastado pela correnteza e ficou preso em v�o junto � rocha,  com maior parte do corpo submersa, onde era poss�vel respirar, permanecendo ali por  cerca de sete horas.


Joel disse que, ao ser arrastado pela correnteza,  seu corpo passou por um espa�o de 60 cent�metros, at� “parar” em um po�o, onde ficou “escondido” junto � rocha, n�o sendo mais visto pelo seus amigos, que acionaram o Corpo de Bombeiros.


Ele relata que tentou manter a  cabe�a fora d'�gua, movido pelo instinto da sobreviv�ncia. Mas, � medida em que o tempo passava, o n�vel da �gua aumentava. “No momento da queda, a �gua chegou � altura da minha cintura. Quando estava anoitecendo, a �gua estava chegando na altura do meu pesco�o. Ai, o desespero aumentou. O �nico jeito foi me apegar a Deus”, descreve.


Al�m do local de ser dif�cil acesso, a escurid�o foi outro obst�culo �s  buscas. O serralheiro relata que percebeu a chegada dos bombeiros na �rea e gritava por socorro.  Mas, n�o era ouvido por conta do barulho da pr�pria  cachoeira.
O serralheiro salienta que,   ao  escurecer, entre as 18 e 19 horas, notou quando as equipes suspenderam as buscas, visando retomar o trabalho no dia seguinte. “Deram como afogamento, como se eu tivesse morrido. At� meus familiares j� tinham  sido avisados de que eu tinha morrido. Ai, iriam procurar o corpo hoje (segunda-feira)”, relata.

 

Promessa e “milagre”

Antonio Joel confessa que no meio da escurid�o, preso �s pedras, com maior parte do corpo submersa  com o n�vel da �gua subindo, sentia frios e c�ibras, “realmente” pensou que iria morrer e pediu as b�n��os do c�u.


“A �nica  coisa que tinha a minha cabe�a era meu filho de dois meses de vida (Artur). Eu pensei: o  meu filho vai crescer sem mim”, disse o trabalhador. Al�m de Artur (do atual casamento) ele � pai de outros dois filhos – Jennifer, de 7; e d e Josu�, de 6, de outro relacionamento.


Foi neste  momento desesperador que,, considera, conseguiu escapar “por um milagre”, ap�s ter feito uma  promessa.  O milagre, no caso, relata, foi que uma  grande rocha no meio da cachoeira, rachou ao meio, fazendo baixar o n�vel da �gua no local onde estava “preso” e permitindo a sua sa�da do lugar.

 

“Naquele momento, pra mim, eu n�o mais iria sobreviver.  A�, comecei a pedir a Deus para  me proteger, para me dar o livramento .A�,  fiz um a promessa para  Deus. Quando (ap�s) passaram uns 10 minutos, “do nada”  a pedra quebrou (rachou) “, disse o sobrevivente. “O que mais me deixou admirado foi isso: a pedra rachou de ponta a ponta”, completou.
Ele afirmou que, na sequ�ncia, “escalou” as pedras por cerca de tr�s metros,  conseguindo se salvar  no meio da escurid�o.

 

“Nunca vai mais vou  beber”

Na  conversa com o ESTADO DE MINAS, o serralheiro que foi dado como desaparecido e sobreviveu, contou qual foi a promessa que fez no momento do  desespero. “Na hora que eu  mal conseguia respirar, me apeguein a Deus e  comecei a orar e pedir a Deus para me proteger. (Prometi) que eu seu sa�sse dali livre nunca iria beber”, confidencia.


Antonio Joel informou que sempre gostou de bebidas alco�licas. Mas, que agora �  “outra pessoa” e cumprindo a  promessa, n�o vai beber mais. “Acabou a �poca da bebida. Nem uma cervejinha mais. S� refrigerante mesmo”, assegura.


O serralheiro relatou outra drama: como suas  roupas foram levadas pela correnteza, ao conseguir sair da cachoeira, no meio escurid�o, caminhou a p� por mais de uma hora em uma estrada de terra, cobrindo os �rg�os genitais com uma sacola pl�stica. Ao chegar a uma estrada asfaltada, como estava praticamente nu, foi abordado por uma equipe da Pol�cia Militar, que o levou at� a sua casa, na �rea urbana de Ipatinga.


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