
A Pol�cia Civil considera esclarecido o assassinato de Monique Ferreira Costa, de 21 anos, cujo corpo foi encontrado em 17 de fevereiro, �s margens da BR-040, na altura do Viaduto Vila Rica, em Itabirito, na Regi�o Central de Minas.
O principal suspeito, o engenheiro Luiz Gustavo Lopes Silva, de 27, foi preso em flagrante no �ltimo s�bado (25/2), pelo crime de fraude processual. Ele foi flagrado no apartamento da namorada, quando tentava tirar os m�veis e pertences da v�tima, que foi encontrada envolta em pl�stico bolha e um cobertor.
Segundo os investigadores do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), o homem tinha ido at� o apartamento da namorada para retirar objetos possivelmente relacionados ao crime.
Ele estava acompanhado de um amigo, um chaveiro e um motorista de caminh�o, contratado para fazer o transporte dos objetos. especialmente a cama e o colch�o da v�tima. O colch�o tinha uma parte rasgada.
A den�ncia de que o suspeito estaria no im�vel foi feita por vizinhos de Monique, que chamaram a pol�cia ao ver o caminh�o na porta do pr�dio e o movimento no apartamento.

Segundo a delegada Let�cia Gamboge, chefe do DHPP, a pris�o foi poss�vel gra�as a uma r�pida a��o dos policiais da Divis�o de Refer�ncia da Pessoa Desaparecida (DRPD), que impediram que o suspeito fugisse de Belo Horizonte.
“No seu ve�culo foram encontradas duas malas com roupas e ele pr�prio declarou que pretendia ir para S�o Paulo”, conta a delegada.
As investiga��es apontaram que a v�tima foi morta por estrangulamento, na noite de 13 de fevereiro, dentro do apartamento em que morava, no bairro Jardim Industrial, em Contagem, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
Suspeito chegou a ir � delegacia com a m�e da namorada
A tamb�m delegada Bianca Landau, chefe do DRPD, conta que as apura��es iniciaram ap�s a m�e da jovem registrar o desaparecimento da filha na Divis�o que coordena, em 15 de fevereiro.
Em seu relato, a m�e se mostrou convicta de que algo teria acontecido � filha, apontando ainda o namorado da jovem como principal suspeito pelo desaparecimento. Nesse dia, o investigado acompanhou a m�e da v�tima at� a delegacia e afirmou n�o saber o que teria acontecido � namorada.
Testemunhas contaram que a jovem foi vista pela �ltima vez na feira do Palmital, em Santa Luzia, onde trabalhava com a m�e. Por meio da an�lise de imagens de circuitos de seguran�a, os policiais constataram que a v�tima, ap�s o trabalho, teria ido para casa, em Contagem.
“A �ltima informa��o que n�s tivemos da v�tima foi uma mensagem de WhatsApp. Ela tinha combinado de ir a uma festa com uma amiga e, por volta das 22h, ela encaminhou mensagem desmarcando, falando que teria acontecido um problema e que ela estava indo para a delegacia”, conta a delegada Bianca.
Engenheiro teria sido o �ltimo a se encontrar com a jovem
O delegado Alexandre Oliveira, que coordena as investiga��es, conta que no dia em que a m�e da v�tima e o suspeito foram at� a delegacia para registrar o desaparecimento da jovem, o engenheiro contou aos policiais que devia a um agiota e estava sendo amea�ado, motivo pelo qual a namorada poderia ter sido sequestrada.
“No entanto, ele tinha algumas marcas no antebra�o e no bra�o, e tamb�m estava muito nervoso”, afirma o delegado.
As investiga��es apontaram que a �ltima pessoa a estar com a v�tima tinha sido o engenheiro. Imagens de c�meras de seguran�a mostram que ele deixou o apartamento da jovem por volta das 3h da madrugada, contradizendo a vers�o dada por ele mesmo, uma vez que alegou aos policiais que tinha deixado o pr�dio por volta de 23h do dia anterior.
As investiga��es apontaram ainda, que antes de ser estrangulada, a jovem possivelmente foi agredida, deixando vest�gios de sangue no colch�o. Por esse motivo, o investigado teria voltado ao apartamento, na tentativa de retirar a cama do local.
O colch�o foi encontrado com parte da espuma retirada, por�m, peritos da Pol�cia Civil encontraram vest�gios de sangue nas bordas dos estragos.
Uma das linhas de investiga��o s�o no sentido de que a motiva��o para o crime seriam atritos do casal em virtude de d�vidas do suspeito com um agiota. “Ela pagou algumas d�vidas anteriores, mas o engenheiro queria mais dinheiro para continuar pagando o agiota, e a v�tima teria se cansado da situa��o”, diz o delegado.