
A rua que interliga as ruas Ant�nio Peregrino Nascimento e Pastor Achilles Barbosa agora recebe o nome da ativista ap�s o projeto ser protocolado por Salabert em 3 de novembro do ano passado. Ao Estado de Minas, a deputada, al�m de celebrar a aprova��o da proposta, avalia que "a melhor forma de combater o preconceito � por meio de medidas educativas e pedag�gicas".
"O objetivo desse projeto � valorizar ativistas que foram importantes para a pauta LGBTQIAPN+, sobretudo pessoas travestis e transexuais, cujas hist�rias foram historicamente apagadas por um modelo de sociedade que nunca contemplou a diversidade. Nosso projeto objetiva valorizar essas figuras, colocando o nome delas em espa�os p�blicos", disse.
O ativismo de Anyky Lima
Anyky Lima morreu em 14 de abril de 2021, aos 65 anos, em decorr�ncia de um c�ncer. Ela nasceu no Rio de Janeiro e foi expulsa de casa aos 12 anos. Em busca de melhores condi��es de vida, a ativista se mudou para a capital mineira, onde viveu por 34 anos e atuou como presidente do Centro de Luta pela Livre Orienta��o Sexual em Minas Gerais (Cellos-MG), al�m de exercer a representa��o estadual da Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
Em 1995, ela tamb�m ajudou a fundar a Associa��o de Transexuais e Travestis de Belo Horizonte (ASSTRAV) – organiza��o pioneira na luta pelos direitos das pessoas trans na capital mineira e no pa�s.
Anyky Lima recebeu ainda uma homenagem no livro "Travestilidades em di�logo na pista acad�mica". Lan�ada em junho de 2022, a obra � resultado de uma pesquisa coordenada pelo N�cleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e trata de temas relacionados � sociabilidade travesti e transexual na contemporaneidade.
"A sua exist�ncia j� era, por si s�, uma resist�ncia ativista que deixaria mais adiante esse caminho aberto para muitas outras. Com isso, tornou-se um referencial para a cidade de Belo Horizonte, para o estado de Minas Gerais, para o Brasil e o mundo. Ela atravessou fronteiras. Portanto, essa homenagem premia a grande hist�ria e o imenso legado dessa senhora travesti que sabia como ningu�m o lugar de onde veio e o que queria deixar para as pessoas que viessem depois dela. Era professora por opini�o. Sem precisar ostentar um diploma, formou muita gente por esse Brasil afora", retrata no pref�cio do livro Keila Simpson Sousa, presidente da Antra.