
Organizado pelo Centro Acad�mico Livre de Medicina M�rcio Galv�o (CALMED-MG), a concentra��o aconteceu no Instituto de Ci�ncias Exatas e Biol�gicas �s 12h. A multid�o que entoava “Ei, UFOP, n�o se cala n�o, queremos a exonera��o” seguiu acompanhada de baterias at� o restaurante universit�rio.
Segundo o CALMED-MG, os ass�dios cometidos pelo professor v�m sendo denunciados informalmente desde 2008. Entretanto, ele n�o sofreu nenhum tipo de puni��o. A primeira v�tima a denunciar por meios legais prestou queixa no m�s passado.
“A postura da universidade � muito controversa. Um m�s atr�s, quando denunciaram formalmente o ass�dio, a universidade prestou apoio, mas apenas por meio da Ouvidoria Feminina, que acolhe esses casos. � dif�cil falar que a universidade, como um todo, tenha dado a aten��o devida para essa situa��o. Essas den�ncias s�o feitas contra esse mesmo professor h� 15 anos. Como assim levou 15 anos para tomar uma atitude?”, declarou a presid�ncia do CALMED-MG.
Ap�s a den�ncia formal da aluna, o Centro Acad�mico criou uma comiss�o para enfrentamento e preven��o do ass�dio moral e sexual como uma forma de suporte �s v�timas.
“� importante refor�ar que o ass�dio tem implica��es psicol�gicas gigantes. Depois de tantos direitos conquistados pelas mulheres, ainda se v� mecanismos de repres�lias � ocupa��o das mulheres dentro do ambiente acad�mico de formas muito sutis e o ass�dio � um deles”, refor�ou o Centro.
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Posicionamentos
A universidade, ao ser questionada pela reportagem, emitiu a seguinte nota:
"A UFOP repudia qualquer ato de ass�dio, e, por isso, seus canais competentes j� est�o trabalhando para que n�o tenhamos d�vidas sobre a quest�o. No que diz respeito aos movimentos de nossa comunidade, entendemos que a universidade � um espa�o que precisa garantir a livre manifesta��o, como sempre fez. Em casos desse tipo, a recep��o inicial � feita pela Ouvidoria Feminina e, depois da formaliza��o da den�ncia, � instalado o processo de apura��o das acusa��es. Na sequ�ncia, uma comiss�o de maioria feminina ouve o acusado e as testemunhas, e a partir disso, a comiss�o produz um relat�rio final e ele ser� ratificado ou n�o pela Reitoria. Neste relat�rio, as penas est�o na Lei 8112/90 que v�o desde advert�ncia, suspens�o, at� mesmo a exonera��o".
A reportagem tentou contato com o professor, mas n�o obteve resposta.