
De acordo com a Pol�cia Militar (PM), em depoimento, a mulher afirmou que matou a m�e e a filha enforcadas, nessa segunda (13/3) e ter�a-feira (14/3), respectivamente. Amanda Pinto foi encontrada desacordada, com a cabe�a dentro do forno de um fog�o a g�s.
Ainda segundo a PM, ap�s os crimes, Amanda tentou se matar inalando g�s, mas foi resgatada com vida pelo Corpo de Bombeiros (CBMMG). A autora tamb�m teria afirmado n�o ter tido motiva��o para os crimes.
No seu depoimento, a mulher contou que, por volta das 11h da segunda-feira (13/3), estava no quarto conversando com a m�e quando come�aram a “brincar”. A mulher teria ent�o passado o bra�o em volta do pesco�o da idosa e, segundo ela, naquele momento sentiu “uma sensa��o ruim” e “vontade de apertar”, come�ando, em seguida, a estrangular a idosa.
De acordo com a autora, a v�tima tentou pedir ajuda, inclusive para o cachorro da fam�lia, mas ela n�o soltou at� ter certeza de que Maria do Ros�rio tinha parado de respirar.
“Ou morrer ou ir para um abrigo”
Amanda tamb�m contou aos policiais militares que a menina de 10 anos, que dormia em outro quarto, acordou e bateu na porta, perguntando o que estava acontecendo. Ela disse para a garota n�o abrir a porta, pois ela estaria “resolvendo um problema” com a av� da menina. Em seguida, Amanda cobriu o corpo da m�e com um len�ol e ordenou que a filha fosse tomar caf�.
Segundo o Boletim de Ocorr�ncia, ao encontrar a filha a mulher disse para a crian�a que sua av� tinha passado mal e morrido. Amanda ent�o argumentou que, como era Maria do Ros�rio que sustentava a casa e cuidava das duas, ela tamb�m teria que morrer. Ainda segundo a mulher, a menina poderia escolher entre morrer junto ou ir para um abrigo.
Ap�s discutir a situa��o com a filha, que chegou a sugerir para a m�e que chamasse o Samu, a pol�cia ou algu�m de confian�a, elas chegaram ao consenso de se matar. A menina teria dito que “iria com a m�e at� o fim”.
Tentativas de matar a filha
Amanda afirmou que n�o teve coragem de matar a garota no mesmo dia e que ambas tomaram rem�dio para dormir, ficando no apartamento com a av� morta.
No dia seguinte, na ter�a-feira (14/3), ela decidiu matar a filha, que novamente pediu para ligar para algu�m, mas a m�e teria dito para a garota que “a decis�o j� estava tomada”.
Ela ent�o tentou cortar os pulsos da menina, mas os ferimentos foram superficiais. Ela decidiu, ent�o, matar a filha da mesma forma como tinha feito com a av� da crian�a.
Amanda passou, ent�o, a enforcar a garota por duas vezes, mas, segundo ela, a crian�a se debateu muito e resistiu. Por isso, a mulher amarrou a filha, usando uma cal�a, e passou a apertar seu pesco�o at� que ela parasse de respirar.
Em seguida, Amanda deitou ao lado da garota e por duas vezes tentou se matar ingerindo rem�dios. Como isso n�o funcionou, no dia seguinte, Amanda vedou as frestas das portas de sua casa, colocou a cabe�a dentro do forno de um fog�o e ligou o g�s.
Em seguida, Amanda deitou ao lado da garota e por duas vezes tentou se matar ingerindo rem�dios. Como isso n�o funcionou, no dia seguinte, Amanda vedou as frestas das portas de sua casa, colocou a cabe�a dentro do forno de um fog�o e ligou o g�s.
Mesmo com a tentativa de barrar o cheiro do g�s, o s�ndico do pr�dio percebeu o odor e estranhou o latido constante do cachorro do apartamento. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou Amanda desmaiada, mas com vida. Ela foi socorrida pelos militares e encaminhada a um hospital.
O que dizem os vizinhos
O s�ndico do pr�dio, Adriano Pereira, de 40 anos, relata que n�o notou nada estranho no pr�dio e tamb�m n�o foi acionado por nenhum morador. De acordo com ele, o vazamento de g�s come�ou no in�cio da tarde dessa quarta-feira (15/3), quando os vizinhos sentiram o forte cheiro de g�s e acionaram o Corpo de Bombeiros.
Outro morador do pr�dio, Egmar Concei��o, de 76 anos, contou ter achado estranho todas as moradoras do apartamento estarem em casa, j� que a av� materna da menina trabalha muito e a neta fica, na maioria das vezes, com a av� paterna.
J� F�tima Maria, de 54 anos, lembrou que a fam�lia sempre manteve rela��es cordiais com os moradores e lamentou a trag�dia. “A ficha n�o caiu at� agora, a gente est� sem acreditar. Ela (a m�e da crian�a) era uma menina muito boa, ningu�m tem o que reclamar dela aqui”, disse.
Ainda segundo relatos dos moradores que tiveram acesso ao apartamento havia manchas de sangue no local e as v�timas n�o apresentavam sinais de viol�ncia.
A Pol�cia Civil (PC) informou que Amanda Pinto est� internada no Hospital Jo�o XVIII sob escolta da Pol�cia Militar. A investiga��o do caso ficar� a cargo do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP).