
Apesar do decl�nio em rela��o ao calor do ver�o brasileiro, os term�metros ainda devem se manter pr�ximos da m�dia ou ligeiramente acima durante o trimestre abril, maio e junho, que corresponde ao outono. Em Belo Horizonte, por exemplo, a temperatura geralmente fica pr�xima a 22ºc , mas agora deve subir para 23,5ºc.
Os primeiros dias da nova esta��o ainda podem marcar um calor mais elevado do que o usual. “Temperaturas mais amenas s� mesmo a partir de meados de abril. Mas j� notamos um ventinho mais fresco � noite”, diz o meteorologista do Inmet Claudemir Azevedo, que tamb�m destaca que a aus�ncia gradativa de chuva provoca a queda na umidade relativa do ar.
O ver�o que se despede hoje teve grandes varia��es, com frio em dezembro, muita chuva em janeiro e altas temperaturas em fevereiro e neste m�s. “Foi cheio de altos e baixos. A chuva come�ou no final de outubro, houve muita �gua acompanhada de frio. O pior mesmo foi esse calor�o, com noites abafadas. Tomara que as �guas de mar�o regulem o tempo”, diz uma moradora do Bairro Jaragu�, na Regi�o da Pampulha, em, BH.
Chuvas

A tend�ncia � que m�s a m�s o volume de �gua caia at� chegar a estiagem severa do inverno. Na regi�o central, por exemplo, abril tem uma m�dia de 60mm, 40 em maio e 30 em junho. No Norte de Minas, 40mm (abril), 20mm (maio) e 10mm (junho). J� no Sul, as m�dias se mant�m um pouco elevadas em compara��o ao resto: 80mm em abril, 60mm em maio e 30mm em junho.
O per�odo com chuvas amenas e quase raras vai contribuir para o aumento na incid�ncia de focos de queimadas pelo estado, que tendem a se tornar frequentes no inverno. “Com a redu��o das chuvas a vegeta��o come�a a secar e isso afeta muito a quest�o das queimadas em Minas Gerais”, completa Claudemir Azevedo.
Durante a esta��o, tamb�m � poss�vel observar as primeiras forma��es de fen�menos adversos tais como nevoeiros, muito comuns nas regi�es Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Fen�menos
Desde 2022, as anomalias de Temperatura da Superf�cie do Mar na �rea do Oceano Pac�fio Equatorial, denominada de El Ni�o, vem apresentando valores inferiores a -0.5 ºc, configurando a exist�ncia do fen�meno La Ni�a, que contribui para a ocorr�ncia frequente de chuvas nas regi�es Norte e Nordeste do Brasil. J� os efeitos s�o variados no Centro-Oeste e Sudeste do pais.
Nos dois primeiros meses de 2023, as condi��es de La Ni�a vem perdendo intensidade, com a queda das anomalias de temperatura para -0,4 ºc, indicando uma transi��o para condi��es de neutralidade nos efeitos clim�ticos.
*Estagi�rio sob supervis�o