Segundo o delegado Rodrigo Fagundes, respons�vel pelo caso na Delegacia de Acidentes de Ve�culos, ele aguarda apenas os laudos periciais para concluir o inqu�rito. “De posse dos documentos periciais, definirei se o autor, de 47 anos, que foi identificado e j� compareceu � delegacia, ser� indiciado por homic�dio culposo ou doloso.”
Alessandro Carvalho foi esmagado depois de ser arrastado quando tentava pegar a chave do ve�culo que havia batido em seu carro de autoescola. O motorista do ve�culo envolvido na colis�o n�o parou e saiu levando a v�tima, que estava pendurada no cap�. Ele acabou batendo em outro carro, o que causou o esmagamento do instrutor.
Segundo o delegado Rodrigo, os investigadores j� ouviram quatro testemunhas e os depoimentos permitem concluir que a tese apresentada pelo autor do crime � totalmente infundada. “O suspeito contou que o instrutor teria ficado nervoso tendo o amea�ado e tamb�m teria dado socos no seu carro, o que fez com que ele deixasse o local do primeiro acidente, quando esbarrou no ve�culo da autoescola. E disse ainda que queria conversar e que n�o fugiu do local”, explica.
Ainda de acordo com o delegado, o depoimento do aluno da autoescola derruba a tese do suspeito, uma vez que, segundo ele, foi o homem quem esbarrou no carro da autoescola. O ve�culo teria marcas que confirmariam essa vers�o e ser�o averiguadas pela per�cia.

O aluno da autoescola tamb�m informou que o instrutor s� queria negociar e teria solicitado o registro de um Boletim de Ocorr�ncia, momento em que o suspeito entrou no carro e arrancou com Alessandro agarrado ao limpador de p�ra-brisas.
Outras testemunhas foram ouvidas, inclusive o terceiro ve�culo envolvido no acidente. “O motorista contou que viu o carro indo em sua dire��o e que havia um homem dependurado na janela do motorista”, disse o delegado, acrescentando que a pol�cia tamb�m colheu depoimentos de testemunhas que presenciaram o momento em que o suspeito bate contra o outro carro e Alessandro cai no asfalto, batendo com a cabe�a.
Intoler�ncia no tr�nsito
O chefe da Divis�o de Crimes de Tr�nsito, delegado R�mulo Dias alerta que o epis�dio que resultou na morte do instrutor de autoescola ilustra o grave problema do aumento da agressividade dos motoristas de Belo Horizonte. “O motorista � uma pessoa comum que nunca se envolveu com crimes, no entanto quando ele est� entre o banco e o volante, se transforma em uma pessoa violenta”, afirma.
Segundo ele, somente nesses tr�s meses e meio de 2023, outros quatro casos de intoler�ncia no tr�sito, al�m do da morte de Alessandro, foram registados. “Tivemos mortes de ciclistas, duas de motociclista, um motociclista que ficou gravemente ferido, isso somente de janeiro para c�”, refor�ou.
Diante do cen�rio, o delegado aconselha: “No tr�nsito, o motorista deve primar pela paz escolher a vida. Os problemas no tr�nsito est�o virando lugar comum.”
O v�deo acima que circula nas redes sociais foi divulgado pela Pol�cia Civil como exemplo dos casos de intoler�ncia no tr�nsito. A ocorr�ncia foi em BH, mas a Pol�cia Civil n�o especificou a data e o contexto do caso.