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Estado de Minas ESPECIAL DIA DAS M�ES

M�es conectadas: conhe�a cinco mulheres e sua rela��o com a tecnologia

Reportagem do EM conta um pouco da hist�ria de m�es conectadas no futuro: o que o avan�o digital facilita e os desafios que ele traz


14/05/2023 04:00 - atualizado 14/05/2023 08:42

Ana Alice Barros Costa, mãe de Liz, de quase dois meses
'Vivemos realmente num mundo novo, mas, mesmo com todos os avan�os da ci�ncia e da tecnologia, nada substitui o cuidado, o contato, o amor aos filhos. O afeto � o come�o, o meio e o fim de tudo', diz Ana Alice Barros Costa, m�e de Liz, de quase dois meses (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Intelig�ncia artificial, redes sociais, celular sempre � m�o e vastos horizontes tecnol�gicos que se abrem diante de olhos cada vez mais surpresos. No novo mundo conectado por fios ou sem eles, as mam�es, celebradas neste domingo, procuram se manter atualizadas, enquanto conjugam trabalho, educa��o das crian�as e adolescentes, harmonia dom�stica e outras tantas atividades profissionais e de casa.

Nesta reportagem para homenagear todas elas, cinco mineiras relatam suas hist�rias, citam os desafios no presente e no futuro, e, com muita emo��o, revelam que nenhum avan�o digital tem mais poder do que o sorriso, o abra�o, a felicidade dos filhos.

No escrit�rio, na sala, na cozinha, no quintal. A rec�m-nascida Liz est� presente em todos os cantos da casa de Eduardo e Ana Alice: as tr�s letras do nome se destacam na parede do quarto, os bichinhos de pel�cia se enfileiram perto do ber�o, as roupinhas balan�am penduradas no varal, e, quando necess�rio, uma bab� eletr�nica se mostra sempre vis�vel ao papai e � mam�e.

“Desde que minha filha nasceu, em 17 de mar�o, nossa rotina mudou, e n�o poderia ser diferente. Agora, o tempo � todo programado em fun��o dela”, conta Ana Alice Barros Costa, de 30 anos, natural de Sete Lagoas, na Regi�o Central de Minas, e residente em Santa Luzia, na Grande BH.

Formada em marketing e trabalhando na �rea de servi�os de comunica��o digital, Ana Alice conhece bem o mundo tecnol�gico, sempre foi conectada nas redes sociais e, durante a gravidez, aproveitou bem os benef�cios do universo virtual. “Sou pr�tica, disciplinada, gosto de planejamento. Mas, diante dos perigos da COVID-19, procurei ficar mais em casa, e nisso a internet foi de grande ajuda, pois fiz v�rios cursos on-line de cuidados com o beb�, comprei todo o enxoval em sites de vendas e baixei um aplicativo que permite o acompanhamento de toda a gesta��o.
Anete Ferreira Martins, mãe de Esther, de 10 anos, e David, de 2
'Tenho uma menina e um menino com idades bem diferentes. Para ir de um extremo ao outro, s� mesmo com muito amor, lembrando a todo instante que cada um tem seu pr�prio tempo, est� em uma fase da vida', afirma Anete Ferreira Martins, m�e de Esther, de 10 anos, e David, de 2 (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Contratada por uma empresa – sem v�nculo empregat�cio, o que lhe permite trabalhar em casa apenas quando solicitada –, Ana Alice se vale de um dispositivo eletr�nico para monitorar a menina de quase dois meses, quando ela est� no quarto e os pais se encontram na sala, na cozinha ou no escrit�rio da casa de dois pavimentos. “Foi minha irm�, Bet�nia, quem me emprestou a bab� eletr�nica, e gostei da ideia. Se Liz acorda ou chora, largamos tudo e vamos atend�-la”, explica Ana Alice, que ressalta o companheirismo do marido, Eduardo Lima, educador f�sico e dono de academia de gin�stica. “N�o temos empregada, ent�o damos conta de tudo juntos.”

O fim da emerg�ncia da COVID-19, decretado pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), trouxe tranquilidade a Ana Alice, que teve a doen�a h� dois anos e tomou todas as vacinas a partir do momento definido pelas autoridades. “A gente fica mais aliviada, embora sem baixar a guarda, pois o coronav�rus ainda circula, n�.? Vivemos realmente num mundo novo, mas, mesmo com todos os avan�os da ci�ncia e da tecnologia, nada substitui o cuidado, o contato, o amor aos filhos. O afeto � o come�o, o meio e o fim de tudo”, acredita a mam�e.
 
Juliana Barbosa Neves Couri, a mamãe Ju de Antônio, Ângelo e Maria Luísa, com Maria Emília Ribeiro Couri, a 'mamãe Milla'
'Intelig�ncia artificial, rob�s... essas inova��es ainda me assustam. A melhor forma � a gente se atualizar e orientar bem os filhos', destaca Maria Em�lia Ribeiro Couri, a 'mam�e Milla' (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 

F� e coragem

J� na capital, uma mineira nascida em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, revela sua hist�ria de amor � fam�lia e dedica��o aos filhos, sempre com o foco no trabalho e na uni�o familiar. Coragem, for�a e f� n�o faltam a Anete Ferreira Martins, de 41, solteira, m�e de Esther, de 10, e David, de 2. Ela morou em S�o Paulo (SP) e retornou a Belo Horizonte, h� um ano, para ficar mais perto da m�e, Maria de F�tima Lopes de Campos, de 66, e das irm�s.

“Sou de uma fam�lia grande, de oito irm�os. Se n�o fosse com a ajuda da minha m�e e de tr�s irm�s, que moram perto de casa, seria dif�cil dar conta da cria��o dos filhos e de trabalhar”, diz Anete, que trabalha como auxiliar de servi�os gerais. Neste domingo, ela espera que toda a fam�lia esteja reunida para celebrar o Dia das M�es. “Todas merecem.”

Moradora do Bairro Xod� Marize, nas proximidades da Catedral Cristo Rei, na Regi�o Norte de BH, Anete conhece bem os desafios do novo mundo e consegue tirar de letra os que v�o surgindo, afinal, est� acostumada a transitar em tempos diferentes. Como assim?, pergunta o rep�rter sobre esses superpoderes maternos. Com bom-humor, Anete responde: “Tenho uma menina e um menino com idades bem diferentes. Para ir de um extremo ao outro, s� mesmo com muito amor, lembrando a todo instante que cada um tem seu pr�prio tempo, est� em uma fase da vida”.

Quando Esther veio ao mundo, a tecnologia j� tinha firmado seus dom�nios, mas ainda bem longe de hoje, onde o celular, por exemplo, serve para resolver quase todos os problemas. “A Esther j� nasceu nesse universo digital, o David, mais ainda, mas como conduzir isso? A gente precisa se atualizar a todo instante. H� muitos benef�cios nos avan�os tecnol�gicos, mas tamb�m malef�cios.”

“Com a internet, podemos falar com o m�dico sem precisar ir ao consult�rio, pegar o resultado dos exames. Mas penso que o uso exagerado das redes sociais, especialmente para as crian�as, pode prejudicar. Por isso, n�o deixamos a Esther ficar mexendo sozinha no celular. Quando est� conectada, h� sempre algu�m por perto, da� ser muito importante o suporte da fam�lia”, afirma a mam�e, certa que, “com muita luta”, quer proporcionar aos filhos o que n�o p�de ter na inf�ncia e adolesc�ncia. “Sempre tive vontade de falar outros idiomas, e pretendo dar essa oportunidade a Esther e David.”

Cat�lica, Anete usa a internet para fortalecer sua pr�tica religiosa. “Se n�o posso ir � igreja, entro nas redes sociais para participar das missas, e sigo no Instagram pessoas que t�m uma mensagem importante a divulgar. Dessa forma, vejo esse canal como forma de evangeliza��o.”

Parceria de valo

Conciliar trabalho presencial, educa��o dos filhos, tempo no tr�nsito e outras mil tarefas di�rias parece imposs�vel aos olhos de muita gente. “Mas com planejamento, parceria do casal e harmonia familiar, tudo d� certo”, acredita Anna Loize Paiva Soares Fernandes, casada com Fabr�cio Gabriel de Oliveira, profissional de tecnologia da informa��o (TI), e assistente administrativa da Ger�ncia de Cuidados Cl�nicos da Santa Casa BH. Hoje, o casal comemora o Dia das M�es com as filhas Alice, de 9, e Cec�lia, de 2.

A pandemia trouxe nova din�mica e novas demandas �s fam�lias. “Come�o cedo no hospital, mas fico tranquila, porque meu marido est� em casa, no trabalho remoto”, observa Anna, residente no Bairro Milion�rios, na Regi�o do Barreiro, em BH. Em momento de intervalo no trabalho, ela se vale das chamadas de v�deo para falar com o marido, “que entende tudo desse mundo digital”, e as filhas. “Esse � um recurso muito importante, e me permite conversar, ver as meninas, enfim, manter contato. Toda m�e sabe logo se h� algum problema pela voz e semblante da crian�a.”

Trabalhando num hospital 100% SUS e refer�ncia em Minas Gerais nos tempos da pandemia, Anna reflete que, se representou uma trag�dia na hist�ria da humanidade, a COVID-19 imp�s novo ritmo ao mundo, e, principalmente, �s fam�lias. “Foram tempos dif�ceis, todos n�s conciliando v�rias atividades. Dessa forma, a tecnologia, creio, ajudou no cotidiano. As crian�as voltaram �s escolas, e h� v�rias tarefas online. S�o mudan�as que vieram para ficar”.

O decretado fim da emerg�ncia, pela OMS, exige aten��o. “Continuamos em vig�lia, vacinando, sempre atentos � sa�de. Os filhos s�o nosso tesouro, n�o podemos vacilar em momento algum, principalmente em rela��o � sa�de.”
Anna Loize Paiva Soares Fernandes, mãe de Alice, de 9 anos, e Cecília, de 2, numa chamada de vídeo com os filhos
'A chamada de v�deo � um recurso muito importante, e me permite conversar, ver as meninas, enfim, manter contato. Toda m�e sabe logo se h� algum problema pela voz e semblante da crian�a', observa Anna Loize Paiva Soares Fernandes, m�e de Alice, de 9 anos, e Cec�lia, de 2, numa chamada de v�deo com os filhos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Tr�s � bom

No Bairro Bandeirantes, na Regi�o da Pampulha, as empres�rias Maria Em�lia Ribeiro Couri, a “mam�e Milla”, e Juliana Barbosa Neves Couri, a “mam�e Ju”, preenchem todos os espa�os da casa e do cora��o com os trig�meos Ant�nio, �ngelo e Maria Lu�sa, que completar�o dois anos em 20 de junho.

“A casa � grande, eles vivem em meio ao verde, e nem ligam para televis�o. Gostam mesmo � de brincar, correr, enfim, mostrar que s�o cheios de sa�de e energia”, conta Juliana. “Posso dizer que esses primeiros anos t�m sido de loucura e del�cia. Loucura porque, quando cansam, os tr�s querem vir para o colo das mam�es. E del�cia � estar juntinho, participar de tudo, amar com toda intensidade”, acrescenta a “mam�e Ju”, que gerou os beb�s.

Na sala da casa, as crian�as pulam, balbuciam as primeiras palavras, abra�am as m�es e depois correm para o jardim. “Ficamos felizes ao v�-los assim, no meio da natureza. Com eles, usamos os recursos tecnol�gicos, s� mesmo para ouvir m�sica, que adoram. Para facilitar nossa vida, pois os meninos est�o crescendo, temos um sistema de c�meras que monitora o quarto e outros cantos da casa”, conta a “mam�e Milla”.

As duas, casadas h� dois anos, t�m no Instagram a conta @m�esdetrig�meos, que faz o maior sucesso. “Nunca sofremos preconceitos. Na verdade, recebemos muitos cumprimentos por termos trig�meos”, diz Maria Em�lia. Sobre o futuro, ela reflete: “Intelig�ncia artificial, rob�s... essas inova��es ainda me assustam. A melhor forma � a gente se atualizar e orientar bem os filhos.”

Ao lado, Juliana se emociona ao lembrar que, certa vez, quando Maria Lu�sa viu o rosto de “mam�e Ju”, durante uma chamada de v�deo para “mam�e Milla”, imediatamente abra�ou o celular. Hoje, o Dia das M�es ser� comemorado com as  av�s Luciene e �ngela, e, � tarde, haver� uma surpresa preparada pelas crian�as com a ajuda das bab�s.


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